ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
O modelo divino
Sua vida são os Seus
feitos, Seu pensamento
os Seus
conceitos de luz
"O tipo mais perfeito
que Deus tem oferecido
ao homem para lhe servir
de modelo e guia é
Jesus." (O Livro dos
Espíritos – q. 625.)
Sem o mais leve
sentimento depreciativo
para com as demais
denominações religiosas
cristãs do presente,
assistimos com certa
perplexidade aos seus
declínios, no momento
que estão a perder
pontos para o
materialismo e o
imediatismo que grassam
infrenes, lançando a
incredulidade no seio da
sociedade.
Qual a causa da perda de
potência agregadora
dessas instituições?
Onde está a raiz do
fenômeno que vem
causando o esboroamento
de suas vitalidades? A
resposta só pode ser
uma: o afastamento delas
do verdadeiro roteiro
que deveria norteá-las,
isto é: dos
ensinamentos de Jesus.
Confrontadas pelas
conquistas tecnológicas
da ciência, ficam
mumificadas pela
ancilose provocada por
dogmas inflexíveis e
ultrapassados; sem falar
nas ambições do poder
temporal de muitos
líderes que se comprazem
em submeter seus pupilos
a soez escravidão mental
para gáudio de seus
interesses subalternos
quão inconfessáveis.
LUZ NAS TREVAS
A Doutrina Espírita vem
restabelecer a ordem
perdida colocando fim ao
caos. Com as luzes que
oferece, podemos
analisar (conquanto não
ainda em sua totalidade)
a personalidade ímpar do
Meigo Rabi Galileu que
exaltou o berço de palha
humilde e se coroou com
a glória estelar da
crucificação.
Através da mediunidade
de Divaldo Franco, a
nobre benfeitora
espiritual Joanna de
Ângelis descerra-nos
horizontes espirituais
até então velados por
nossa mesquinha e
sufocante herança
religiosa, ampliando-nos
o campo mental com
informações sobre Jesus
e Sua Doutrina cujo
conhecimento não se pode
desconsiderar, sob pena
de grande prejuízo para
nossa economia
espiritual e
intelectual.
No livro intitulado
"Oferenda", a
Mentora esclarece:
"O Natal é sempre uma
perene promessa, mas a
Glória é uma grave
advertência... Na
manjedoura inicia-se o
messianato sublime, mas
no acume do "morro da
caveira" desdobra-se
a tragédia que Ele soube
transformar em estrada
venturosa para os que
desejam segui-lO.
Na mansarda singela
aparece aos homens; da
cruz extenuante marcha
para Deus. A estrebaria
é o nadir e a cruz é o
zênite do sacrifício...
Transitando entre um e
outro extremo de amor,
toda uma via de
abnegação.
Sua vida são os Seus
feitos, Seu pensamento
os Seus conceitos de
luz...
Com um grão de mostarda,
Ele compôs uma balada
sobre a fé; com o feixe
de varas, lecionou um
tratado sobre filosofia,
a força da solidariedade
e da união;
utilizando-Se de redes,
propôs um poema à
abundância junto ao mar;
com os grãos de trigo e
com ramos de joio,
entreteceu uma coroa de
sabedoria com que nos
adverte sobre a
perseverança e os
cuidados em torno da
gleba a joeirar. Uma
dracma perdida na Sua
voz é uma canção de
esperança, quando
encontrada por quem a
busca; conclama à
decisão entre Deus e
Mamon; na severidade
contra a hipocrisia,
modulou uma patética
sobre os túmulos caiados
por fora, guardando
podridão na intimidade.
E soube ativar através
da rearticulação de
membros hirtos, de
ouvidos moucos, de olhos
apagados, de língua sem
movimentação, através de
uma sonata por meio da
qual a Sua palavra se
transformava em vida
entre os que jaziam na
limitação e na dor.
Senhor dos Espíritos,
jamais Se utilizou da
potência de que era
investido para os
azorragar. Entrementes,
abriu-lhes a alma
misericordiosa,
encaminhando-os ao Pai
em nome de quem falava
na jornada messiânica na
Terra. Seus amigos eram
discípulos, dúbios uns,
débeis outros, fiéis
alguns. Todos, porém,
fascinados pela Sua
pujante presença, pela
Sua transparente
bondade... Jesus é um
poema de vida, uma
canção de amor... É a
maior História dentro da
História da Humanidade,
que a ultrapassa...
Uma gruta e um Céu
descampado são os dois
pontos culminantes de
uma vida que não começou
no berço nem se esvaiu
numa cruz. Por isso,
diante d`Ele, todos nos
sentimos fremir, tocados
pela Sua magnânima
presença que venceu os
séculos de desolação, de
dor, de crime, de
hediondez, em que se
tentou ocultá-lO entre
mentiras, fantasias e
corrupções...