CLAUDIA SCHMIDT
claudia2704@gmail.com
Santo Ângelo,
Rio Grande do
Sul (Brasil)
A
história de
Clara
Quando o homem
se acha, de
certo modo,
mergulhado na
atmosfera do
vício, o mal não
se lhe torna um
arrastamento
quase
irresistível?
Arrastamento,
sim;
irresistível,
não; porquanto,
mesmo dentro da
atmosfera do
vício, com
grandes virtudes
às vezes
deparas. São
Espíritos que
tiveram a força
de resistir e
que, ao mesmo
tempo, receberam
a missão de
exercer boa
influência sobre
os seus
semelhantes.
(O Livro dos
Espíritos,
questão 645.)
Clara
desencarnou há
mais de um ano,
quando o carro
em que ela
estava bateu em
uma árvore, na
volta da balada.
O motorista,
alcoolizado,
nada sofreu, mas
o corpo físico
de Clara não
suportou o
choque. E foi
assim, entre
assustada e
bêbada, que ela
viu o resgate
chegar, as
tentativas, sem
sucesso, de
reanimá-la e o
desespero de
seus pais quando
chegaram ao
local e
encontraram o
corpo da filha
sem vida.
A jovem vagou
durante muito
tempo, sem rumo.
Perturbada, ela
acompanhou
várias festas,
regadas a álcool
e drogas, onde
viu Espíritos,
desencarnados
como ela,
sugerirem aos
jovens atitudes
irresponsáveis,
com
consequências
trágicas como
homicídios,
suicídios,
abortos, vícios
e acidentes
automobilísticos.
Aos poucos, ela
percebeu que a
vibração
espiritual de
reuniões em que
a ética e o
respeito ao
próximo e a si
mesmo estão
ausentes permite
fácil acesso aos
Espíritos
desequilibrados
que se ligam a
jovens para com
eles beber, usar
drogas,
perturbar e
iludir.
Inicialmente,
Clara achou que
tudo de ruim que
acontecia
àqueles jovens
era
responsabilidade
dos Espíritos
obsessores, mas
depois
compreendeu que
a ligação se
dava pela
sintonia e os
jovens sempre
podiam escolher
que atitude
tomar, embora
muitos, ao
optarem pelo
álcool ou
drogas,
deixavam-se
levar, mais
facilmente, por
falsas ideias
sobre diversão e
prazer.
Neste Carnaval,
a jovem Clara
está em uma
Colônia
Espiritual, onde
reflete sobre as
atitudes de sua
última
encarnação e se
prepara para
reencarnar,
ciente que terá
que superar a
tendência ao
vício, em uma
difícil
encarnação.
Atenta, ela
intui seus
amigos, tentando
fazê-los
entender que é
possível se
divertir sem
álcool ou
drogas,
respeitando o
corpo físico e o
próximo. Ela
deseja,
sinceramente,
que não sejam
necessárias a
dor e o
sofrimento para
que eles
aprendam que
cada um é
responsável por
suas escolhas e
pelas
consequências
que delas
resultam.
Clara também tem
esperança de que
o que aconteceu
com ela possa
servir de alerta
para muitos
jovens, a fim de
que outras
existências não
sejam
interrompidas
devido ao
envolvimento com
álcool, drogas e
suas tristes
consequências.