ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Ambiente espiritual
Quando se pergunta
para onde vão os
Espíritos depois da
morte do corpo
físico, a resposta
para a grande
maioria é: para o
céu, purgatório ou
inferno. Respondem
dessa forma não
porque têm certeza
de ser assim, pois
não há como provar
que assim seja, mas
por terem aprendido
dessa forma através
da religião
dominante.
Com o advento do
Espiritismo, a
Terceira Revelação,
descobriu-se por
informações dos
próprios Espíritos
que, após a morte do
corpo físico,
continuam a viver no
mundo espiritual,
que é o mundo real.
Então perguntarão:
onde fica esse
mundo? O Espiritismo
nos ensina que o
mundo espiritual
fica ao nosso lado,
junto de nós. É por
isso que Paulo
afirmou que somos
cercados por uma
nuvem de
testemunhas. Essas
testemunhas são os
Espíritos que se
acotovelam conosco.
É por essa razão
que, quando
questionados por
Kardec, na questão
459 de O Livro dos
Espíritos: “Os
Espíritos influem em
nossos pensamentos e
atos?”, eles
responderam com
precisão absoluta:
“Muito mais do que
imaginais, pois
frequentemente são
eles que vos
dirigem”.
Sabendo que os
Espíritos nos
influenciam por
estarem ao nosso
lado, é importante
atentarmos para
saber de quais
instrumentos eles se
servem para acessar
o nosso psiquismo.
O que somos nós
quando encarnados?
Somos um Espírito
que pensa e o
pensamento é a força
energética com
cargas vigorosas, o
sentimento é que lhe
dá qualidade e vida,
tornando o psiquismo
humano o piso de
formação dos
ambientes, em todo
lugar, como ensina
Ermance Dufaux.
Sendo assim, para
mantermos em torno
de nós, onde nos
encontrarmos, um
ambiente espiritual
saudável, é
indispensável e
necessário que os
nossos desejos,
pensamentos e
atitudes sejam
sempre voltados para
o bem. Foi Jesus
quem asseverou
acertadamente “Orai
e vigiai para não
cairdes em
tentação”.
No livro O Evangelho
segundo o
Espiritismo, cap. X,
item 1, há
importante mensagem
ditada pelo Espírito
Protetor José, que
nos recomenda: “Sede
indulgentes, meus
amigos, porquanto a
indulgência atrai,
acalma, ergue, ao
passo que o rigor
desanima, afasta e
irrita”. Ele se
refere à atração que
nossas vibrações
exercem sobre os
Espíritos bons ou
maus.
No Universo tudo
vibra. As leis
imutáveis e justas
emanadas de Deus são
perfeitas. Há ordem
em tudo e ela é
regida pelos
princípios de
atração e repulsão,
onde semelhantes se
atraem e opostos se
retraem.
O pensamento
positivo atrai
aquilo que pensamos.
Se acrescentarmos a
ele o poder da
palavra com
sentimento elevado,
estaremos dando o
pontapé inicial para
a formação do
ambiente espiritual
desejado.
Pensar é uma
atribuição da
natureza humana e a
mente é um poder
valioso que
possuímos. Não temos
como evitar o
pensamento. Ele
funciona sempre para
o bem ou para o mal.
Por isso, para
mudarmos o ambiente
espiritual em que
vivemos, é preciso
mudar os nossos
pensamentos e nossas
cogitações. O
Espírito André Luiz
afirma: “Diga-me o
que pensas e te
direi quem são os
teus companheiros
espirituais”.
Considerando tais
princípios de
atração e repulsão,
se desejarmos viver
num ambiente
espiritual salutar,
carece
disciplinarmos os
nossos pensamentos e
sentimentos
estabelecendo como
roteiro para nossa
vida a tolerância e
a indulgência. É
necessário
entendermos que as
palavras
pronunciadas
refletem a qualidade
do que pensamos e
por isso elas,
muitas vezes, quando
emitidas com
desequilíbrio,
causam-nos grandes
transtornos
emocionais, por se
impregnarem nos
locais onde nos
movimentamos.
É certo, portanto,
que o ambiente
espiritual que
“respiramos” é o
produto da semeadura
que nele infundimos,
colhendo daí os
frutos dessa
plantação.
Kardec ensina-nos em
O Livro dos Médiuns,
cap. XXI, que “Os
Espíritos superiores
não comparecem às
reuniões em que a
sua presença é
inútil”. Ensina mais
“... que mesmo nos
meios de pouca
instrução, mas onde
há sinceridade de
propósitos, eles
comparecem de boa
vontade. Mas, nos
meios instruídos, em
que impera a ironia,
eles não comparecem,
aí comparecem os
Espíritos
zombeteiros que só
nos causam
prejuízos”.