MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
4)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Nos Domínios da
Mediunidade,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Os princípios mentais
podem ser mensurados?
Sim. Com o uso do
psicoscópio, podem ser
detectadas pelos
Benfeitores Espirituais
as emanações fluídicas
de bondade e
compreensão, fé e bom
ânimo da criatura
humana. "Os princípios
mentais – diz Aulus --
são mensuráveis e
merecerão no porvir
excepcionais atenções,
entre os homens, qual
acontece na atualidade
com os fotônios,
estudados pelos
cientistas que se
empenham em decifrar a
constituição específica
da luz." (Nos
Domínios da Mediunidade,
cap. 3, págs. 31 e 32.)
B. O que uma ficha
psicoscópica pode
revelar?
Segundo Aulus, uma ficha
psicoscópica é capaz de
determinar a natureza de
nossos pensamentos e,
por meio de semelhante
auscultação, permite aos
Benfeitores ajuizar dos
nossos méritos ou das
nossas necessidades.
(Obra citada, cap. 3,
págs. 32 e 33.)
C. Que é que no cérebro
humano brilhava como um
pequenino sol?
A glândula pineal, ou
epífise, é que brilhava
como um diminuto sol
azulado. Examinando o
cérebro da médium, André
Luiz pôde verificar os
feixes de associação
entre as células
corticais vibrando com a
passagem do fluxo
magnético do pensamento.
Aulus disse-lhe, então:
"Recordemos que o
delicado aparelho
encefálico reúne milhões
de células, que
desempenham funções
particulares, quais
sejam as dos
trabalhadores em fila
hierárquica, na
harmoniosa estrutura de
um Estado". E explicou
que a alma encarnada
possui no cérebro físico
os centros especiais
que governam a cabeça, o
rosto, os olhos, os
ouvidos e os membros,
em conjunto com os
centros da fala, da
linguagem, da visão, da
audição, da memória, da
escrita, do paladar, da
deglutição, do tato, do
olfato, do registro de
calor e frio, da dor, do
equilíbrio muscular, da
comunhão com os valores
internos da mente, da
ligação com o mundo
exterior, da imaginação,
do gosto estético, dos
variados estímulos
artísticos e tantos
outros quantas sejam as
aquisições da
experiência
entesouradas pelo ser em
sua caminhada evolutiva.
(Obra citada, cap. 3,
págs. 33 e 34.)
Texto para leitura
10. A
equipe mediúnica
- Na sequência, Aulus
apresentou a André e
Hilário a equipe de
trabalhadores
encarnados. O dirigente
Raul Silva, correto no
desempenho dos seus
deveres e ardoroso na
fé, conseguia equilibrar
o grupo na onda de
compreensão e
boa-vontade que lhe era
característica. Pelo
amor com que se
desincumbia da tarefa,
tornou-se instrumento
fiel dos benfeitores
desencarnados. Eugênia,
médium de grande
docilidade, prometia
brilhante futuro na
expansão do bem.
Intuição clara, aliada
à distinção moral, tinha
a vantagem de
conservar-se consciente
nos serviços de
intercâmbio, o que
beneficiava a ação dos
protetores. Antônio
Castro, moço
bem-intencionado,
sonâmbulo, era dotado de
uma passividade que
requeria dos Espíritos
grande vigilância, uma
vez que, por vezes,
comportava-se, em
desdobramento, à maneira
de uma criança, deixando
o corpo à mercê dos
comunicantes, quando lhe
competia o dever de
ajudar os protetores na
contenção deles, para
que a atividade não lhe
trouxesse prejuízos à
organização física.
Celina, viúva há quase
vinte anos, era devotada
companheira do
ministério espiritual e
já conquistara
significativas vitórias
em suas batalhas
morais. (Cap. 3, págs.
29 e 30)
11. Uma médium
exemplar - Celina
suportara heroicamente o
assédio de compactas
legiões de ignorância e
miséria que lhe rodeavam
o esposo, com quem se
consorciara em tarefa de
sacrifício. Ela não era
simples instrumento de
fenômenos psíquicos, mas
abnegada servidora na
construção de valores
do espírito.
Clarividência,
clariaudiência,
incorporação
sonambúlica e
desdobramento da
personalidade são
estados em que ela
ingressava na mesma
espontaneidade com que
respirava, guardando
noção de suas
responsabilidades e
representando, por isso,
valiosa colaboradora.
