WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Editorial Inglês Espanhol    

Ano 4 - N° 165 - 4 de Julho de 2010

 


Os fenômenos de Itatira e a profecia de Joel

 

No início de junho, dezenas de jovens passaram mal em uma escola de Itatira, no interior do Ceará, após uma suposta visão do Espírito de um colega morto. Eles entraram em transe e muitos tiveram que ser levados para o hospital. A referência à visão do jovem falecido foi feita por alguns dos estudantes. 

A primeira ideia explicativa do fenômeno, atribuída a um psiquiatra cearense e a um padre católico, associou os fatos a um possível ataque de histeria coletiva. Segundo os especialistas, a histeria coletiva é uma espécie de explosão de sentimentos, de vontades reprimidas, que é disparada em várias pessoas ao mesmo tempo. Os sentimentos recalcados ficariam guardados no inconsciente porque não haviam sido exprimidos. Uma ideia não verbalizada, um medo, uma tristeza, uma angústia – tudo isso escaparia de uma forma não usual, gerando a histeria. 

Lembrou-se então que várias ocorrências de histeria coletiva foram registradas ao longo da história, como ocorreu em 2007, em um colégio de freiras no México, onde cerca de 600 alunas começaram a apresentar dificuldades para andar. Depois de estudado minuciosamente o assunto, a conclusão foi de que as regras rígidas da escola foram a causa da histeria. 

No caso da escola de Itatira, não ocorreu a ninguém da localidade a possibilidade de ter havido ali o singelo fenômeno de aparição do Espírito do jovem, cuja descrição foi feita por estudantes presentes e não por terceiros. 

Ouvido por jornalistas de São Paulo, o psicólogo clínico Julio Peres, doutor em neurociências pela USP, disse ser necessário levar em consideração a possibilidade de os jovens do Ceará terem sofrido um problema ligado à sua espiritualidade, e não um transtorno psiquiátrico. "É possível que tenha havido uma experiência espiritual. O DSM IV [manual de diagnóstico de saúde mental utilizado em vários países do mundo] reconhece a existência de problemas espirituais e religiosos", declarou o especialista. 

As pessoas que assistiram à reportagem da TV Globo sobre o caso (1)  puderam ver um dos jovens mencionando o colega cujo Espírito supostamente teria aparecido. E viram também referências ao estado em que vários jovens se encontravam no momento dos fatos, aparentemente fora de si, como se estivessem alcoolizados ou em transe. 

O episódio leva-nos à recordação dos fenômenos de Pentecostes, descritos no livro de Atos dos Apóstolos, obra escrita por Lucas, que adiante resumimos. 

Segundo Lucas, no dia de Pentecostes, os apóstolos do Senhor estavam no mesmo lugar quando, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. Foram vistas, então, línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas. 

Em Jerusalém moravam judeus, homens religiosos, de diversas nações. Quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, que ficou aturdida, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua e todos se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? 

Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, na Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia, Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, todos ouviram em suas próprias línguas falar das grandezas de Deus e, dizendo uns para os outros, perguntavam: Que quer isto dizer?, enquanto outros, zombando, diziam: Eles estão embriagados.  

Foi quando Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões e os vossos velhos terão sonhos. E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodígios em cima, no céu; e sinais embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumo. (Atos dos Apóstolos, 2:1-13.) 

Não podemos, a distância, afirmar se houve ou não na escola de Itatira um caso de aparição, mas lembramos que essa é uma hipótese a considerar, uma vez que Chico Xavier também foi tachado de louco por pessoas da Igreja e de sua própria família quando dizia, na simplicidade de uma criança, que via os mortos.

 


(1) A reportagem da TV Globo sobre os fenômenos de Itatira pode ser vista clicando-se em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/histeria-coletiva-surge-de-vontades-recalcadas-diz-psicologa.html




 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita