O tesouro
da paz
- Você acredita que
depois de acertar na
loteria estará mais
feliz?
- Não é verdade. Estará
apenas mais rico.
- Acha que depois de
casado será mais feliz?
- Não. Estará
simplesmente casado.
- Que depois da
separação estará mais
feliz?
- Não. Somente estará
solteiro.
- Entende que encontrará
a felicidade depois de
formado?
- É um equívoco. Você
será o mesmo, só que com
diploma.
Apesar de já muito
discutido e
experimentado, muitos
acreditam e procuram a
felicidade nas coisas
externas e almejam
conquistá-la quando
adquirido o objeto ou a
situação pretendida. Ao
atingir seus objetivos,
dão-se conta que a
felicidade não veio
junto no “pacote” e
partem para o próximo
item da lista de
desejos.
A felicidade é um estado
interno que independe de
com quem estamos, como
estamos ou onde estamos.
Isso não invalida a
busca do conforto que a
matéria proporciona e
que pode estar entre as
metas do progresso
individual, mas é
essencial estar
consciente de que não é
ali que se encontra o
objetivo maior de vida,
nem o porquê da
existência.
Manoel Philomeno de
Miranda ¹ faz uma
analogia muito
interessante: “(...)
a existência terrena
pode ser comparada a
alguém que possui um
tesouro valioso e sai em
busca de outro
perfeitamente
dispensável, mas que
acredita ser o único que
lhe trará felicidade,
tombando depois em
frustração e desespero”.
E completa o amigo
espiritual: “Possuímos
o que há de mais
importante para a
felicidade, e, no
entanto, continuamos na
cova das ambições
procurando fantasias e
brilhos secundários,
perdendo o tesouro da
paz, sem o qual caímos
no fosso do desespero
sem remédio...”.
Essa reflexão deve ser
feita constantemente por
todos, pois muitos se
iludem facilmente pelo
“canto da sereia” dos
prazeres da vida
terrena, esquecendo e
protelando a execução
dos verdadeiros
compromissos assumidos
como Espíritos imortais.
Quanto mais próximos
estivermos desses
compromissos, maior será
o nosso estado de paz e
de ventura.
1
FRANCO, Divaldo.
Tormentos da Obsessão.
Pelo Espírito Manoel P.
de Miranda. 3ª. ed.
Salvador, BA: LEAL.
2001. p. 98/99.