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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 172 - 22 de Agosto de 2010

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, São Paulo (Brasil)
 

Interessante abertura


Em a Lei da Sociedade que consta em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec tece valiosos comentários sobre a importância do relacionamento social. Transcrevemos abaixo um pequeno trecho: 

“Nenhum homem possui todos os conhecimentos. Pelas relações sociais é que se completam uns aos outros para assegurar seu bem-estar e progredir: é por isso que, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados”. 

Nota-se que o codificador faz questão de mostrar a relevância do contato social para o processo de evolução do ser humano.

 Evoluímos no contato com o outro e consequentemente observando o outro. Óbvio: ao me aproximar do semelhante eu tomo contato com a sua realidade, sua maneira de ver a vida e sua forma de agir em determinada situação. Tenho, portanto, a partir dessa aproximação, a oportunidade de refletir, verificar e analisar se a forma como eu trabalho em determinada área do conhecimento humano, por exemplo, é a mais adequada e se posso aprender com o outro a qualificar minhas ações. Essa aproximação é um salutar intercâmbio de informações que converge para o progresso coletivo.

Ciente da necessidade de interação entre as pessoas e os grupos, o Departamento Doutrinário da USE Intermunicipal Bauru recomenda às Casas Espíritas de Bauru e região “abrirem suas portas” para um maior intercâmbio entre os grupos mediúnicos. Percebe-se, por exemplo, que muitas vezes dentro da própria Casa Espírita o participante da reunião mediúnica A ou até mesmo o dirigente desta reunião não conhece os componentes de outro grupo e naturalmente a forma como eles trabalham, limitando-se apenas ao contato com o grupo ao qual estão vinculados. A ideia é fazer uma interação maior entre os grupos abrindo espaço para a observação, o estudo e, também, uma maior troca de ideias.

Ou seja, se sou dirigente ou frequentador do grupo A posso visitar a reunião do grupo B e vice e versa, ou, ainda, se sou dirigente ou frequentador de reunião de determinada Casa posso visitar a reunião mediúnica realizada em outro centro. O importante neste contexto é a observação e a troca de informações, obviamente que obedecendo ao critério da ordem e responsabilidade para que a reunião não seja comprometida.

Aliás, algumas Casas Espíritas já realizam essa abertura com grande sucesso.

Entretanto, vale salientar que esta abertura não significa que “todos” terão acesso à reunião mediúnica para a realização desse intercâmbio, mas apenas aqueles que já frequentam ou dirigem uma reunião. É oportuno deixar isso claro, a fim de que não haja mal-entendido, enfim, a abertura das reuniões mediúnicas é apenas para aqueles que já participam ou atuam como esclarecedores.

Fica, pois, a sugestão  do Departamento Doutrinário da USE Intermunicipal Bauru para que as Casas Espíritas reflitam na importância dessa abertura e desse intercâmbio entre os diversos participantes das reuniões mediúnicas.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita