JOÃO FERNANDES
DA SILVA JÚNIOR
joaofdasilvajunior@gmail.com
Biguaçu, Santa
Catarina
(Brasil)
Ciência e
Espiritismo
(Parte 2)
Como seres
humanos nós nos
encontramos
integrados à
realidade
objetiva,
entretanto,
quando à noite
nos deitamos
para dormir,
acontece um
desprendimento
natural do
espírito que se
liberta
temporariamente
do envoltório
físico ao qual
está ligado
pelos laços da
reencarnação.
Nesse estado de
desdobramento
podemos nos
movimentar tanto
no ambiente
físico terrestre
quanto na
dimensão
espiritual.
Então, durante
essa experiência
nós temos meios
para pesquisar
in loco
os fenômenos que
acontecem no
plano espiritual
e para observar
o modus
vivendi dos
desencarnados. A
Ciência denomina
esse evento de
experiência fora
do corpo. Nesse
estado de
emancipação
temporária nós
podemos
visualizar com
maior ou menor
grau de precisão
o que acontece
na
Espiritualidade,
porque nesse
caso não
estaremos presos
aos limites espaço-temporais.
Poderemos ir
visitar um
planeta situado
em uma galáxia
distante;
observar imagens
do passado
remoto; viajar
pelo fundo dos
oceanos; ir até
o centro da
Terra, e muito
mais...
Um outro evento
possível de ser
comprovado
durante a
experiência fora
do corpo é a
reencarnação,
porque muitas
vezes podem
acontecer
recordações
abrangentes ou
fragmentárias de
outras
existências
físicas vividas
por aquele mesmo
Espírito.
Alguns dos
termos
utilizados para
designar esse
estado de
emancipação da
alma são:
clarividência,
dupla vista,
segunda vista,
visão
extrassensorial,
visão a
distância, visão
astral, visão
espiritual,
visão remota,
visão
metafísica,
visão sem olhos,
visão etérica,
projeção astral,
desdobramento e
experiência fora
do corpo.
A experiência
fora do corpo
proporciona uma
nova forma de
abordagem na
questão do
relacionamento
dos homens com
os Espíritos, e
assim a situação
agora se
inverteu porque,
ao invés de
aguardar que um
desencarnado se
manifeste em um
centro espírita
para comunicar
alguma coisa, é
possível que,
mediante a
utilização das
técnicas de
relaxamento e de
desdobramento
consciente,
qualquer pessoa
com o devido
preparo efetue
visitas ao Plano
Espiritual, de
maneira dinâmica
e objetiva, isto
é, nós assumimos
o comando das
ações e
ampliamos as
nossas
possibilidades
no mecanismo de
inter-relacionamento
com os
desencarnados.
O simples fato
de estarmos
tomando a
iniciativa das
ações implica
diretamente na
possibilidade de
irmos
diretamente para
o nosso foco de
atenção na
realidade
espiritual.
Em seu sentido
geral, o
Espiritismo está
baseado na
existência de um
agente
extrafísico
animando cada
ser humano, e
esse agente,
chamado de
alma,
sobrevive ao
fenômeno
designado
"morte"; é a
alma que origina
a vida orgânica
quando se liga à
matéria, embora
a alma tenha uma
existência
independente com
relação ao
envoltório
físico ao qual
está ligada.
O Espírito é o
ser inteligente
que sobrevive à
destruição do
corpo físico.
Ele preserva a
sua
individualidade,
adquirindo
constantemente
novos
conhecimentos.
Observamos
claramente que o
mecanismo de
evolução humana
e espiritual é
algo que
apresenta
altíssimo grau
de complexidade,
já que toda a
amplitude de seu
horizonte se
encontra
interligada ao
próprio processo
dinâmico de
desenvolvimento
que foi
previamente
estabelecido
pela
Espiritualidade
Superior.
Sabemos que para
conseguir se
inserir na
realidade
objetiva a mente
humana
instrumentaliza
o cérebro
físico, porque
essa é uma
operação
essencial para
que o corpo
biológico
execute todas as
tarefas que são
necessárias para
a manutenção da
vida orgânica,
entretanto, a
atividade
cerebral é
limitada aos
objetivos
materiais. O
cérebro atua
sempre ocupado
com a
sobrevivência
humana,
estabelecendo
prioridades em
todos os
momentos da vida
material.
Allan Kardec
estabeleceu uma
definição
clássica
reportando-se
à mediunidade;
ele escreveu em
"O Livro dos
Médiuns"
(Capítulo XIV,
Item 159) que:
"Toda pessoa
que sente a
influência dos
Espíritos, em
qualquer grau de
intensidade, é
médium. Essa
faculdade é
inerente ao
homem. Por isso
mesmo não
constitui
privilégio e são
raras as pessoas
que não a
possuem pelo
menos em estado
rudimentar.
Pode-se dizer,
pois, que todos
são mais ou
menos médiuns.
Usualmente,
porém, essa
qualificação se
aplica somente
aos que possuem
uma faculdade
mediúnica bem
caracterizada,
que se traduz
por efeitos
patentes de
certa
intensidade, o
que depende de
uma organização
mais ou menos
sensitiva.
"Deve-se
notar ainda que
essa faculdade
não se revela em
todos da mesma
maneira. Os
médiuns têm,
geralmente,
aptidão para
esta ou aquela
ordem de
fenômenos, o que
os divide em
tantas
variedades
quantas são as
espécies de
manifestações".
Analisando o
texto de
Kardec
compreendemos
que todos são
médiuns, porque,
seja um
professor
ministrando
aulas, seja um
médico salvando
vidas, seja um
escritor, um
compositor ou
uma pessoa em
qualquer outra
situação, todos
nós trabalhamos
sendo
influenciados
por Espíritos,
embora existam
aqueles
indivíduos que
não sabem disso
ou até mesmo que
não acreditam na
ação dos
desencarnados
sobre os seres
humanos.