ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
Estamos no curso
da lei!...
"No mundo tereis
aflições..." -
Jesus (Jo.,
16:33.)
Em virtude de
nosso
apoucamento
intelectual e consequente
atrofia das
potencialidades
do Espírito,
enquanto
encarnados,
estaremos com os
horizontes do
Infinito
cobertos por
densa névoa,
vendo surgir, de
todos os lados,
as vicissitudes
que nos
atordoam...
Embora amargas,
são ocorrências
indispensáveis
que vão, pouco a
pouco, esvurmando a
empola má do
nosso Espírito.
Há que se
considerar os
espinhos ferintes como os
"instrumentos
cirúrgicos" que
trazem, como consequência, o
bálsamo curador.
Não podemos ter
a presunção de
compreender a
razão de todos
os sucessos,
sejam eles bons
ou maus. Só de
uma coisa
podemos estar
seguros:
"Nada se opera
no mundo que não
obedeça a um
princípio sábio
e justo".
No capítulo
cinco do livro
"O Evangelho
segundo o
Espiritismo",
Allan
Kardec, junto
aos Benfeitores
Espirituais,
tece largos
comentários
sobre essas
questões,
clareando-as e
desdobrando-as
até as
fronteiras do
possível à nossa
ainda obtusa
compreensão.
Conhecendo o
proscênio de
lutas de Seus
tutelados, disse
o Cristo:
"Bem-aventurados
os que choram,
pois que serão
consolados.
Ditosos sois vós
que agora
chorais, porque
rireis".
Explica Kardec:
"As
vicissitudes da
vida derivam de
uma causa e,
pois que Deus é
justo, justa há
de ser essa
causa”.
Esclarece,
ainda, o
insuperável
Mestre Lionês:
"Os Espíritos
não podem
aspirar à
completa
felicidade,
enquanto não se
tenham tornado
puros: qualquer
mácula lhes
interdita a
entrada nos
mundos ditosos.
São como
passageiros de
um navio onde há
pestosos, aos
quais se veda o
acesso à cidade
a que aportem,
até que se hajam
expurgado.
Mediante as
diversas
existências
corpóreas é que
os Espíritos vão
se expungindo,
pouco a pouco,
de suas
imperfeições. As
provações da
Vida os fazem
adiantar-se,
quando bem
suportadas. Como
expiações, elas
apagam as faltas
e purificam. São
o remédio que
limpa as chagas
e cura o doente.
Quanto mais
grave é o mal,
tanto mais
enérgico deve
ser o remédio.
Aquele, pois,
que muito sofre,
deve reconhecer
que muito tinha
a espiar e deve
regozijar-se à
ideia da sua
próxima cura.
Dele depende,
pela resignação,
tornar
proveitoso o seu
sofrimento e não
lhe estragar o
fruto com as
suas
impaciências,
visto que, do
contrário, terá
de recomeçar".
Assim, tem plena
razão André
Fernandes, ao
versejar pelos
recursos
psicográficos do
médium
fluminense J.
Raul Teixeira:
“O Cristo clama:
Caminha!.../Tem
fé por entre os
tormentos./ A
Reencarnação é
bênção/ Que nos
confere
proventos”.
Portanto, mesmo
visitados pela
mais angustiante
vicissitude que
nos prenda sob
doloroso guante,
jamais olvidemos
da fé
irrestrita,
incondicional,
na misericórdia
divina que, em
hipótese alguma,
nos deixa
órfãos, vez que
em toda e
qualquer
situação –
simplesmente –
estamos no
curso da Lei!...