JOÃO FERNANDES
DA SILVA JÚNIOR
joaofdasilvajunior@gmail.com
Biguaçu, Santa
Catarina
(Brasil)
A Pesquisa
Científica
no
Espiritismo
A Pesquisa
Lógica
Utilizando-nos
de conceitos
adotados pela
Ciência oficial
iremos enfocar
alguns pontos do
Espiritismo e
efetuar
comparações de
fatos que
facilitarão a
compreensão dos
assuntos
abordados.
1. Princípio
de Identidade
“Uma coisa é o
que é.”
“(...) um fato
há que ninguém
ousaria
contestar, pois
que resulta da
observação: é
que os seres
orgânicos têm em
si uma força
íntima que
determina o
fenômeno da vida,
enquanto essa
força existe:
que a vida
material é comum
a todos os seres
orgânicos e
independe da
inteligência e
do pensamento;
que a
inteligência e o
pensamento são
faculdades
próprias de
certas espécies
orgânicas;
finalmente, que
entre as
espécies
orgânicas
dotadas de
inteligência e
de pensamento há
uma dotada
também de um
senso moral
especial, que
lhe dá
incontestável
superioridade
sobre as outras:
a espécie humana.”
(1)
Evidências de
que os Espíritos
existem e atuam,
existem aos
milhões, e,
temos como
exemplos a
projeção astral
(ou
desdobramento),
o sonambulismo,
a experiência de
quase-morte, a
terapia das
vidas passadas,
as
materializações
etc. O espaço
que os Espíritos
ocupam não é
perceptível aos
nossos sentidos
ordinários; mas,
da mesma forma,
não vemos as
doenças, embora
sejam visíveis
os resultados
que elas
produzem nos
corpos vivos.
Para atuar em
seu meio normal,
um Espírito
utiliza-se de
processos mais
ou menos
análogos aos de
que se utiliza
um encarnado.
Um dos efeitos
mais chocantes
da atuação dos
Espíritos é o
chamado fenômeno
Poltergeist (do
alemão Polter –
brincalhão, e,
Geist – Espírito),
onde diversos
efeitos físicos
ocorrem pela
manifestação da
vontade dos
Espíritos. Um
bom exemplo
desse fato é o
ocorrido com a
Família Fox, em
Hydesville, em
1847-1848.
2. Princípio
de Contradição
“Uma coisa não
pode ser e
deixar de ser ao
mesmo tempo.”
“Segundo uns, a
alma é o
princípio da
vida material
orgânica. Não
tem existência
própria e se
aniquila com a
vida: é o
materialismo
puro (...). De
conformidade com
essa opinião, a
alma seria
efeito e não
causa.” (1)
As experiências
sobre a
existência de
uma memória
extracerebral,
levadas a efeito
por cientistas
como Ian
Stevenson (2),
Hernani
Guimarães
Andrade (3),
Gabriel Delanne
(4) e outros,
mostram que a
regressão de
memória não é
uma ilusão
pessoal, e o
materialismo não
explica, de
forma
convincente,
como pode
existir uma
memória
independente do
cérebro.
Francisco
Waldomiro Lorenz
(5) nos
apresenta o caso
de uma jovem que
falava o idioma
copta (egípcio)
e pronunciava
nuances
fonéticas que
nem os
estudiosos
conheciam, mas
que
posteriormente
foram
comprovadas como
verdadeiras.
3. Princípio
de Meio Excluído
“Uma coisa é ou
não é, sem
possibilidade de
meio termo.”
“A alma possuía
sua
individualidade
antes de
encarnar,
conserva-a
depois de se
haver separado
do corpo.” (1)
Se o intelecto e
a moral
continuam a
existir após o
fenômeno morte,
é então evidente
que o possuidor
dessas
qualidades tenha
condições de se
manifestar no
plano físico (também).
As evidências a
favor desse fato
são abundantes
e, no Brasil,
Hernani G.
Andrade (6) é um
dos maiores
pesquisadores
desse fato.
4. Princípio
de Terceiro
Equivalente
“Duas coisas
iguais a uma
terceira são
iguais entre si.”
“Os Espíritos
não encarnados
ou errantes não
ocupam uma
região
determinada e
circunscrita;
estão por toda
parte no espaço
e ao nosso lado,
vendo-nos e
acotovelando-nos
de contínuo. É
toda uma
população
invisível a
mover-se em
torno de nós.”
(1)
Todos os
Espíritos são
iguais entre si
(considerando-se
aqui somente o
que diz respeito
à sua condição
de origem e de
perfectibilidade,
visto que,
intelectual e
moralmente,
existem grandes
variações).
Todos emanam da
mesma fonte:
Deus.
5. Princípio
de Capacidade
“O que contém
uma coisa,
também contém o
conteúdo dessa
coisa.”
“O laço ou
perispírito, que
prende ao corpo
o Espírito, é
uma espécie de
envoltório
semimaterial. A
morte é a
destruição do
invólucro mais
grosseiro. O
Espírito
conserva o
segundo que lhe
constitui um
corpo etéreo,
invisível para
nós no estado
normal, porém
que pode tornar-se
acidentalmente
visível e mesmo
tangível, como
sucede no
fenômeno das
aparições.” (1)
O corpo
perispiritual,
sendo o
envoltório do
Espírito, contém
a este. Todas as
aquisições
intelecto-morais
estão
registradas no
corpo
perispiritual.
Sendo o Espírito,
aparentemente,
composto de
antimatéria, ele
necessita de um
campo apropriado
de energia para
poder atuar
sobre a matéria.
6. Princípio
da Razão
Suficiente
“Tudo o que
existe tem sua
razão de ser.”
