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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 174 - 5 de Setembro de 2010

DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP (Brasil)


Cuidado, podem fechar
o centro!


Espíritos das trevas podem fechar centros espíritas? Entidades ignorantes e endurecidas são tão poderosas a ponto de porem fim a uma casa espírita? Um orador afirmou que sim, especialmente, por motivo de rivalidades, de ciumeiras e de invejas entre os médiuns.

Certo orador falou sobre esse caso com uma impetuosidade tal que, provavelmente, deve ter dado arrepios em seus espectadores. Outro dia, assisti a um DVD de um simpósio relativo a problemas de relacionamento na casa espírita. Após o orador imitar trejeitos e usar de ditos espirituosos característicos do inigualável tribuno Divaldo Pereira Franco, deu-me a impressão de estar assistindo a um desses vigários de ou sem batina, proferindo “ameaças” do famoso Diabo.

Ora! Uma casa espírita, devidamente estabelecida, jamais a fecharão. Nada ocorre por acaso. Uma genuína instituição espírita não se funda à toa: ela é resultante de um fim providencial. Não vai ser por culpa de um grupelho de vaidosos e egoístas que uma delas terá as suas portas cerradas. O núcleo espírita é de inspiração divina, e abre as suas portas em favor dos filhos de Deus para que estes O reencontrem.

Criaturas do estágio físico reunidas numa casa espírita não se acham dentro dela a esmo. Foi tudo muito previamente planejado, em especial, relativo à parte administrativa com a incumbência de manter, zelar pela sua constituição, sobretudo, pela funcionalidade dos fins a que se destina. O centro espírita representa ensejo de semeadura de luz no solo dos corações, projeto de amor dos Luminares do Esclarecimento e da Benevolência.

Grande caminhada

Num centro, pode-se dar os primeiros passos para a grande caminhada transformacional da Humanidade, para o melhoramento de cada indivíduo, o que naturalmente acontece pouco a pouco. Há, portanto, da parte daqueles que elaboraram o núcleo espírita, nas dimensões invisíveis, um grande interesse no progresso dos seus diretores, trabalhadores e frequentadores, e é claro, tudo dependendo do livre-arbítrio de cada um, tudo dependendo de uma sintonia para a perfeita integração com o Lado de Lá.

E essa sintonia, essa integração, para o bom êxito de um Espiritismo cristão e humanitário (palavras de Mestre Allan Kardec), tem a ver com a prática do que ensinam os Espíritos Superiores. A casa espírita resume-se, pois, em um templo previamente escolhido para união com as Forças do Alto, sob a égide do amor e caridade incondicionais.

Não há outro móbil, tal a razão na qual se apoia um centro espírita no mundo. Na casa espírita, há de subsistir a benevolência e o amor ao próximo por amor a Deus, e os seus dirigentes farão penetrar nas massas a necessidade de uma reforma íntima já neles iniciada. No entanto, a criatura humana, Espírito encarnado passível de falhas, sabedora dessas coisas, deixa-se dominar por seus reconhecidos defeitos morais, em detrimento do trabalho.

O sentimento excessivo da própria personalidade, o pendor à monopolização da atenção, a presunção e outros defeitos pessoais do indivíduo como vaidade, ciúme, inveja e, por consequência, o despeito tumultuam a obra. Através de mesquinhas rivalidades, da indisciplina, das hesitações causadas por algumas ideias, é aí que, de permeio, ocorre a ingerência dos Espíritos malfazejos. Interessados na discordância entre um grupo invigilante ou entre grupos, veem concretizar-se dispersões e antipatias.

No começo são flores

Toda obra fraterna de amor e orientação, em geral, desperta sempre o interesse de muitos. Tudo no começo parece perfeito: ideias recebidas com entusiasmo, voluntários mostram-se dispostos ante a possibilidade de abraçarem logo as funções que a casa espírita disponibiliza; sugestões (algumas até sem cabimento), projetos e indicações não faltam.

O núcleo espírita, admitamos, não deixa de ser também uma instituição possuidora de estrutura administrativa na qual se deve respeitar normas e cargos; trata-se de um organismo fundamentado na legalidade, igual a qualquer empresa, ainda que sem fins lucrativos. Mas, na hora em que surgem as lideranças impondo condições disciplinares, requisitando destaques, formam-se os grupelhos das críticas condenatórias, surgem os blocos discriminatórios e a ala da ciumeira; daí, queixas, insatisfações, maledicências, e o abandono das tarefas.

Dependendo do agravamento do caso, o centro pode até suspender suas atividades sim. No entanto, outros virão a fim de reassumi-las, visto que casas espíritas não significam apenas construções de alvenaria, limitadas por paredes e teto, com CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), estatuto e alvará de funcionamento, a ocupar um espaço de terreno. Acima dos homens e apesar dos homens, está Deus desejoso do retorno de todos os Seus filhos a Ele, e nada acontece à revelia da Sua Lei de Causa e Efeito.

Para concluir, a pergunta inicial: Espíritos das trevas podem fechar centros espíritas? Não, em absoluto. Espíritos encarnados e desencarnados não podem fechar centros, tampouco barrar o avanço do Espiritismo. Problemas de relacionamento?! Existem em toda organização terrena, religiosa ou não. No que diz respeito a casas espíritas, não se trata de um problema insolúvel. Que os seus responsáveis estejam preparados a fim de, quando necessário, poderem agir de acordo com o Ensino dos Espíritos Superiores, ensino este que revela o fundo das palavras de Jesus no seu mais amplo e sublimado sentido.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita