Terrorismo de
natureza
mediúnica
Vianna de
Carvalho
Sutilmente
vai-se
popularizando
uma forma
lamentável de
revelação
mediúnica,
valorizando as
questões
perturbadoras
que devem
receber
tratamento
especial, ao
invés de
divulgação
popularesca de
caráter
apocalíptico.
Existe um
atavismo no
comportamento
humano em torno
do Deus
temor que
Jesus
desmistificou,
demonstrando que
o Pai é todo
Amor, e que o
Espiritismo
confirma através
das suas
excelentes
propostas
filosóficas e
ético-morais,
que deve ser
examinado com
imparcialidade.
Doutrina
fundamentada em
fatos, estudada
pela razão e
lógica, não
admite em suas
formulações
esclarecedoras
quaisquer tipos
de superstições
que lhe
tisnariam a
limpidez dos
conteúdos
relevantes,
muito menos
ameaças que a
imponham pelo
temor, como é
habitual em
outros segmentos
religiosos.
Durante alguns
milênios o medo
fez parte da
divulgação do
Bem, impondo
vinganças
celestes e
desgraças a
todos aqueles
que discrepassem
dos seus
postulados,
castrando a
liberdade de
pensamento e
submetendo ao
tacão da
ignorância e do
primitivismo
cultural as
mentes mais
lúcidas e
avançadas...
O
Espiritismo é
ciência que
investiga e
somente
considera aquilo
que pode ser
confirmado em
laboratório, que
tenha caráter de revelação
universal, portanto,
sempre livre
para a aceitação
ou não por
aqueles que
buscam
conhecer-lhe os
ensinamentos.
Igualmente é
filosofia que
esclarece e
jamais apavora,
explicando
através da Lei
de Causa e
Efeito quem
somos, de onde
viemos, para
onde vamos, por
que sofremos,
quais são as
razões das penas
e das amarguras
humanas... De
igual maneira, a
sua ética-moral
é totalmente
fundamentada nos
ensinamentos de
Jesus, conforme
Ele os enunciou
e os viveu,
proporcionando a
religiosidade
que integra a
criatura na
ternura do seu
Criador, sendo
de simples e
fácil
formulação.
Jamais se
utiliza das
tradições
míticas
greco-romanas,
quais as das
Parcas, sempre
tecendo
tragédias para
os seres humanos
ou outras
quaisquer
remanescentes
das religiões
ortodoxas
decadentes,
algumas das
quais hoje estão
reformuladas na
apresentação,
mantendo, porém,
os mesmos
conteúdos
ameaçadores.
De maneira
sistemática e
contínua, vêm-se
tornando comuns
algumas
pseudorrevelações
atemorizantes,
substituindo as
figuras
mitológicas de
Satanás, do
Diabo, do
Inferno, do
Purgatório, por
Dragões,
Organizações
demoníacas,
regiões
punitivas
atemorizantes,
em detrimento do
amor e da
misericórdia de
Deus que vigem
em toda parte.
Certamente
existem
personificações
do Mal além das
fronteiras
físicas, que se
comprazem em
afligir as
criaturas
descuidadas,
assim como
lugares de
purificação
depois das
fronteiras de
cinza do corpo
somático, todos,
no entanto,
transitórios,
como ensaios
para a
aprendizagem do
Bem e sua
fixação nos
painéis da mente
e do
comportamento.
O
Espiritismo
ressuscita a
esperança e
amplia os
horizontes do
conhecimento
exatamente para
facultar ao ser
humano o
entendimento a
respeito da vida
e de como
comportar-se
dignamente ante
das situações
dolorosas.
As suas
revelações
objetivam
esclarecer as
mentes,
retirando a
névoa da
ignorância que
ainda permanece
impedindo o
discernimento de
muitas pessoas
em torno dos
objetivos
essenciais da
existência
carnal.
Da mesma forma
como não se deve
enganar os
candidatos ao
estudo espírita,
a respeito das
regiões celestes
que o aguardam,
desbordando em
fantasias
infantis, não é
correto derrapar
nas ameaças em
torno de
fetiches, magias
e soluções
miraculosas para
os problemas
humanos,
recorrendo-se ao
animismo
africanista, de
diversos povos e
às suas
superstições. No
passado, em
pleno período
medieval, as
crenças em torno
dos fenômenos
mediúnicos
revestiam-se de
místicas e de
cerimônias
cabalísticas,
propondo a
libertação dos
incautos e
perversos das
situações
perniciosas em
que transitavam.
O
Espiritismo,
iluminando as
trevas que
permanecem
dominando
incontáveis
mentes, desvela
o futuro que a
todos aguarda,
rico de bênçãos
e de
oportunidades de
crescimento
intelecto-moral,
oferecendo os
instrumentos
hábeis para o
êxito em todos
os cometimentos.
A
sua psicologia é
fértil de lições
libertadoras dos
conflitos que
remanescem das
existências
passadas, de
terapêuticas
especiais para o
enfrentamento
com os
adversários
espirituais que
procedem do
ontem
perturbador, de
recursos simples
e de fácil
aplicação.
A
simples mudança
mental para
melhor
proporciona ao
indivíduo a
conquista do
equilíbrio
perdido,
facultando-lhe a
adoção de
comportamentos
saudáveis que se
encontram
exarados em O
Evangelho
segundo o
Espiritismo, de
Allan Kardec,
verdadeiro
tratado de
eficiente
psicoterapia ao
alcance de todos
que se
interessem pela
conquista da
saúde integral e
da alegria de
viver.
Após a façanha
de haver matado
a morte, o
conhecimento do
Espiritismo
faculta a
perfeita
integração da
criatura com a
sociedade,
vivendo de
maneira
harmônica em
todo momento,
onde quer que se
encontre,
liberada de
receios
injustificáveis
e sintonizada
com as bênçãos
que defluem da
misericórdia
divina.
A
mediunidade,
desse modo, a
serviço de Jesus
é veículo de
luz, de
seriedade,
dignificando o
seu instrumento
e enriquecendo
de esperança e
de felicidade
todos aqueles
que se lhe
acercam.
Jamais a
mediunidade
séria estará a
serviço dos
Espíritos
zombeteiros,
vulgares,
críticos
contumazes de
tudo e de todos
que não anuem
com as suas
informações
vulgares,
devendo
tornar-se
instrumento de
conforto moral e
de instrução
grave,
trabalhando a
construção de
mulheres e de
homens sérios
que se fascinem
com o
Espiritismo e
tornem as suas
existências
úteis e
enobrecidas.
Esses Espíritos
burlões e
pseudossábios
devem ser
esclarecidos e
orientados à
mudança de
comportamento,
depois de
demonstrado que
não lhes
obedecemos, nem
lhes aceitamos
as sugestões
doentias,
mentirosas e
apavorantes com
as histórias
infantis sobre
as catástrofes
que sempre
existiram, com
as informações
sobre o fim
do mundo,
com as tramas
intérminas a que
se entregam para
seduzir e
conduzir os
ingênuos que se
lhes submetem
facilmente...
O
conhecimento
real do
Espiritismo é o
antídoto para
essa onda de
revelações
atemorizantes,
que se espalha
como um bafio
pestilencial,
tentando
mesclar-se aos
paradigmas
espíritas que
demonstraram
desde o seu
surgimento a
legitimidade de
que são
portadores,
confirmando o Consolador
que Jesus
prometeu aos
Seus discípulos
e se
materializou na
incomparável
Doutrina.
Ante informações
mediúnicas
desastrosas ou
sublimes, um
método eficaz
existe para a
avaliação
correta em torno
da sua
legitimidade,
que é a universalidade
do ensino, conforme
estabeleceu o
preclaro
Codificador.
Desse modo,
utilizando-se da
caridade como
guia, da oração
como instrumento
de iluminação e
do conhecimento
como recurso de
libertação, os
adeptos sinceros
do Espiritismo
não se devem
deixar
influenciar pelo
moderno
terrorismo de
natureza
mediúnica,
encarregado de
amedrontar,
quando o
objetivo máximo
da Doutrina é
libertar os seus
adeptos, a fim
de os tornar
felizes.
Página
psicografada
pelo médium
Divaldo Pereira
Franco no dia 7
de dezembro de
2009, durante o
período de
realização do
XVII Congresso
Espírita
Nacional, em
Calpe, Espanha.