ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
O Tesouro
dos Espíritas
Miguel Vives y Vives
(Parte
5)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico O
Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, que
será aqui estudado
em 16 partes, com base
na tradução de J.
Herculano Pires,
conforme a 6a
edição publicada pela
Edicel.
Questões preliminares
A. Por que motivo Miguel
Vives recomenda-nos que
tenhamos prudência?
A razão disso é que o
espírita, por onde passa
e aonde vai, está sendo
observado e estudado;
por conseguinte, diz
ele, devemos ter bem
presente este conselho:
Prudência no pensar,
prudência no falar,
prudência no agir.
Nossas maneiras e nossos
costumes são o primeiro
instrumento que todo
espírita deve usar na
propaganda doutrinária.
Vale mais que nos
conheçam primeiro por
nossas obras, do que por
nossas palavras.
(O Tesouro dos
Espíritas, 1ª Parte,
Guia Prático para a Vida
Espírita, pp. 71 a 73.)
B. Como deve agir o
espírita para ser, de
fato, um bom cristão?
Primeiramente, não
esquecer que um dos
primeiros mandamentos da
lei é: Amarás ao
próximo como a ti mesmo.
Há muitos que se
empenham em questões,
altercações, rixas e não
raro se maltratam.
Devemos fugir
inteiramente de tudo
isso e perdoar, sem
reservas, pagando o mal
com o bem, sempre que
possível, sem esquecer
jamais a figura do
Mestre e Senhor. Ele é o
modelo, a verdade e a
vida. Infeliz o espírita
que tem a oportunidade
de devolver o bem como
pagamento do mal, e não
o faz! Infeliz o
espírita que pode
perdoar e não perdoa!
Pois dias virão em que
exclamará: “De que me
serviu saber o que
sabia, e de me haver
chamado espírita? Mais
me valera nada saber,
para não arcar com
tamanha
responsabilidade!”
(Obra citada, pp. 74 a
76.)
C. Como devemos lidar
com os deveres no seio
da família?
Se são sagrados os
deveres que temos de
cumprir entre nossos
irmãos de Humanidade,
muito mais o são os que
temos de cumprir na
família, porque, além
dos vínculos que nesta
existência nos unem,
temos sempre histórias
passadas com os nossos
familiares e que se
enlaçam com a história
presente.
Devemos ver na família
um grupo que nos foi
dado em custódia e para
o qual temos muitos
deveres a cumprir e
muitos sacrifícios a
fazer.
(Obra citada, pp. 80 a
82.)
Texto para leitura
53. Nos Centros onde
reinam o amor e a
adoração ao Pai, em
espírito e verdade; a
admiração, o respeito e
o amor ao Senhor; a
indulgência, a caridade
e a humildade, não
faltarão paz e harmonia
entre os irmãos, porque
muitas vezes receberão a
influência dos Bons
Espíritos. Esses farão
grande progresso e terão
uma recompensa no mundo
espiritual mais do que
podem calcular. (P. 69)
54. Todo espírita não
deve nunca esquecer que,
por onde passa, aonde
vai, e ali onde
frequenta, está sendo
observado e estudado;
por isso, devemos ter
bem presente este
conselho: Prudência no
pensar, prudência no
falar, prudência no
agir. (PP. 71 e 72)
55. Essa moral, quando
bem praticada, é o
melhor meio de propagar
e exaltar os nossos
princípios. Nossas
maneiras e costumes são
o primeiro instrumento
que todo espírita deve
usar na propaganda
doutrinária. Vale mais
que nos conheçam
primeiro por nossas
obras, do que por nossas
palavras. (PP. 72 e 73)
56. Chegado o momento
oportuno de falar,
comecemos por demonstrar
o que é a moral do
Espiritismo, quais as
suas tendências e os
seus fins, que são
tornar melhores os
homens, conquistar a paz
para a Humanidade e
revelar um porvir mais
feliz do que aquele que
nos espera na Terra. Só
quando hajam aceitado a
moral, devemos falar nos
fenômenos espíritas. (P.
73)
57. A
propaganda moral é quase
sempre bem recebida, e
mais ainda se o espírita
que a propaga sabe
portar-se de maneira
correta, o que é muito
fácil para todo espírita
estudioso, que esteja
bem compenetrado do que
o Espiritismo lhe
prescreve. (P. 74)
58. Não devemos olvidar
que um dos primeiros
mandamentos da lei é:
Amarás ao próximo como a
ti mesmo. Há muitos
que se empenham em
questões, altercações,
rixas e não raro se
maltratam. Devemos fugir
inteiramente de tudo
isso e perdoar, sem
reservas, pagando o mal
com o bem, sempre que
possível, sem esquecer
jamais a figura do
Mestre e Senhor. Ele é o
modelo, a verdade e a
vida. Que disse Ele
quando o insultavam e
maltratavam? Nada.
Baixou os olhos e
perdoou do fundo do seu
coração. (PP. 74 e 75)
59. Infeliz o espírita
que tem a oportunidade
de devolver o bem como
pagamento do mal, e não
o faz! Infeliz o
espírita que pode
perdoar e não perdoa!
Pois dias virão em que
exclamará: “De que me
serviu saber o que
sabia, e de me haver
chamado espírita? Mais
me valera nada saber,
para não arcar com
tamanha
responsabilidade!” (PP.
75 e 76)
60. O espírita deve usar
de prudência em todos os
casos, sobretudo quando
pretende dar saúde aos
enfermos por meios
magnéticos, seja com
água, seja com passes.
Para isso, deve ele
levar uma vida muito
pura, isenta de faltas e
defeitos que possam
retirar-lhe a boa
proteção, porque, do
contrário, em lugar de
fazer bem aos enfermos,
lhes fará mal,
prejudicando-os. (P. 76)
61. Os que nisso
trabalham devem
despojar-se de tudo o
que possa empanar o
brilho de seus
espíritos, para que o
seu perispírito e o seu
corpo possam transmitir
bons fluidos aos
enfermos, aplicando
sempre esta máxima: “Se
queres curar aos demais,
cura primeiro o teu
corpo e a tua alma,
pois, do contrário, como
curarás aos outros, se
estás enfermo?” (P. 77)
62. Sem fazer aos
enfermos promessas que
não podem ser cumpridas,
procurando ter fé em
Jesus, que curou cegos,
paralíticos e
ressuscitou mortos, sua
missão será uma
consolação para os que
choram e os que sofrem.
Mas não se olvide nunca
que é preciso dar de
graça o que de graça se
recebe, porque é muito
prejudicial e
antiespírita fazer da
proteção do Alto uma
profissão lucrativa. “É
bom fazer a caridade -
assevera Miguel Vives -,
mas é muito mau
explorá-la.” (PP. 77 e
78)
63. Em resumo: Os
espíritas estão
encarregados de trazer a
luz à Humanidade que
sofre e chora, porque
sabem a razão de seus
sofrimentos.
Sacrifiquemo-nos, pois,
para poder explicar-lhe
a causa de suas lágrimas
e de seu desespero,
procedendo de maneira a
mostrar que a dor
depura, eleva,
santifica, exalta. O
espírita que muito quer
fazer ao semelhante, não
deve perder de vista o
exemplo do Senhor, para
imitá-lo em seus atos de
amor, de abnegação e de
sacrifício em prol da
Humanidade. (PP. 78 e
79)
64. Se são sagrados os
deveres que temos de
cumprir entre nossos
irmãos de Humanidade,
muito mais o são os que
temos de cumprir na
família, porque, além
dos vínculos que nesta
existência nos unem,
temos sempre histórias
passadas com os nossos
familiares e que se
enlaçam com a história
presente. (P. 80)
65. O espírita, ciente
de que não há efeito sem
causa, deve ver na sua
família um grupo que lhe
foi dado em custódia e
para o qual tem muitos
deveres a cumprir e
muitos sacrifícios a
fazer. Sua conduta na
família deve, assim,
ser um belo modelo de
todas as formas da
virtude, para que o
exemplo possa um dia
levar à compreensão ou
pelo menos à tolerância
de parte dos seus. (PP.
81 e 82) (Continua na próxima
edição.)