VALCI SILVA
valcipsi@terra.com.br
Tupã, São Paulo
(Brasil)
A vida em
família
É sabido que a
vida em família
inicia-se,
geralmente, na
união de duas
pessoas. Em
assim sendo,
quais são os
fins essenciais
do casamento?
Podemos afirmar
sem dúvida
alguma que é
para a criação
de vínculos de
amor,
compreensão e
fidelidade entre
marido e mulher,
assegurando-lhes
o equilíbrio
emocional.
Para sermos
felizes, todos
precisamos de um
parceiro (a) com
quem partilhar
ansiedades,
resolver
problemas do
cotidiano,
confiar triunfos
e reveses e,
principalmente,
realizar nossos
desejos de dar e
receber carinho.
Como
consequência, o
casal busca a
procriação e,
tornando-nos
pais, não apenas
damos
cumprimento a
uma lei natural,
instituída por
Deus, como
enriquecemos a
nossa vida, pois
se os filhos nos
impõem encargos,
também nos
motivam a
procura de
ideais nobres.
Isso nos remete
para a estrutura
do lar como
fator de
progresso de
todos. Se o lar
falhar nos seus
deveres para com
a criança, muito
provavelmente
ela também
falhará nos seus
deveres para
consigo mesma,
para com a
família, para
com a sociedade
e para com Deus.
Ensinam os
Espíritos que
“quis Deus que
os seres se
unissem não só
pelos laços de
carne, mas
também pelos da
alma a fim de
que a afeição
mútua dos
esposos se
transmitisse aos
filhos e que
fossem dois, e
não um somente,
a amá-los, a
cuidar deles e a
fazê-los
progredir”. Isto
que dizer que o
casal precisa de
uma vida estável
e equilibrada.
Qual é a
importância
desta conduta?
Para que uma
família seja
equilibrada é
necessário que o
casal esteja e
deva ajustar as
condições para
vencer os
obstáculos que a
vida apresente,
se ambos se
respeitarem e
buscarem
permanentemente
pontos de
concordância,
pois só assim
encontrarão
juntos a solução
para os pontos
de divergências.
Segundo
Emmanuel:
“através do
casal funciona o
princípio da
reencarnação, de
acordo com as
leis divinas,
possibilitando
um dos trabalhos
mais elevados de
ação do mundo
espiritual”.
André Luiz
(Espírito)
ensina que “o
lar é conquista
sublime que os
homens vão
realizando
vagarosamente”.
Isto quer dizer
que o Espírito
traz consigo
vocação para a
união conjugal?
É Emmanuel quem
orienta: “os
deveres
assumidos, no
campo do amor,
no presente,
devem
prevalecer,
acima de
quaisquer
anseios
inoportunos, de
vez que o
compromisso cria
leis no coração,
e não se
danificarão os
sentimentos
alheios sem
resultados
correspondentes
na próxima
vida”. O
benfeitor
espiritual
continua a
orientar: “os
Espíritos
situados na
faixa de
evolução mediana
ou acima desta
participam mais
ou menos
ativamente de
sua programação reencarnatória
e, geralmente,
pedem retorno
justamente com
credores e
devedores do
passado em
ambientes e
situações
semelhantes às
que já viveram e
que constituíram
obstáculos em
suas caminhadas
evolutivas...”
Diante de tal
explanação,
esclarecemos que
as reencarnações
podem ser de:
reajuste e
resgate;
iniciativa e
continuidade;
lição e
sacrifício;
dívidas e
créditos;
progresso e
aperfeiçoamento
e recuperação e
missão. Os
casamentos podem
ser acertados,
ou não, quando
ainda nos
encontramos no
mundo espiritual
e podem ser
classificados na
seguinte ordem:
1- casamentos
sublimados,
sendo a união de
almas
engrandecidas no
bem, que se unem
com a finalidade
elevada para
realizações de
interesse geral.
O maior exemplo
foi Maria e
José, pais de
Jesus de Nazaré.
2- casamento
feliz: são
almas que
possuem grande
afinidade. São
bastante
esclarecidas,
que se amam e se
consolidam
afeições
antigas, o que
não quer dizer
que não
enfrentam
problemas. No
entanto, são
facilmente
resolvidos em
razão da grande
afinidade que
possuem. 3-
casamento
sacrificial:
nestes há
sacrifícios,
renúncia e
desprendimento
de um dos
cônjuges em
favor do outro.
Um deles
apresenta moral
bastante elevada
e o outro a
apresenta
bastante baixa.
4- casamento
acidental:
ocorre entre as
almas que não
têm
comprometimento
espiritual
anterior, assim
como não há
nenhuma
programação
entre elas para
a vida presente,
é um imprevisto,
que ocorre por
atração
momentânea e de
interesses. 5-
casamento
provacional:
são os
casamentos em
que um dos
cônjuges já
expiou pelos
erros cometidos
na vida a dois
em encarnação
anterior. São
casamentos em
que ambos serão
avaliados no
grau de
aprendizado e da
vivência das
leis divinas. 6-
casamento
expiatório:
os Espíritos são
devedores e
possuem dívidas
que precisam ser
quitadas, entre
eles mesmos ou
perante as leis
divinas.
Normalmente são
casamentos
difíceis de
serem
suportados,
marcados por
trovoadas e
tempestades...
Porém, o casal
pode superar as
adversidades,
modificando o
estado da união.
Quais seriam
diante destas
realidades as
causas
importantes para
o sucesso do
matrimônio e da
família?
A intensa
capacidade de
afeto ou grande
consideração, a
maturidade
emocional, a
habilidade em
comunicar-se, a
disposição
constante de se
alegrar com o
outro e de
participar de
acontecimentos
com ele, a
habilidade em
lidar com
tensões e
diferenças, de
forma
construtiva, a
disposição e bom
humor, o
conhecimento e
aceitação dos
limites do outro
e a capacidade
de perdoar.
Mesmo entre os
casais onde haja
grande
sentimento ou
amor, não
havendo estes
atributos,
dificilmente o
casal logrará
êxito na jornada
encarnatória,
desperdiçando
oportunidade
valiosa de
crescimento e
evolução. É
preciso,
portanto,
preparar-se para
a vida, em todos
os sentidos,
para que quando
surja a
oportunidade de
se viver com
outrem,
estejamos
minimamente
preparados para
a vida a dois e,
consequentemente,
a vida em
família.