Arquitetos
da Vida
Espiritual
Eugênio
S. Brito
Examinando os
variados setores
de nossas
atividades e
encarecendo o
valor da
contribuição dos
diversos amigos
que colaboram
conosco, é
preciso
salientar o
esforço dos
Espíritos
Arquitetos em
nossa equipe de
trabalhos
habituais.
Em cada reunião
espírita,
orientada com
segurança,
temo-los
prestativos e
operantes,
eficientes e
unidos,
manipulando a
matéria mental
necessária à
formação de
quadros
educativos.
Simplifiquemos o
assunto, quanto
seja possível,
para compreender
a necessidade de
nosso auxílio a
esses obreiros
silenciosos.
Aqui, como em
toda parte onde
tenhamos uma
agremiação de
pessoas com fins
determinados,
existe na
atmosfera-ambiente
um centro mental
definido, para o
qual convergem
todos os
pensamentos, não
somente nossos,
mas também
daqueles que nos
comungam as
tarefas gerais.
Esse centro
abrange vasto
reservatório de
plasma
sutilíssimo, de
que se servem os
trabalhadores a
que nos
referimos, na
extração dos
recursos
imprescindíveis
à criação de
formas-pensamentos,
constituindo
entidades e
paisagens, telas
e coisas
semi-inteligentes,
com vistas à
transformação
dos companheiros
dementados que
intentamos
socorrer.
Uma casa como a
nossa será,
inevitavelmente,
um pouso
acolhedor,
abrigando, em
nossos objetivos
de
confraternização,
os amigos
desencarnados,
enfermos e
sofredores, a se
desvairarem na
sombra.
Para que se
recuperem, é
indispensável
recebam o
concurso de
imagens vivas
sobre as
impressões vagas
e descontínuas a
que se recolhem.
E para esse
gênero de
colaboração
especializada
são trazidos os
arquitetos de
Vida Espiritual,
que operam com
precedência em
nosso programa
de obrigações,
consultando as
reminiscências
dos comunicantes
que devem ser
amparados,
observando-lhes
o pretérito e
anotando-lhes os
labirintos
psicológicos, a
fim de que em
nosso santuário
sejam criados,
temporariamente
embora, os
painéis
movimentados e
vivos, capazes
de conduzi-los à
metamorfose
mental,
imprescindível à
vitória do bem.
É
assim que, aqui
dentro, em
nossos horários
de ação,
formam-se
jardins,
templos, fontes,
hospitais,
escolas,
oficinas, lares
e quadros outros
em que os nossos
companheiros
desencarnados se
sintam como que
tornando à
realidade
pregressa,
através da qual
se põem mais
facilmente ao
encontro de
nossas palavras,
sensibilizando-se
nas fibras mais
íntimas e
favorecendo-nos,
assim, a
interferência
que deve ser
eficaz e
proveitosa.
Delitos,
dificuldades,
problemas e
tragédias que
ficaram à
distância,
requisitam dos
nossos
companheiros da
ilustração
espiritual muito
trabalho para
que sejam
devidamente
revisionados,
objetivando-se o
amparo a todos
aqueles que nos
visitam, em
obediência aos
planos traçados
de mais alto.
É
assim que as
forças
mentoneuropsíquicas
de nosso
agrupamento são
manipuladas por
nossos
desenhistas, na
organização de
fenômenos que
possam
revitalizar a
visão, a
memória, a
audição e o tato
dos Espíritos
sofredores,
ainda em trevas
mentais.
Espelhos
ectoplásmicos e
recursos
diversos são
também por eles
improvisados,
ajudando a mente
dos nossos
amigos
encarnados, que
operam na
fraseologia
assistencial,
dentro do
Evangelho de
Jesus, a fim de
que se
estabeleça
perfeito serviço
de sintonia,
entre o
necessitado e
nós outros.
Para isso,
porém, para que
a nossa ação se
caracterize pela
eficiência, é
necessário
oferecer-lhes o
melhor material
de nossos
pensamentos,
palavras,
atitudes e
concepções.
Toda a cautela é
recomendável no
esforço
preparatório da
reunião de
intercâmbio com
os desencarnados
menos felizes,
porque a ela
comparecemos, na
condição de
enfermeiros e
instrutores,
ainda mesmo
quando não
tenhamos, em
nosso campo de
possibilidades
individuais, o
remédio ou o
esclarecimento
indispensáveis.
Em verdade,
contudo, através
da oração,
convertemo-nos
em canais do
socorro divino,
apesar da
precariedade de
nossos recursos,
e, em vista
disso, é preciso
haja de nossa
parte muita
tranquilidade,
carinho,
compreensão e
amor, a fim de
que a
colaboração dos
nossos
companheiros
arquitetos
encontre em nós
base segura para
a formação dos
quadros de que
nos utilizamos
na obra
assistencial.
Nossa palavra é
simplesmente a
palavra de um
aprendiz.
Achamo-nos entre
os mais humildes
recém-vindos à
lide espiritual,
mas,
aproveitando as
nossas
experiências do
passado, tomamos
a liberdade de
palestrar,
comentando
alguns dos
aspectos de
nossa sementeira
e de nossa
colheita, que
funcionam todos
os dias,
conforme o
ensinamento
imortal do
Senhor: ”A cada
um por suas
obras”.
Do livro
Educandário de
Luz, ditado
por Espíritos
Diversos, por
intermédio de
Francisco
Cândido Xavier.