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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 168 - 25 de Julho de 2010

ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)
 

As muitas moradas
da casa do Pai
 


Encontramos no Evangelho de João, capítulo XIV: 1 a 3, a seguinte afirmação de Jesus: “Que o vosso coração não se perturbe: Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse eu vos teria dito, porquanto eu vou para preparar o lugar para vós e depois que eu tiver ido e preparado o lugar, voltarei, e vos retirarei para mim, afim de que, lá onde eu estiver, vós estareis também”.

Por essa afirmação de Jesus entendemos, nós espíritas, que Ele nos informou sobre a existência, no universo, de uma infinidade de mundos habitados.

O Espiritismo vem nos esclarecer a respeito desses ensinamentos de Jesus nas questões 55 a 58 de O Livro dos Espíritos, onde os instrutores espirituais não só o confirmam como também nos trazem novos esclarecimentos sobre a pluralidade dos mundos habitados.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo III, itens 3 e 4, Kardec apresenta estudo sobre as diferentes categorias de mundos habitados, concluindo pela classificação, “em mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos se expiação e provas, onde o mal domina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm que expiar obtêm novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, moradas dos Espíritos puros, onde o bem reina inteiramente”.

Assevera ele ainda que: “A Terra pertence à categoria de mundo de expiações e provas, eis por que o homem nela está exposto a tantas misérias”.

Ainda em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo III, item 19, deparamos com instrutiva mensagem de Santo Agostinho, onde ensina: “O progresso é uma das Leis da Natureza; todos os seres da Criação, animados e inanimados, a ela estão submetidos pela bondade de Deus, que deseja tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o fim das coisas, não é mais do que um meio de chegar, pela transformação (grifamos), a um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer e nada volta ao nada”.

Sendo a Terra um mundo de expiação e provas e sendo a evolução Lei da natureza, é certo que um dia, em vista do progresso que aqui vem se realizando, passará à categoria de mundo de regeneração. É evidente que os Espíritos que fazem parte integrante da atual atmosfera espiritual da Terra, se desejarem passar a reencarnar no mundo regenerado, terão que trabalhar na sua transformação íntima para adquirirem esse merecimento.

Um dos grandes e sérios empecilhos para esse merecimento, que é instrumento da Lei de Justiça, é a permanência do homem velho que ainda habita em nós.

É sabido, e assim também pensa Santo Agostinho quando ensina, “que na aparente destruição, o que realmente se realiza é a transformação para melhor”.

Assim também acontece com o homem velho que insiste em permanecer conosco.

Necessitamos transformá-lo no homem novo e a eficácia do trabalho de renovação depende essencialmente da capacidade de encontro harmonioso com as mazelas que, habitualmente, desejamos ignorar.

Para nos aceitarmos, como somos, é preciso ter a coragem de olhar para dentro de nós mesmos, criar um instrumento qual um espelho para analisar as nossas reações e proceder às mudanças necessárias com dignidade.

A aceitação não é conformismo com o mal, é uma forma pacífica de realizar as mudanças que se fizerem necessárias.

O trabalho maior e necessário é o de conhecer a si mesmo para descobrir a causa dos desajustes atuais. E aí, então, com muito discernimento aceitarmos as imperfeições, reconhecendo que elas não são erros, mas aquisições nossas do passado, que poderão nos ter feito felizes, mas que hoje nos fazem sofrer, e por isso necessitam ser modificadas, transformadas, de acordo com as nossas novas cogitações renovadoras.

Só assim, transformando o homem velho no homem novo, ainda não perfeito, mas caminhando nesse rumo é que estaremos em condições de continuar habitando a Terra quando ela se transformar em mundo de regeneração, que consiste em uma das muitas moradas da Casa do Pai a que se referiu Jesus.

Ao contrário, todo aquele que não se dispuser a transformar-se, pela Lei Divina de Afinidade, será conduzido aos mundos inferiores, onde, segundo Jesus, haverá choro e ranger de dentes, até que se decida pelas mudanças benfeitoras, pois todos um dia terão que seguir o bom caminho, pois ensinou ainda Jesus: “das ovelhas que o Pai Me confiou, nenhuma se perderá”.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita