MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
16)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Nos Domínios da
Mediunidade,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Desencarnado dias
antes, que mensagem
Oliveira enviou aos seus
colegas do grupo em sua
primeira comunicação?
Ainda em refazimento, e
inapto a comunicação
mais íntima com o grupo,
Oliveira disse, por
intermédio de Antônio
Castro, entre outras
cousas, que as preces do
grupo o alcançavam cada
noite, como projeção de
flores e bênçãos, e que
os nossos sacrifícios
pela causa do bem são
bagatelas, comparados à
munificência da Divina
Bondade. "Meus amigos –
concluiu o amigo –, a
caridade é o grande
caminho! Trabalhemos!...
Jesus nos abençoe!..."
(Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 11,
pp. 103 a 105.)
B. Que benefícios
podemos haurir da água
fluidificada?
Segundo Aulus, por
intermédio da água
fluidificada precioso
esforço de medicação
pode ser levado a
efeito. Há lesões e
deficiências no veículo
espiritual a se
estamparem no corpo
físico, que somente a
intervenção magnética
consegue aliviar, até
que os interessados se
disponham à própria
cura.
(Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 12,
pp. 107 a 109.)
C. A vidência e a
audiência localizam-se
nos olhos e nos ouvidos
do médium?
Não. Aulus explicou: "Os
olhos e os ouvidos
materiais estão para a
vidência e para a
audição como os óculos
estão para os olhos e o
ampliador de sons para
os ouvidos – simples
aparelhos de
complementação". "Toda
percepção é mental.”
Ainda mesmo no campo de
impressões comuns,
embora a criatura
empregue os ouvidos e os
olhos, ela vê e ouve com
o cérebro, e, apesar de
o cérebro usar as
células do córtex para
selecionar os sons e
imprimir as imagens,
quem vê e ouve, na
realidade, é a mente.
Todos os sentidos na
esfera fisiológica
pertencem à alma, que
os fixa no corpo carnal,
de conformidade com os
princípios estabelecidos
para a evolução dos
Espíritos reencarnados
na Terra."
(Obra citada, cap. 12,
pp. 109 e 110.)
Texto para leitura
46. A
caridade, o grande
caminho
- A voz do médium
prosseguiu, então,
vigorosa e cristalina:
"Que alívio! Rompemos a
barreira de trevas!... A
atmosfera está
embalsamada de leve
aroma!... Brilham as
estrelas novamente...
Oh! é a cidade de luz...
Torres fulgurantes
elevam-se para o
firmamento! Estamos
penetrando um grande
parque!... Oh! meu Deus,
quem vejo aqui a
sorrir-me!... É o nosso
Oliveira! Como está
diferente! Mais moço,
muito mais moço..."
Lágrimas copiosas
banharam o rosto do
médium, que, como
alguém que abraçava um
amigo, continuou: "Que
felicidade! que
felicidade!... Oliveira,
meu amigo, que saudades
de você!... por que
razão teríamos ficado
assim, sem a sua
cooperação? Sabemos que
a Vontade do Senhor deve
prevalecer, mas a
distância tem sido para
nós um tormento!... a
lembrança de seu carinho
vive em nossa casa...
Seu trabalho permanece
entre nós como
inesquecível exemplo de
amor cristão!... Volte!
venha incentivar-nos na
sementeira do bem!...
amado amigo, nós sabemos
que a morte é a própria
vida, no entanto,
sentimos sua falta!..."
Ante a emoção que tomava
conta de todos, Aulus
disse que Oliveira fora
um abnegado trabalhador
naquela Casa. Tendo
desencarnado dias atrás,
Castro foi
apresentar-lhe as
afetuosas saudações dos
companheiros. Ainda em
refazimento, e inapto a
comunicação mais íntima
com o grupo, ele
poderia, contudo, enviar
sua mensagem através do
médium que ora o
visitava. Foi o que se
deu. Antônio Castro
repetiu, palavra por
palavra, a mensagem do
companheiro distante,
que, entre outras
cousas, disse que as
preces do grupo o
alcançavam cada noite,
como projeção de flores
e bênçãos, e que os
nossos sacrifícios pela
causa do bem são
bagatelas, comparados à
munificência da Divina
Bondade... "Meus amigos
– concluiu o amigo –, a
caridade é o grande
caminho! Trabalhemos!...
Jesus nos abençoe!..."
Finda a tarefa, o
médium regressou ao
recinto da reunião e
retomou o corpo denso,
com naturalidade, como
quem despertasse de
grande sono. (Cap. 11,
págs. 103 a 105)
47. A
água fluidificada
- Na fase final da
reunião, pequeno cântaro
de vidro, com água pura,
foi levado à mesa. Aulus
explicou que a água
potável seria
fluidificada. "O líquido
simples – informou o
Assistente – receberá
recursos magnéticos de
subido valor para o
equilíbrio psicofísico
dos circunstantes." De
fato, mal o Assistente
falou, Clementino se
abeirou do vaso e, de
pensamento em prece, aos
poucos se coroou de
intensa luz. De sua
destra espalmada sobre o
jarro, partículas
radiosas foram
projetadas sobre o
líquido cristalino que
as absorveu de maneira
total. "Por intermédio
da água fluidificada –
esclareceu Aulus –,
precioso esforço de
medicação pode ser
levado a efeito. Há
lesões e deficiências no
veículo espiritual a se
estamparem no corpo
físico, que somente a
intervenção magnética
consegue aliviar, até
que os interessados se
disponham à própria
cura." Raul Silva, na
sequência dos trabalhos,
recomendou aos médiuns
observassem, através da
vidência e da audição,
os ensinamentos que
fossem, naquela noite,
ministrados pelos amigos
espirituais da Casa.
Celina, Eugênia e Castro
aguçaram as suas
atenções. Clementino
aplicou-lhes passes na
região frontal,
procurando
favorecer-lhes o campo
sensório. Não lhes seria
conveniente, naquele
momento, a clarividência
e a clariaudiência
demasiado abertas,
explicou Aulus. "Na
esfera dos Espíritos
reencarnados, há que
dosar observações para
que não venhamos a ferir
os impositivos da
ordem", justificou o
instrutor. "Cada qual de
nós deve estar em sua
faixa de serviço,
fazendo o melhor ao seu
alcance. Imaginemos um
aparelho radiofônico
terrestre, coletando
todas as espécies de
onda, em movimento de
captação simultânea. O
proveito e a harmonia da
transmissão seriam
realmente
impraticáveis, e não
haveria propósito
construtivo na
mensagem." (Cap. 12,
págs. 107 a 109)
48. É a mente que vê
e ouve - Aulus
informou, em seguida,
que há diferentes
gêneros de mediunidade e
que as equações do
esforço mediúnico
diferem de indivíduo
para indivíduo; o
círculo de percepção
varia conforme as
pessoas; cada um tem a
sua maneira particular
de empregar as
faculdades medianímicas.
"Mediunidade é sintonia
e filtragem. Cada
Espírito – disse o
mentor – vive entre as
forças com as quais se
combina,
transmitindo-as segundo
as concepções que lhe
caracterizam o modo de
ser." A clarividência e
a clariaudiência
localizam-se nos olhos e
nos ouvidos do médium?
Aulus explicou: "Os
olhos e os ouvidos
materiais estão para a
vidência e para a
audição como os óculos
estão para os olhos e o
ampliador de sons para
os ouvidos – simples
aparelhos de
complementação". "Toda
percepção é mental.
Surdos e cegos na
experiência física,
convenientemente
educados, podem ouvir e
ver, através de recursos
diferentes daqueles que
são vulgarmente
utilizados. A onda
hertziana e os raios X
vão ensinando aos homens
que há som e luz muito
além das acanhadas
fronteiras vibratórias
em que eles se agitam, e
o médium é sempre alguém
dotado de possibilidades
neuropsíquicas
especiais que lhe
estendem o horizonte dos
sentidos." A médium
Celina via o irmão
Clementino e o ouvia
tão-somente pelo
processo curial de
percepção na Terra?
"Sim, isso acontece, por
uma questão de costume
cristalizado", respondeu
Aulus. "Celina pensa
ouvir o supervisor,
através dos condutos
auditivos, e supõe
vê-lo, como se o
aparelho fotográfico dos
olhos estivesse
funcionando em conexão
com o centro da memória,
no entanto, isso resulta
do hábito. Ainda mesmo
no campo de impressões
comuns, embora a
criatura empregue os
ouvidos e os olhos, ela
vê e ouve com o cérebro,
e, apesar de o cérebro
usar as células do
córtex para selecionar
os sons e imprimir as
imagens, quem vê e ouve,
na realidade, é a mente.
Todos os sentidos na
esfera fisiológica
pertencem à alma, que
os fixa no corpo carnal,
de conformidade com os
princípios estabelecidos
para a evolução dos
Espíritos reencarnados
na Terra." (Cap. 12,
págs. 109 e 110) (Continua no próximo
número.)