Um leitor pergunta-nos em
que livros podemos obter
informações precisas sobre a
água fluidificada e sua
utilidade como substância
salutar e própria para curar
uma enfermidade.
Duas obras nos parecem
fundamentais para a
compreensão do assunto.
A primeira, de Kardec, é
O Livro dos Médiuns,
cap. VIII, itens 128 e 131,
em que, por meio de
interessante diálogo com o
Espírito de São Luís, o
Codificador do Espiritismo
anotou as seguintes
informações:
I. Pode o Espírito dar a um
objeto, não só a forma, mas
também propriedades
especiais? "Se o quiser.
Baseado neste princípio foi
que respondi afirmativamente
às perguntas anteriores.
Tereis provas da poderosa
ação que os Espíritos
exercem sobre a matéria,
ação que estais longe de
suspeitar, como eu disse há
pouco.”
II. Suponhamos, então, que
quisesse fazer uma
substância venenosa. Se uma
pessoa a ingerisse, ficaria
envenenada? "Teria
podido, mas não o faria, por
não lhe ser isso permitido."
III. Poderá ele fazer uma
substância salutar e própria
para curar uma enfermidade?
E já se terá apresentado
algum caso destes? "Já,
muitas vezes."
Esta teoria, disse Kardec
logo em seguida, fornece a
solução de um fato bem
conhecido em magnetismo, mas
inexplicado até hoje: o da
mudança das propriedades da
água, por obra da vontade. O
Espírito atuante é o do
magnetizador, quase sempre
assistido por outro
Espírito. Ele opera uma
transmutação por meio do
fluido magnético que, como
já foi dito, é a substância
que mais se aproxima da
matéria cósmica, ou elemento
universal. Ora, desde que
ele pode operar uma
modificação nas propriedades
da água, pode também
produzir um fenômeno análogo
com os fluidos do organismo,
donde o efeito curativo da
ação magnética,
convenientemente dirigida.
A outra obra é O
Consolador, de Emmanuel,
que, tratando do assunto nas
questões 103 e 104, informa
que a água pode ser
fluidificada, de modo geral,
em benefício de todos, mas
pode sê-lo também em caráter
particular para determinado
enfermo, e, neste caso, é
conveniente que o uso seja
pessoal e exclusivo.
Para obtê-la não se exigem
condições especiais.
A caridade, afirma Emmanuel,
não pode atender a situações
especializadas. A presença
de médiuns curadores, bem
como as reuniões especiais,
de modo algum podem
constituir o preço do
benefício aos doentes,
porquanto os recursos dos
guias espirituais, nessa
esfera de ação, independem
do concurso medianímico,
considerando o problema dos
méritos individuais.
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