JOÃO FERNANDES
DA SILVA JÚNIOR
joaofdasilvajunior@gmail.com
Biguaçu, Santa
Catarina
(Brasil)
Ciência e
Espiritismo
(Parte 1)
A fenomenologia
espírita é muito
abrangente e nós
necessitamos
compreendê-la
melhor.
Em razão da
generalizada
ocorrência de
fenômenos de
origem
metafísica se
torna possível a
comprovação de
uma das bases do
Espiritismo que
é a existência e
a atuação dos
Espíritos sobre
o mundo material
através da
utilização de
médiuns
conscientes ou
não de seu
potencial.
Em face do
materialismo
reinante no meio
científico, nós
sabemos
claramente que,
sem a
possibilidade de
as pessoas
conseguirem
visualizar pelo
menos alguns dos
fatos que são
descritos pela
Doutrina
Espírita, esta
seria somente um
segmento
religioso a mais
em meio a tantos
outros que
existem na
Terra.
Atualmente nós
dispomos de
meios para
ampliar nossos
conhecimentos,
porque é
volumosa a
quantidade de
boas obras
doutrinárias
abordando os
aspectos
científico,
filosófico e
religioso, que
fazem parte da
estrutura
doutrinária da
Codificação
Espírita. E
também é nosso
dever divulgar
informações que
são referentes
ao Espiritismo
para que não
aconteça um
processo de
estagnação
causado pela
nossa própria
inércia ante
as
tarefas
que temos de
desempenhar em
benefício do
movimento
espírita.
Todo espírita
deve estudar o
Espiritismo, não
só para conhecer
satisfatoriamente
a doutrina que
abraçou, mas
também para ter
meios de
disponibilizar
de maneira mais
objetiva
possível o
conhecimento
espírita para
aqueles que
desejam
conhecê-lo.
No livro "Obras
Póstumas", no
item 'Projeto
1868', Allan
Kardec
apresentou a
ideia de criar
um curso
avançado de
Espiritismo,
visando
esclarecer os
adeptos e os
tornar mais
capacitados para
a tarefa de
propagar as
ideias
espíritas.
Analisando a
proposta de
Kardec, nós
compreendemos
que em primeiro
lugar devemos
buscar adquirir
conhecimento
sobre o
Espiritismo para
que, em uma
segunda fase, já
tenhamos maior
desenvoltura na
divulgação
doutrinária.
Acreditamos
também que o
principal motivo
do curso que foi
idealizado pelo
Codificador era
divulgar mais
especificamente
a parte
experimental do
Espiritismo,
parte essa que
ele mesmo se
apoiou para
compor o corpo
de doutrina do
Espiritismo.
Essa parte
experimental se
encontra
diretamente
relacionada com
as atividades
desenvolvidas
nos centros
espíritas.
Cabe a nós, os
espíritas, a
tarefa de
pesquisar os
eventos que são
de origem
espiritual e
anímica, pois,
de outra forma,
como nós iremos
compreender os
potenciais
medianímicos dos
Espíritos e dos
encarnados?
Não podemos
ficar de braços
cruzados
aguardando que
os Espíritos
venham fazer
novas revelações
sobre fatos os
quais cabe a nós
estudar.
Um inegável fato
que temos de
levar em conta
ante a
manifestação de
qualquer tipo de
capacidade
medianímica é a
vasta
operacionalidade
das condições
anímicas dos
Espíritos e dos
médiuns, porque,
sem a
possibilidade de
haver um
processo de
interconexão
entre os
potenciais de
uma entidade
espiritual e os
de um ser
encarnado, se
torna
extremamente
difícil o
trabalho do
mecanismo de
intermediação
entre o plano
espiritual e o
físico.
Embora algumas
espécies animais
como os gatos,
os cães e os
cavalos
apresentem
traços de
potenciais
anímicos como a
vidência e a
clarividência,
somente a raça
humana possui
dons metafísicos
superiores.
A emancipação
intelectual
torna os seres
humanos
capacitados para
desvendar os
mistérios da
Natureza.
Os horizontes
espirituais são
muito mais
amplos do que os
pesquisadores
acreditaram no
passado.
Acreditando ou
não, todas as
pessoas
trabalham
recebendo
intuições e
direcionamentos
espirituais, e
graças a isso
conseguimos
desempenhar
aquilo que é
tarefa nossa.
Estando
reencarnados,
nós atuamos
tanto sobre o
plano físico
quanto sobre o
plano
espiritual,
porque qualquer
pensamento ou
atitude que
tenhamos não só
geram
acontecimentos
na Terra como
também mobilizam
forças de
natureza
espiritual.
Antes de iniciar
qualquer tipo de
pesquisa sobre a
mediunidade nós
temos de levar
em conta tudo
aquilo que se
refere
diretamente ao
médium, como a
vontade, as
capacidades, as
condições
psíquicas
favoráveis ou
desfavoráveis, o
metabolismo, a
vida sexual, o
tipo de
alimentação, o
tempo de duração
do sono físico,
e outros itens
mais, porque
qualquer tipo de
desarmonia
poderá criar
sérios
obstáculos para
a ocorrência de
determinados
padrões de
efeitos
medianímicos. E
em razão de tudo
isso que
comentamos é
muito grande a
importância do
uso de
estatísticas nas
pesquisas
parapsicológicas.
E temos também
de levar em
conta a
possibilidade ou
a
impossibilidade
de uma ação
espiritual,
porque nem
sempre é
possível ocorrer
um determinado
fenômeno, já que
as entidades
espirituais não
estão à nossa
disposição.
Lançando um
olhar à nossa
volta,
percebemos que
vivemos rodeados
pelo microcosmo,
pelo macrocosmo,
por uma
realidade
objetiva e por
uma realidade
transcendental.
O microcosmo é
representado por
incontáveis
subpartículas,
partículas,
átomos,
moléculas etc.,
que estão
presentes tanto
no espaço
sideral quanto
na atmosfera do
planeta Terra.
Com relação ao
macrocosmo, este
corresponde ao
Universo em seu
sentido mais
amplo, e tudo o
que nele existe
é resultante de
aglomerações das
partículas
elementares do
microcosmo. O
equilíbrio no
microcosmo se
reflete no
macrocosmo e a
harmonia entre
eles
apresenta-se
para nós como
uma realidade
objetiva.
Ao nosso redor
encontramos a
realidade
objetiva que
reflete o estado
psíquico global
de nossa
Humanidade
física.
A realidade
transcendental é
invisível para
os olhos
humanos,
todavia, ela é
tão real quanto
a realidade
objetiva.
Nós, espíritas,
sabemos que
todos os seres
humanos se
encontram
cercados por
multidões de
entidades
extrafísicas,
por construções
metafísicas, e
por uma
realidade
transcendental,
imponderável e
invisível para
os seres
encarnados.
Os fenômenos
quânticos são
invisíveis para
nós, entretanto,
eles não deixam
de existir só
porque os seres
humanos não os
conseguem
visualizar.
Utilizando um
telescópio nós
podemos observar
uma pequena
parcela do
Universo.
Caminhando pelas
ruas ou vendo um
noticiário na
TV, nós temos
acesso à
realidade
objetiva da qual
também somos
parte
integrante.
Entretanto, nós
ainda não
dispomos de
muitos recursos
tecnológicos
para acessarmos
a realidade
transcendental.