Prática mediúnica
Tudo na vida é afinidade e comunhão, sob as leis magnéticas que lhe presidem os fenômenos.
Tudo gravita em torno dos centros de atração e sustentação de forças determinadas e específicas, no plano em que evoluímos para a Ordem Superior.
A mediunidade não pode igualmente escapar a semelhantes impositivos.
Almas ignorantes atraem criaturas ignorantes.
Doentes afinam-se com doentes.
Há entidades espirituais que se dedicam ao serviço do próximo, em companhia daqueles que estimam a prática da beneficência, tanto quanto existem inteligências desencarnadas que, em desequilíbrio, se devotam a lamentáveis alterações da tranquilidade alheia, junto das pessoas indisciplinadas e insubmissas.
Obsessores vivem com quem estima perseguir e vampirizar, e comunicantes irônicos somente encontram guarida nos companheiros do sarcasmo.
Eis por que, acima da prática mediúnica, examinada sob qualquer aspecto, situamos o imperativo da educação em nossos círculos doutrinários.
Amontoam-se vermes onde se congregam frutos desaproveitados ou apodrecidos, assim como a luz brilha onde encontra força ou material que lhe sirvam de combustíveis.
O médium receberá sempre de acordo com as atitudes que adota para si mesmo, perante a vida.
Se irado, sintoniza-se com as energias perturbadas do desespero; se preguiçoso, vive à vontade com os desencarnados ociosos.
Quem deseje crescer para a Espiritualidade Superior não pode menosprezar o alfabeto, o livro, o ensinamento e a meditação.
Mediunidade não é exaltação da inércia ou da ignorância.
O médium, para servir a Jesus de modo positivo e eficiente, no campo da Humanidade, precisa afeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e à própria melhoria, a fim de que se faça filtro de luz e paz, elevação e engrandecimento para a vida e para o caminho das criaturas.
*
Jesus é o nosso Divino Mestre.
Eduquemo-nos com Ele, a fim de que possamos realmente educar.
Do cap. 11 do livro Mediunidade e Sintonia, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
|