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O Espiritismo responde
Ano 3 - N° 153 - 11 de Abril de 2010
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)


 
Uma leitora de Pernambuco pergunta-nos que são os sonhos e como interpretá-los.

Os sonhos [do latim somniu]  são um efeito da emancipação da alma durante o sono corpóreo.

Os sonhos fazem parte, em “O Livro dos Espíritos”, do capítulo referente à emancipação da alma, o mesmo que trata do sono, da dupla vista, do sonambulismo e do êxtase.

Diz-nos a questão 401 do livro citado:

– Durante o sono, a alma repousa como o corpo? “Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.”

Tornando-se mais livre, a alma recupera, então, parcialmente, suas faculdades de Espírito e entra mais facilmente em comunicação com outros seres, desencarnados ou não. A recordação que ela conserva ao despertar constitui o sonho propriamente dito. Sendo essa recordação apenas parcial, quase sempre incompleta e entremeada com recordações da vigília, resultam daí interrupções, soluções de continuidade que prejudicam a concatenação dos fatos e produzem, por isso mesmo, esses conjuntos estranhos, muito comuns nos sonhos, que parecem não ter sentido.

Como já dissemos em outra oportunidade, os sonhos são de difícil interpretação porque podem referir-se a fatos já ocorridos, a fatos que estão ocorrendo ou a fatos que ainda ocorrerão. É por isso que se recomenda que sejam os sonhos anotados, para que a pessoa possa verificar se eles se repetem ou não e tenha uma ideia do que possam significar.

Quando não decorrem de pesadelos ocasionados por problemas orgânicos, os sonhos representam cenas de conversas e encontros que se passam durante a noite, quando o corpo físico está repousando. A dificuldade de sua compreensão deriva do fato de que, para várias horas de sono, lembramo-nos geralmente de alguns poucos minutos, o que torna efetivamente difícil deduzir do relato algum sentido.
 

 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita