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Brasil
Ano 4 - N° 174 - 5 de Setembro de 2010

MARTHA RIOS GUIMARÃES
marthinharg@yahoo.com.br

São Paulo, SP (Brasil)

 

USE promove novo curso voltado à educação
infanto-juvenil

Cerca de 70 pessoas participaram do Curso de Formação de Educadores Espíritas da Infância, em que foi discutida a responsabilidade que a atividade exige
 
 

O Departamento de Educação Espírita da Infância, da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, reuniu cerca de 70 educadores das cidades de Americana, Botucatu, Caçapava, Cachoeira Paulista, Guarulhos, Itupeva, Mogi das Cruzes, São Paulo e Sorocaba nas dependências do Centro Espírita Gabriel Ferreira, no domingo passado, dia 29 de agosto, para a realização de mais um Curso de Formação de Educadores Espíritas da Infância (fotos).

O local para realização da atividade foi escolhido por ser uma espécie de laboratório para desenvolvimento de ações nessa área de atuação e por ser a instituição onde atua a equipe que coordena o Departamento de Infância em todo o Estado.

O curso abarcou os seguintes módulos: A Atividade de Educação Espírita da Infância (definição e objetivos); Componentes do Processo Educativo (educador, educando, dirigentes e pais: o papel de cada um no sucesso da atividade; exemplos de ações para interação do setor na estrutura da casa espírita e para sensibilização dos dirigentes e pais); Estruturando o Departamento (divisão de turmas; local, acomodações, materiais; criação de biblioteca infanto-juvenil; importância de arquivos     históricos;     reuniões     de

Educadores e educandos do C.E. Gabriel Ferreira

Educandos em momento de fomento à leitura,
um dos tópicos do curso 

Momento do intervalo

educadores; etc); Planejamento (geral, de temas e objetivos de temas; de aulas); Recursos Didáticos (música, literatura, jogos espíritas, etc) e Elaboração de Aulas.

Para os participantes o grande diferencial do curso foi o enfoque prático, feito em linguagem simples, facilitando a assimilação do conteúdo e, principalmente, a possibilidade de conhecer exemplos práticos e de fácil implantação. “Os participantes saem daqui com muito entusiasmo, vontade de trabalhar e, acima de tudo, com a certeza de que é possível fazer um trabalho de qualidade e pautado nas obras básicas, de Allan Kardec”, disse Rosana Travaglia, da cidade de Americana, participante do curso pela terceira vez. Segundo ela, cada oportunidade oferece uma ideia nova e, ainda, renova as energias para continuar a tarefa em sua cidade. 

Algumas Casas Espíritas restringem as reuniões para crianças aos temas morais 

O trabalho de Educação Espírita Infanto-juvenil tem como principal objetivo permitir que crianças e jovens tenham acesso ao conteúdo da Doutrina Espírita e, para isso, o curso enfoca a necessidade de levar a base doutrinária para os educandos e de o Educador estudar as obras de Allan Kardec. “Muitos pensam que a criança não tem condições de compreender os temas doutrinários, mas isso é um grande engano. Elas têm totais condições de captar a mensagem espírita, desde que, para isso, o Educador use recursos que possibilitem aos menores o entendimento. Há que se preparar para essa tarefa, porém”, explicam os coordenadores do curso, enfatizando que participar de iniciativas como essa possibilita a troca de experiência, enriquecendo todos os que fazem parte do processo.

Visando reflexões mais aprofundadas sobre o assunto, o curso tocou em temas mais delicados, provocando debates entre os presentes.

Um deles é o fato de algumas Casas Espíritas restringirem as reuniões espíritas para crianças a temas morais, eliminando os aspectos filosóficos e científicos da Doutrina. Na maioria das vezes, as Casas que assim procedem justificam essa decisão com o argumento de que muitas vezes a instituição recebe crianças que são de outras religiões e, portanto, não é aconselhável entrar em temas específicos. Se a principal função da Casa Espírita é o estudo e divulgação da Doutrina Espírita, não é necessário repensarmos essa questão? Não seria mais conveniente termos nas atividades crianças e jovens que desejem, de fato, ter contato com o Espiritismo em vez de “obrigá-los” a ter um contato parcial como forma de obter um auxílio? Este é um assunto palpitante e, de certa forma, polêmico, que o curso abordou para que os participantes reflitam e levem para debates em suas instituições. 

A questão do passe ministrado às crianças foi também objeto de discussão 

Não menos polêmica é a questão do passe espírita empregado nas aulas de infância e mocidade. Ao serem questionados sobre o significado de “papa-passes”, termo (1) criado no meio espírita para designar os que vão à Casa Espírita com a única finalidade de receber esse benefício, verificou-se uma unanimidade entre os presentes: “papa-passe” é algo negativo.

Então, fica a seguinte pergunta: se é negativo, por que continuamos formando este tipo de público?  Afinal, ao utilizar o passe em todas as reuniões, para todas as crianças, passamos a mensagem que a ida ao Centro Espírita deve, necessariamente, incluir o recebimento desse recurso.

Não seria melhor esclarecermos as crianças sobre o que é o passe, seus benefícios, como e quando utilizá-lo, a nossa conduta no momento de recebê-lo? A experiência mostra que as crianças e jovens que recebem essas informações de forma clara passam a fazer uso desse importante benefício nos momentos oportunos.

Ampliando o enfoque da atividade de Educação Espírita da Infância, proporcionando o debate saudável e fraterno e respeitando as convicções de cada Casa Espírita, o curso levou a reflexões sobre o verdadeiro significado da Doutrina Espírita e como ela deve ser apresentada ao público infanto-juvenil. Assim estaremos colaborando de forma direta com a formação de uma geração de espíritas mais conscientes e esclarecidos.

Como afirmou Kardec, no livro A Gênese, a nova geração é formada por Espíritos inclinados ao bem. Se vão seguir o caminho do bem, contudo, dependem da orientação que receberem dos adultos que, de alguma forma, estão ligados à sua formação.

A Casa Espírita e, principalmente, os Educadores Espíritas, possuem assim uma tarefa de grande responsabilidade em suas mãos. Preparar-se adequadamente para tal é obrigação de quem optou por seguir esse caminho.

 

(1) Foi Edgard Armond, no livro Trabalhos práticos de Espiritismo, p. 84, quem deu o nome de “papa-passes” ao indivíduo que busca passes sistematicamente, mesmo quando deles não necessita.     



 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita