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Elucidações de Emmanuel

Ano 4 - N° 165 - 4 de Julho de 2010

 


Discernimento e amor


Natural examines no mundo os problemas de comportamento.

Discernir o certo do errado.

Entender o que auxilia e o que prejudica.

E, quando puderes, é justo procures erradicar com amor o mal que desfigure as obras do bem, com o zelo do lavrador quando retira a erva invasora do corpo da árvore. Entretanto, em qualquer processo de corrigenda, deixa que a compaixão te ilumine o pensamento para que o ideal de justiça não se te faça um deserto no coração.

Recorda os esforços que desenvolves para que a bondade e a tolerância não se te afastem da vida e dispõe-te a entender e auxiliar, em louvor do bem.

Encontraste irmãos considerados delinquentes.

Imagina os processos obsessivos em que se viram atormentados, por tempo vasto, até que se envolvessem nas sombras do desequilíbrio.

Surpreendeste companheiros atracados à rebeldia.

Pensa nas longas áreas de penúria e sofrimento que atravessaram, até que as forças se lhes esgotaram, impelindo-os para a discórdia.

Acompanhaste a indesejável transformação de amigos que desertaram de nobres tarefas que lhes diziam respeito.

Detém-te a meditar nos conflitos que sofreram, até que se lhes verificou a queda de toda a resistência.

Sabes de criaturas queridas que se mergulharam na escravidão aos tóxicos que lhes devastam as energias.

Reflete nas tentações que lhes povoaram as horas, até que se inclinassem para a dependência dos agentes químicos de misericórdia, no abuso dos quais se fazem omissos.

Enumera os padecimentos dos desesperados, dos tristes, dos doentes sem esperança, dos quase suicidas, dos irmãos sanatorizados em vista de indefiníveis angústias, e compreenderás que a infinita Bondade de Deus determina se nomeiem juízes para que se cominem penas destinadas ao resgate de nossas culpas, assim como suscita a formação de médicos que nos sanem os males, a fim de que a delinquência e a enfermidade não nos destruam a vida, mas nos impele incessantemente à fraternidade que nos orienta os atos na edificação do futuro melhor, sob a regência do amor.

 

Do livro Companheiro, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita