JOSÉ ARGEMIRO DA
SILVEIRA
joseargemirosilveira@gmail.com
Ribeirão Preto,
São Paulo
(Brasil)
Divulgação
eficaz
“Lembra-te
deles, os quase
loucos de
sofrimento, e
trabalha para
que a Doutrina
Espírita lhes
estenda socorro
oportuno. Para
isso, estudemos
Allan Kardec, ao
clarão da
mensagem de
Jesus-Cristo, e,
seja no exemplo
ou na atitude,
na ação ou na
palavra,
recordemos que o
Espiritismo nos
solicita uma
espécie
permanente de
caridade – a
caridade da sua
própria
divulgação”.
O texto acima
transcrito é de
Emmanuel, e
integra o último
cap. do livro
“Estude e Viva”,
editado pela
Federação
Espírita
Brasileira, dos
autores Emmanuel
e André Luiz,
através dos
médiuns
Francisco C.
Xavier e Waldo
Vieira. Com base
no texto citado
de início surgiu
a frase
erroneamente
atribuída a
Emmanuel, muito
usada pelos
meios de
comunicação: “A
maior caridade
que se pode
fazer para o
Espiritismo é a
sua própria
divulgação”, que
tem um sentido
bem diferente
daquela escrita
por Emmanuel. O
instrutor
espiritual fala
dos sofrimentos
das pessoas de
um modo geral e
lembra que a
Doutrina
Espírita tem
condições de
socorrer essas
pessoas porque
esclarece as
causas dos
sofrimentos,
mostra a
finalidade da
dor, e, assim,
consola com
eficiência.
Convida ao
estudo de Allan
Kardec, à luz da
mensagem de
Jesus, e
conclui: “...
seja no exemplo
ou na atitude,
na ação ou na
palavra,
recordemos que o
Espiritismo nos
solicita uma
espécie
permanente de
caridade – a
caridade de sua
própria
divulgação”.
A divulgação
sugerida é pelo
exemplo ou pela
atitude, na ação
ou na palavra, e
isto é uma
espécie de
caridade.
Notemos que “é
uma espécie de
caridade”, não a
maior caridade.
Será que existe
uma caridade
maior do que as
outras? O ser
humano é
paradoxal.
Sabemos os
benefícios da
evolução
espiritual, mas
estamos mais
interessados na
evolução dos
outros, queremos
que os outros se
eduquem, se
aperfeiçoem, e
nos esquecemos
do trabalho
individual, em
favor de nossa
própria
transformação
interior.
Emmanuel, no
texto em estudo,
fala da
necessidade de
nossa própria
transformação. É
claro que
devemos divulgar
o Espiritismo,
sem nos
esquecermos que
não basta falar
para os outros.
Temos que
refletir para
sentir os
ensinos e nos
empenharmos em
aplicá-los, pelo
menos em parte.
Sem esta
condição, como
disse Paulo,
seremos como um
sino que apenas
produz som.
É mais
importante ser
bom do que fazer
o bem. A pessoa
boa, mais
evoluída, é uma
página viva do
evangelho onde
quer que esteja.
Seus pensamentos
bons, sua boa
vibração, suas
atitudes
corretas estão
sempre
alimentando o
bem, nela e nos
outros. “Fazer o
bem” pode ser
algo esporádico.
É um bom
princípio, um
aprendizado,
ainda não é uma
conquista.
Vale lembrar
algumas
reflexões de
Bezerra de
Menezes, pelo
médium Francisco
C. Xavier, que
estão no livro
“Taça de Luz”,
edição LAKE,
lição “Nos
Serviços de
Cura”: “Não há
segurança
definitiva para
nós se apenas
fazemos luz na
residência dos
vizinhos. É
imprescindível
acendê-la no
próprio
coração”;
“Não nos
sintamos
garantidos pela
certeza de
ensinarmos o bem
a outrem. É
imperioso
cultivá-lo por
nossa vez”;
“Não é serviço
completo a
ministração da
verdade
construtiva ao
próximo.
Preparemos o
coração para
ouvi-la de
outros lábios,
com referência
às nossas
próprias
necessidades,
sem irritação e
sem revolta”.