Diligente e humilde,
encontrou na plantação
do amor fraterno a sua
maior alegria e,
repartindo o tempo entre
as obrigações e os
estudos edificantes,
transformou-se num
acumulador espiritual de
energias benéficas,
assimilando elevadas
correntes mentais, com o
que se fez menos
acessível às forças da
sombra. Realmente, ao
lado de Celina, André
fruía deliciosa sensação
de paz e reconforto. Se
ela fosse examinada com
o psicoscópio, ele
assinalaria as suas
emanações fluídicas de
bondade e compreensão,
fé e bom ânimo. "Os
princípios mentais --
acentuou Aulus -- são
mensuráveis e merecerão
no porvir excepcionais
atenções, entre os
homens, qual acontece na
atualidade com os
fotônios, estudados
pelos cientistas que se
empenham em decifrar a
constituição específica
da luz." (N.R.: Fóton
é a porção ou quantum de
energia de uma radiação
eletromagnética -- luz
visível, ultravioleta,
radiação X etc. -- que
se propaga no vácuo a
300.000 km/seg.)
Depois de ligeiro
intervalo, o Assistente
aduziu: "Uma ficha
psicoscópica,
sobretudo, determina a
natureza de nossos
pensamentos e, através
de semelhante
auscultação, é fácil
ajuizar dos nossos
méritos ou das nossas
necessidades". Ato
contínuo, ele convocou
André e Hilário a detido
exame junto ao campo
encefálico de Celina.
Centralizando a atenção,
através de pequenina
lente que Aulus lhes
estendeu, o cérebro da
médium pareceu-lhes
poderosa estação
radiofônica, reunindo
milhares de antenas e
condutos, resistências e
ligações de tamanho
microscópico, à
disposição das células
especializadas em
serviços diversos, a
funcionarem como
detetores e
estimulantes,
transformadores e
ampliadores da sensação
e da ideia, cujas
vibrações fulguravam aí
dentro como raios
incessantes, iluminando
um firmamento minúsculo.
(Cap. 3, págs. 31 a 33)
12. O cérebro
humano - Naquele
precioso labirinto, a
epífise brilhava como
pequenino sol azul, e
André reparou, admirado,
os feixes de associação
entre as células
corticais, vibrando com
a passagem do fluxo
magnético do pensamento.
"Recordemos -- lembrou
Aulus -- que o delicado
aparelho encefálico
reúne milhões de
células, que desempenham
funções particulares,
quais sejam as dos
trabalhadores em fila
hierárquica, na
harmoniosa estrutura de
um Estado". O Assistente
explicou então que a
alma encarnada possui no
cérebro físico os
centros especiais que
governam a cabeça, o
rosto, os olhos, os
ouvidos e os membros,
em conjunto com os
centros da fala, da
linguagem, da visão, da
audição, da memória, da
escrita, do paladar, da
deglutição, do tato, do
olfato, do registro de
calor e frio, da dor, do
equilíbrio muscular, da
comunhão com os valores
internos da mente, da
ligação com o mundo
exterior, da imaginação,
do gosto estético, dos
variados estímulos
artísticos e tantos
outros quantas sejam as
aquisições de
experiência
entesouradas pelo ser,
que conquista a própria
individualidade, passo
a passo e esforço a
esforço, enaltecendo-a
pelo trabalho constante
para a sublimação
integral. "Considero,
assim, de extrema
importância a apreciação
dos centros cerebrais,
que representam bases de
operação do pensamento e
da vontade, que influem
de modo compreensível
em todos os fenômenos
mediúnicos, desde a
intuição pura à
materialização
objetiva", asseverou
Aulus. "Esses recursos,
que merecem a defesa e o
auxílio das entidades
sábias e benevolentes,
em suas tarefas de amor
e sacrifício junto dos
homens, quando os
medianeiros se sustentam
no ideal superior da
bondade e do serviço ao
próximo, em muitas
ocasiões podem ser
ocupados por entidades
inferiores ou
animalizadas, em
lastimáveis processos de
obsessão", arrematou o
instrutor. (Cap. 3,
págs. 33 e 34)
(Continua no próximo
número.)