MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
18)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Nos Domínios da
Mediunidade,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Existe relação entre
o que pensamos e a
obsessão?
Sim. Por isso é
indispensável a busca da
renovação interior com
acréscimo de visão, a
fim de seguirmos à
frente, com a verdadeira
noção da eternidade em
que nos deslocamos no
tempo. Consciência
pesada de propósitos
malignos, revestida de
remorsos, referta de
ambições desvairadas ou
denegrida de aflições,
não pode senão atrair
forças semelhantes que
a encadeiam a
torvelinhos infernais. A
obsessão é sinistro
conúbio da mente com o
desequilíbrio comum às
trevas. Se persistimos
nas esferas mais baixas
da experiência humana,
os que ainda jornadeiam
nas linhas da
animalidade nos
procuram, atraídos pelo
tipo de nossos impulsos
inferiores, absorvendo
as substâncias mentais
que emitimos e
projetando sobre nós os
elementos de que se
fazem portadores.
(Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 13,
pp. 119 e 120.)
B. Que é preciso para
sermos espíritas à
altura desse nome?
Ninguém é espírita à
altura desse nome,
tão-só porque haja
conseguido a cura de uma
enfermidade com o amparo
de entidades amigas, e
se decida, por isso, a
aceitar a intervenção do
Além-Túmulo na sua
existência. É
indispensável o
testemunho de nossa
conversão ao amor
santificante; é preciso
substancializar a
excelsitude de nosso
idealismo em nossas
manifestações de cada
dia. As almas realmente
convertidas ao Cristo
refletem-lhe a beleza
nos mínimos gestos de
cada hora, seja na
emissão de uma frase
curta, na ignorada
cooperação em favor dos
semelhantes ou na
renúncia silenciosa que
a apreciação terrestre
não chega a conhecer.
(Obra citada, cap. 13,
pp. 121 e 122.)
C. Buscar o
autoaperfeiçoamento é
para nós uma
necessidade?
Não apenas uma
necessidade, mas uma
obrigação. É
indispensável pensar no
bem e executá-lo. Tudo o
que existe na Natureza é
ideia exteriorizada. Não
desprezemos a obrigação
do autoaperfeiçoamento,
pois, sem compreensão e
sem bondade,
irmanar-nos-emos aos
filhos desventurados da
rebeldia. Sem estudo e
sem observação,
demorar-nos-emos
indefinidamente entre os
infortunados expoentes
da ignorância. Amor e
sabedoria são as asas
com que faremos nosso
voo definitivo, no rumo
da perfeita comunhão com
o Pai Celestial.
(Obra citada, cap. 13,
pp. 123 a 125.)
Texto para leitura
52. Ideias criam asas
ou algemas - A
mensagem foi uma
verdadeira aula. Eis
alguns trechos: "A Lei
Divina é o Bem de todos.
Colaborar na execução
de seus propósitos
sábios é iluminar a
mente e clarear a vida.
Opor-lhe entraves, a
pretexto de acalentar
caprichos perniciosos,
é obscurecer o
raciocínio e coagular a
sombra ao redor de nós
mesmos. É indispensável
ajuizar quanto à direção
dos próprios passos, de
modo a evitarmos o
nevoeiro da perturbação
e a dor do
arrependimento". "Não
vale encarnar-se ou
desencarnar-se
simplesmente. Todos os
dias, as formas se fazem
e se desfazem. Vale a
renovação interior com
acréscimo de visão, a
fim de seguirmos à
frente, com a verdadeira
noção da eternidade em
que nos deslocamos no
tempo. Consciência
pesada de propósitos
malignos, revestida de
remorsos, referta de
ambições desvairadas ou
denegrida de aflições,
não pode senão atrair
forças semelhantes que
a encadeiam a
torvelinhos infernais. A
obsessão é sinistro
conúbio da mente com o
desequilíbrio comum às
trevas." "Se
persistimos nas
esferas mais baixas da
experiência humana, os
que ainda jornadeiam nas
linhas da animalidade
nos procuram, atraídos
pelo tipo de nossos
impulsos inferiores,
absorvendo as
substâncias mentais que
emitimos e projetando
sobre nós os elementos
de que se fazem
portadores. Imaginar é
criar." "Vigiemos o
pensamento,
purificando-o no
trabalho incessante do
bem, para que arrojemos
de nós a grilheta capaz
de acorrentar-nos a
obscuros processos de
vida inferior. É da
forja viva da ideia que
saem as asas dos anjos e
as algemas dos
condenados." "A
mediunidade torturada
não é senão o enlace de
almas comprometidas em
aflitivas provações, nos
lances do reajuste."
(Cap. 13, págs. 119 e
120)
53. É preciso mais do
que palavras - O
Benfeitor deixou claro
que, para abreviar o
tormento que flagela a
consciência incursa nas
grades expiatórias, é
imprescindível atender à
renovação, único meio de
recuperação da
harmonia. Apegar-se
apenas ao rótulo, em
matéria religiosa, sem
qualquer esforço de
sublimação interior, é
extremamente perigoso
para a alma. "Em nossos
círculos de trabalho,
desse modo, não nos
bastará o ato de crer e
convencer", asseverou o
Benfeitor. "Ninguém é
realmente espírita à
altura desse nome,
tão-só porque haja
conseguido a cura de uma
escabiose renitente, com
o amparo de entidades
amigas, e se decida, por
isso, a aceitar a
intervenção do
Além-Túmulo na sua
existência; e ninguém é
médium, na elevada
conceituação do termo,
somente porque se faça
órgão de comunicação
entre criaturas visíveis
e invisíveis." É
indispensável o
testemunho de nossa
conversão ao amor
santificante; é preciso
substancializar a
excelsitude de nosso
idealismo em nossas
manifestações de cada
dia. "As almas realmente
convertidas ao Cristo –
afirmou o Amigo
Espiritual – lhe
refletem a beleza nos
mínimos gestos de cada
hora, seja na emissão de
uma frase curta, na
ignorada cooperação em
favor dos semelhantes ou
na renúncia silenciosa
que a apreciação
terrestre não chega a
conhecer. Nossos
pensamentos geram
nossos atos e nossos
atos geram pensamentos
nos outros." "Convicção
de imortalidade sem
altura de espírito que
lhe corresponda, será
projeção de luz no
deserto. Mediação entre
dois planos diferentes,
sem elevação de nível
moral, é estagnação na
inutilidade. O
pensamento é tão
significativo na
mediunidade, quanto o
leito é importante para
o rio. Ponde as águas
puras sobre um leito de
lama pútrida e não
tereis senão a escura
corrente da viciação."
Na sequência, o
Benfeitor advertiu que
não basta ao médium
deter-se no simples
intercâmbio. "Ser-lhe-á
indispensável a
consagração de suas
forças às mais altas
formas de vida, buscando
na educação de si mesmo
e no serviço
desinteressado a favor
do próximo o material de
pavimentação de sua
própria senda." (Cap.
13, págs. 121 e 122)
54. O Cristo é a
nossa meta -
Insistindo na
importância da renovação
da própria criatura, o
Benfeitor foi enfático:
"Não basta ver, ouvir ou
incorporar Espíritos
desencarnados, para que
alguém seja conduzido à
respeitabilidade". A
tarefa, para crescer,
exige trabalhadores que
se dediquem à elevação
de si mesmos. Não há
frutos na árvore
nascente. A areia
movediça não sustenta a
edificação. Não há luz
na candeia sem óleo. O
carro não transita onde
inexiste a estrada. Como
esperar, assim, o
pensamento divino, onde
o pensamento humano se
perde nas mais baixas
cogitações da vida? Em
vão a estrela buscaria
retratar-se na lama de
um charco. É
indispensável, pois,
pensar no bem e
executá-lo. Tudo o que
existe na Natureza é
ideia exteriorizada. "O
Universo – asseverou o
Instrutor Espiritual – é
a projeção da Mente
Divina e a Terra, qual a
conheceis em seu
conteúdo político e
social, é produto da
Mente Humana."
"Atentemos, pois, para a
obrigação de
autoaperfeiçoamento.
Sem compreensão e sem
bondade,
irmanar-nos-emos aos
filhos desventurados da
rebeldia. Sem estudo e
sem observação,
demorar-nos-emos
indefinidamente entre os
infortunados expoentes
da ignorância. Amor e
sabedoria são as asas
com que faremos nosso
voo definitivo, no rumo
da perfeita comunhão com
o Pai Celestial." "A
palavra esclarece. O
exemplo arrebata.
Ajustemo-nos ao
Evangelho Redentor.
Cristo é a meta de nossa
renovação." (Cap. 13,
págs. 123 a 125) (Continua no próximo
número.)