– Acha plausível
dirigentes espíritas que
não se deem bem?
Raul Teixeira:
Lamentavelmente
encontramos dirigentes,
no Movimento Espírita,
que não se dão bem, que
não se ajustam, que não
se afinam. É lamentável,
mas temos que convir que
isto existe porque
vivemos no mundo. Triste
é constatar-se que tais
dirigentes, sejam eles
quais forem, não estão a
dar-se conta que
desmentem com as
atitudes aquilo que
pregam com as palavras.
Sendo a Doutrina
Espírita uma doutrina de
bom senso, de razão, uma
doutrina que prega o
amor acima de todas as
coisas, como ensinou
Jesus, não se justifica
que esses elementos não
tivessem coragem de
lavar as suas diferenças
nas águas da
fraternidade, de
dialogar, de chegarem a
uma conclusão, mas isto,
conforme nos diz “O
Livro dos Espíritos”,
demonstra a
predominância do
personalismo, do
egoísmo, do homem velho
sobre as estruturas
frágeis do homem novo
sobre a Terra.
Lamentamos, mas ainda
encontraremos os
indivíduos que acham
muito bonito falarem de
Jesus mas que ainda não
tiveram a coragem de
saírem de si mesmos para
viverem como o Mestre
recomendou.
Extraído de entrevista
concedida em 30 de
outubro de 1993 e
publicada em fevereiro
de 1994 pela revista
Fraternidade, de
Portugal.