ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
O Tesouro
dos Espíritas
Miguel Vives y Vives
(Parte
15)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico O
Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, que
será aqui estudado
em 16 partes, com base
na tradução de J.
Herculano Pires,
conforme a 6a
edição publicada pela
Edicel.
Questões preliminares
A. Que cuidados deve a
Casa Espírita tomar com
relação ao envolvimento
político?
Os espíritas devem ter o
maior cuidado em evitar
as infiltrações
políticas nas sociedades
espíritas,
particularmente nos
Centros Espíritas, que
devem ser casas de
oração e de paz, de amor
e fraternidade. Os
Centros que se deixam
levar pela política
estão preferindo César a
Deus, desvirtuando as
suas funções,
desviando-se dos
caminhos árduos do
espírito e mergulhando
no caminho largo e fácil
das comodidades
materiais.
(O Tesouro dos
Espíritas, 2ª Parte,
Marcha para o Futuro, p.
193.)
B. Como encarar a
participação do espírita
na política?
O primeiro dever do
espírita é servir. E
para servir ele não
precisa de cargos em
partidos políticos ou na
administração pública.
Jesus não precisou da
política romana ou da
judaica para cumprir a
mais bela e mais eficaz
de todas as missões
políticas já realizadas
no mundo. Kardec não
precisou da política
francesa, para implantar
na França e no mundo a
política de amor do
Espiritismo. O espírita,
desde que aceitou o
Espiritismo, alistou-se
na política do amor
universal, mas seu único
partido é o do Reino de
Deus e sua plataforma
política é o Sermão da
Montanha. Caso seja
levado a cargos
públicos, não deve
jamais esquecer a sua
qualidade de espírita e
tudo fazer para que a
luz que nele há não
sejam trevas. Amor e
caridade devem
constituir suas armas
políticas, mesmo que
isso lhe custe a
oposição dos próprios
companheiros.
(Obra citada, pp. 196 a
198.)
C. Como os espíritas
devem tratar a questão
sexual?
Os homens fizeram do
sexo um motivo de
escândalo, mas o
espírita não pode
encarar a questão sexual
como assunto proibido. O
sexo é a própria
dialética da Criação e
existe em todos os
Reinos da Natureza. O
Cristianismo condenou o
sexo e fez dele a fonte
de toda a perdição. Mas
o Espiritismo
reconsidera a questão,
colocando-se num
meio-termo entre os
exageros pagãos e
cristãos. O sexo é um
grande campo de
experiências para o
Espírito em evolução e é
através dele que a lei
da reencarnação se
processa na vida
terrena. Como pois
considerá-lo impuro e
repelente? A educação
sexual deve ser encarada
seriamente nos meios
espíritas e não pode ser
deixada à margem da
pedagogia espírita. No
âmbito da família, a
atitude mais acertada é
a de não se responder
com mentiras doiradas às
indagações das crianças
sobre questões sexuais.
Mas não se deve também
responder de maneira
crua. A regra mais certa
é a resposta verdadeira,
de maneira indireta. Por
exemplo: se a criança
perguntar: “Como a gente
nasce?”, deve-se
responder: “Da mesma
maneira que os
gatinhos”. Começando
assim, os próprios pais
vão descobrindo a
técnica de vencer as
dificuldades, sem embair
os filhos com lendas e
mentiras que criariam um
ambiente de excitação
perigosa.
(Obra citada, pp. 199 a
203.)
Texto para leitura
175. Os espíritas devem
ter o maior cuidado em
evitar as infiltrações
políticas nas sociedades
espíritas,
particularmente nos
Centros Espíritas, que
devem ser casas de
oração e de paz, de amor
e fraternidade. Os
Centros que se deixam
levar pela política
estão preferindo César a
Deus, desvirtuando as
suas funções,
desviando-se dos
caminhos árduos do
espírito e mergulhando
no caminho largo e fácil
das comodidades
materiais. (P. 193)
176. Nem por isso,
entretanto, o espírita
deve abster-se dos seus
deveres políticos. Pelo
contrário, esses deveres
devem ser cumpridos
escrupulosamente. (P.
195)
177. O primeiro dever do
espírita é servir. E
para servir ele não
precisa de cargos em
partidos políticos ou na
administração pública.
Jesus não precisou da
política romana ou da
judaica para cumprir a
mais bela e mais eficaz
de todas as missões
políticas já realizadas
no mundo. Kardec não
precisou da política
francesa, para implantar
na França e no mundo a
política de amor do
Espiritismo. (P. 196)
178. Em resumo: O
espírita, desde que
aceitou o Espiritismo,
alistou-se na política
do amor universal, mas
seu único partido é o do
Reino de Deus e sua
plataforma política é o
Sermão da Montanha. Caso
seja levado a cargos
públicos, não deve
jamais esquecer a sua
qualidade de espírita e
tudo fazer para que a
luz que nele há não
sejam trevas. Amor e
caridade devem
constituir suas armas
políticas, mesmo que
isso lhe custe a
oposição dos próprios
companheiros. (P. 198)
179. Os homens fizeram
do sexo um motivo de
escândalo, mas o
espírita não pode
encarar a questão sexual
como assunto proibido. O
sexo é a própria
dialética da Criação e
existe em todos os
Reinos da Natureza. (P.
199)
180. O Cristianismo
condenou o sexo e fez
dele a fonte de toda a
perdição. Mas o
Espiritismo reconsidera
a questão, colocando-se
num meio-termo entre os
exageros pagãos e
cristãos. O sexo é um
grande campo de
experiências para o
Espírito em evolução e é
através dele que a lei
da reencarnação se
processa na vida
terrena. Como pois
considerá-lo impuro e
repelente? (P. 200)
181. A
educação sexual deve ser
encarada seriamente nos
meios espíritas e não
pode ser deixada à
margem da pedagogia
espírita. No âmbito da
família, a atitude mais
acertada é a de não se
responder com mentiras
doiradas às indagações
das crianças sobre
questões sexuais. Mas
não se deve também
responder de maneira
crua. A regra mais certa
é a resposta verdadeira,
de maneira indireta. Por
exemplo: se a criança
perguntar: “Como a gente
nasce?”, deve-se
responder: “Da mesma
maneira que os
gatinhos”. Começando
assim, os próprios pais
vão descobrindo a
técnica de vencer as
dificuldades, sem embair
os filhos com lendas e
mentiras que criariam um
ambiente de excitação
perigosa. (PP. 202 e
203)
182. Na escola espírita,
o problema deve ser
colocado com o mesmo
cuidado, pois a situação
é ainda mais melindrosa,
visto que as crianças
pertencem a famílias
diferentes. É perigosa a
chamada “atitude
científica”, geralmente
seguida nos ginásios
pelos professores de
ciências. A frieza
científica não leva em
consideração as
sutilezas psicológicas
e, em verdade, a questão
é mais de pedagogia do
que de ciências. (P.
203)
183. O jovem espírita,
embora esclarecido pela
doutrina, não está menos
sujeito a desequilíbrios
sexuais, que podem ter
duas fontes principais:
os abusos e vícios do
passado, cometidos em
encarnações desregradas,
e as influências de
entidades perigosas,
muitas vezes ligadas aos
jovens pelo passado
delituoso. É por isso
que o problema só pode
ser tratado de maneira
elevada, com grande
senso de
responsabilidade, no que
os médicos espíritas
podem ajudar muito as
Mocidades Espíritas. (P.
204)
184. Encarando o sexo
sem malícia, como uma
função natural e uma
necessidade vital, o
espírita ao mesmo tempo
se corrige e modifica o
ambiente em que vive,
afastando do mesmo os
Espíritos viciosos e
maliciosos, que não mais
encontram pasto para os
seus abusos. (P. 205)
185. Nos casos dolorosos
de inversão sexual, o
espírita vê-se
geralmente em
dificuldade. O mais
certo é apelar para os
conhecimentos
doutrinários e para o
poder da prece, ajudando
o irmão em desajuste a
lutar corajosamente para
a sua própria
recuperação. Trabalhos
mediúnicos bem
orientados, preces,
leituras e estudos,
conversações instrutivas
e passes espirituais,
aplicados de maneira
metódica, poderão ajudar
muito o irmão que queira
realmente
reequilibrar-se. (P.
207)
186. Ninguém está
condenado ao vício e ao
desequilíbrio, a não ser
pela sua própria vontade
ou falta de vontade para
reagir. Encaremos o sexo
como uma manifestação do
poder criador,
tratando-o com o devido
respeito, e mudaremos a
nós mesmos, aos outros e
à sociedade em que
vivemos. (P. 208)
(Continua na próxima
edição.)