“21 – A matéria
existe desde
toda a
eternidade, como
Deus, ou foi
criada por ele
em dado momento?”
“Só Deus o sabe.
Há uma coisa,
todavia, que a
razão vos deve
indicar: é que
Deus, modelo de
amor e caridade,
nunca esteve
inativo. E por
mais distante
que logreis
figurar o início
de sua ação,
podereis concebê-lo
ocioso, um
momento que seja?”
(7)
Qual seria a
razão de ser dos
Espíritos?
Se observarmos a
Humanidade da
Terra, veremos
que existem
sábios e
ignorantes,
santos e
devassos.
Deus criou-nos
simples e
ignorantes para
que no futuro
sejamos
perfeitos e nos
tornemos
arcanjos. (8)
7. Princípio
da Causalidade
“Tudo o que
existe tem uma
causa.”
“1 – Que é Deus?
“Deus é a
inteligência
suprema, causa
primária de
todas as coisas.”
“4 – Onde se
pode encontrar a
prova da
existência de
Deus?
“Num axioma que
aplicais às
vossas ciências.
Não há efeito
sem causa.
Procurai a causa
de tudo o que
não é obra do
homem e a vossa
razão responderá.”
(9)
Se acreditamos
que os Espíritos
existem, eles
têm de possuir
uma causa
geradora, que é
Deus. Camille
Flammarion (10)
apresenta-nos um
excelente estudo
sobre as
‘atividades’ de
Deus.
8. Princípio
de Substância
“Todo efeito
está ligado a
uma substância.”
“Os Espíritos
revestem
temporariamente
um invólucro
material
perecível, cuja
destruição pela
morte lhes
restitui a
liberdade.” (1)
Os Espíritos
estão ligados ou
envolvidos por
um campo
bioeletromagnético
que cria as
condições para
que eles atuem
em dois meios
vibratórios (que
são
interpenetrados):
O Plano
Espiritual e o
físico. Esse
campo
bioeletromagnético,
ou perispírito,
é formado de
substâncias
captadas no meio
ambiente
eletromagnético
dos planetas
onde esses
Espíritos estão
atuando (seja
como encarnados
ou desencarnados).
O Dr. E. W.
Sinnott (11) é
um dos
cientistas que
conseguiu maior
número de dados
sobre a
influência do
perispírito
sobre o corpo
físico.
9. Princípio
de Leis
“Nas mesmas
circunstâncias,
as mesmas causas
produzem os
mesmos efeitos.”
“A encarnação
dos Espíritos se
dá sempre na
espécie humana;
seria erro
acreditar-se que
a alma ou
Espírito possa
encarnar no
corpo de um
animal.” (1)
Emmanuel (12)
afirma que o
conceito da
metempsicose foi
resultado de um
sentimento de
revolta dos
capelinos, ao
terem de
encarnar no
corpo de seres
que ainda se
encontravam no
estágio da
Pré-História.
10. Princípio
de Finalidade
“Tudo existe
para um
determinado fim.”
“115 – Dos
Espíritos, uns
terão sido
criados bons e
outros maus?
“Deus criou os
Espíritos
simples e
ignorantes, isto
é, sem saber. A
cada um deu
determinada
missão, com o
fim de
esclarecê-los e
de os fazer
chegar
progressivamente
à perfeição,
pelo
conhecimento da
verdade, para
aproximá-los de
si.” (13)
A finalidade dos
Espíritos é
atingir a
perfeição (relativa)
para poder
auxiliar a Deus
na manutenção do
Universo,
atuando como
agentes
inteligentes a
serviço do
Criador.
11. Princípio
de Causa
Primeira
“Toda causa
segunda supõe
uma causa
primeira.”
“81 – Os
Espíritos se
formam
espontaneamente,
ou procedem uns
dos outros?
“Deus os cria,
como a todas as
outras criaturas,
pela sua vontade.”
(13).
A causa segunda
é a
individualidade
do Espírito, que
é uma geradora
de efeitos,
segundo a
vontade deste,
mas, para
existir e atuar,
o Espírito
precisa ter sido
criado pela
Causa Primeira,
que é Deus.
Se não houvesse
Espíritos, não
existiriam os
reinos mineral,
vegetal e
animal, que são
consequências da
atuação do
Princípio
Inteligente.
Desde fins do
Século XIX, com
a Metapsíquica,
até hoje com a
Parapsicologia,
a Psicotrônica,
a
Transcomunicação
Instrumental, a
Física Quântica,
os seres humanos
possuem um
acúmulo de
evidências e de
provas sobre as
atividades
espirituais, que
é impossível (para
uma pessoa de
bom senso)
contestar que
não exista 'algo
mais’ no ser
humano do que
elementos
químicos
orgânicos e
inorgânicos.
Referências
bibliográficas:
1.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos,
Introdução.
2. STEVENSON,
Ian.
Twenty Cases
Sugestive of
Reincarnation.
3.
ANDRADE, H. G.
Reencarnação no
Brasil.
4.
DELANNE, G.
A Reencarnação
5.
LORENZ, F. W. A
Voz do Antigo
Egito.
6.
ANDRADE, H. G. O
Caso Ruytemberg
Rocha.
7.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos, Parte
1ª, cap. II,
Espírito e
Matéria.
8.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos,
questão 540.
9.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos, cap.
I.
10.
FLAMMARION,
C. Deus na
Natureza.
11. SINNOTT,
E. W. The
Biology of the
Spirit.
12.
XAVIER, F. C.
(Emmanuel). A
Caminho da Luz,
p. 44.
13.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos, Parte
2ª, cap. I, Do
Mundo Espírita.