MARCELO
DAMASCENO DO
VALE
marcellus.vale@gmail.com
Londrina, Paraná
(Brasil)
Deus existe
mesmo?
Onde se pode
encontrar a
prova da
existência de
Deus?
“Num
axioma que
aplicais às
vossas ciências.
Não há efeito
sem causa.
Procurai a causa
de tudo o que
não é obra do
homem e a vossa
razão
responderá.”
(Questão 4 de O
Livro dos
Espíritos.)
Lendo alguns
comentários na
internet sobre o
Terremoto no
Haiti (Janeiro
de 2010), um dos
mais exaltados
afirmou:
“Deus perdeu uma
grande chance de
provar que
Existe, se é que
ele existe. Lá
no fundo até eu
realmente
gostaria que
Deus existisse E
NÃO SE
OMITISSE”.
Lembro-me que em
minha juventude
estava recheado
de
questionamentos:
Por que Deus não
prova de forma
retumbante a sua
existência? Por
que não
demonstra aos
incrédulos o seu
poder? Onde
estava Deus nas
maiores
tragédias da
humanidade?.
O Salmista Davi
já cantava
expressando a
sua agonia, uma
dúvida talvez:
“Por que estás
ao longe,
SENHOR? Por que
te escondes nos
tempos de
angústia?”. -
Salmos 10:1
Léon Denis
inicia o livro
“O Grande
Enigma” com a
seguinte
questão:
Existe uma
força, uma
esperança, uma
certeza que nos
possa elevar
acima de nós
mesmos a um fim
superior, a um
princípio, a um
Ser em que se
identifiquem o
bem, a verdade,
a sabedoria? Ou
terá havido em
nós e em redor
de nós apenas
dúvida,
incerteza e
trevas?
O Grande Enigma
- 1 parte - cap.
I
Temos, então,
três
fundamentais
questões:
Primeira: Deus
Existe?
Segunda: Se Ele
Existe, se
preocupa
conosco?
Terceira: Se Ele
se preocupa, por
que não
demonstra essa
preocupação?
Kardec responde
a primeira e a
segunda
questões:
Outro princípio
igualmente
elementar e que,
de tão
verdadeiro,
passou a axioma:
é o de que todo
efeito
inteligente tem
que decorrer de
uma causa
inteligente.
Se perguntassem
qual o
construtor de
certo mecanismo
engenhoso, que
pensaríamos de
quem respondesse
que ele se fez a
si mesmo? Quando
se contempla uma
obra-prima da
arte ou da
indústria,
diz-se que há de
tê-la produzido
um homem de
gênio, porque só
uma alta
inteligência
poderia
concebê-la.
Reconhece-se, no
entanto, que ela
é obra de um
homem, por se
verificar que
não está acima
da capacidade
humana; mas a
ninguém acudirá
a ideia de dizer
que saiu do
cérebro de um
idiota ou de um
ignorante, nem,
ainda menos, que
é trabalho de um
animal, ou
produto do
acaso.
Item 3, Capítulo
II de A Gênese
Diante desses
problemas
insondáveis,
cumpre que a
nossa razão se
humilhe. Deus
existe: disso
não poderemos
duvidar. É
infinitamente
justo e bom:
essa a sua
essência. A tudo
se estende a sua
solicitude:
compreendemo-lo.
Só o nosso bem,
portanto, pode
ele querer,
donde se segue
que devemos
confiar nele: é
o essencial.
Quanto ao mais,
esperemos que
nos tenhamos
tornado dignos
de o
compreender.
Item 30,
Capítulo II de A
Gênese
Encontramos em
Léon Denis a
resposta para a
terceira
questão:
No fundo, a dor
é apenas uma lei
de equilíbrio e
de educação. Sem
dúvida, as
faltas do
passado recaem
sobre nós com
todo o seu peso
e determinam as
condições de
nosso destino. O
sofrimento nada
mais é do que a
repercussão das
violações
cometidas à
ordem eterna;
mas, sendo
partilhado por
todos, deve ser
considerado como
uma necessidade
de ordem geral,
como um agente
de
desenvolvimento,
uma condição do
progresso. Todos
os seres devem
passar por ele.
Sua ação é
benfazeja para
quem sabe
compreendê-lo.
Mas somente
podem
compreender o
sofrimento os
que sentem seus
efeitos
poderosos.
O Problema da
Dor – Capítulo
7, pág. 77
E para isso,
Deus colocou
nessa terra de
aprendizagem, ao
lado das
alegrias raras e
fugidias, as
dores frequentes
e prolongadas, a
fim de nos fazer
sentir que nosso
mundo é um lugar
de passagem e
não o ponto de
chegada.
Alegrias e
sofrimentos,
prazeres e
dores. Deus
repartiu essas
coisas na
existência como
um grande
artista que, em
sua tela, uniu a
sombra e a
claridade para
produzir uma
obra de arte
O Problema da
Dor – Capítulo
7, pág. 84
É uma verdade
filosófica: Deus
envia o
sofrimento aos
que ama.
O Problema da
Dor – Capítulo
8, pág. 101