MARCELO
DAMASCENO DO
VALE
marcellus.vale@gmail.com
Londrina, Paraná
(Brasil)
A matéria
explica a
matéria?
Poder-se-ia
achar nas
propriedades
íntimas da
matéria a causa
primária da
formação das
coisas?
“Mas, então,
qual seria a
causa dessas
propriedades?
É indispensável
sempre uma causa
primária.”
(Questão 7 de O
Livro dos
Espíritos.)
Afinal, quais
seriam as
propriedades
íntimas da
matéria
responsáveis
pela formação
das coisas, da
própria matéria,
enfim?
Definimos
matéria como
qualquer coisa
que possui
massa, ocupa um
lugar no espaço
e está sujeita a
inércia (se está
em movimento
tende a
permanecer em
movimento, se
está em repouso
tende a ficar em
repouso).
Apresenta
propriedades
gerais como
extensão,
energia,
densidade,
divisibilidade e
também possui
propriedades
específicas
como dureza,
porosidade,
magnetismo e
outras.
Seriam essas as
propriedades
íntimas
citadas por
Kardec ou teria
ele ido mais
além,
antecipando
novas
descobertas e
vislumbrando a
intimidade da
matéria em suas
características
nucleares?
Temos mais
perguntas que
respostas.
Contudo,
escutando o
ensinamento dos
imortais,
aprendemos que:
(...) podemos
estabelecer como
princípio
absoluto que
todas as
substâncias,
conhecidas e
desconhecidas,
por mais
dessemelhantes
que pareçam,
quer do ponto de
vista da
constituição
íntima, quer
pelo prisma de
suas ações
recíprocas, são,
de fato, apenas
modos diversos
sob o que a
matéria se
apresenta;
variedades em
que ela se
transforma sob a
direção das
forças
inumeráveis que
a governam.
(Item 3, Cap. VI
de A Gênese.)
A matéria, em si
mesmo, não é
capaz de
transformar ou
criar novas
expressões,
tendo em vista
que apenas sob a
ação de forças
exteriores é que
ela pode ser
manipulada.
Isaac Newton,
antes das vozes
da
espiritualidade
se manifestarem
na codificação,
já afirmava: “É
inconcebível que
a matéria bruta
inanimada possa
(sem a mediação
de algo que não
seja material)
operar sobre
outra matéria e
afetá-la sem
contato mútuo”.
A matéria, por
si mesma, é
incapaz de
explicar a
surpreendente
complexidade
para formação de
apenas um átomo.
Uma consciência
diretora e
inteligente
planejou e
realizou toda a
complexidade do
Universo.
Desde a ideia do
átomo
indivisível até
a moderna teoria
dos quarks, que
a ciência vem a
cada dia
demonstrando a
realidade
incontestável do
Ser Superior.
Isaac Newton,
uma das maiores
inteligências já
encarnadas, se
dobrou diante do
maravilhoso
espetáculo da
criação com as
seguintes
palavras: “Este
magnífico
sistema do Sol,
planetas e
cometas poderia
somente proceder
do conselho e
domínio de um
Ser inteligente
e poderoso (...)
Toda aquela
diversidade de
coisas naturais
que encontramos
adaptadas a
tempos e lugares
diferentes não
se poderia
originar de nada
a não ser das
ideias e vontade
de um Ser
necessariamente
existente”.
Somente Deus
explica a
complexidade e
diversidade da
matéria. Somente
Deus para
explicar a
capacidade de
transformação e
as infinitas
possibilidades
criadoras na
matéria.
Confirmamos a
conclusão que
Deus explica a
matéria com
a lúcida
observação de
Kardec:
A Ciência
moderna
abandonou os
quatro elementos
primitivos dos
antigos e, de
observação em
observação,
chegou à
concepção de um
só elemento
gerador de todas
as
transformações
da matéria; mas
a matéria, por
si só, é inerte;
carecendo de
vida, de
pensamento, de
sentimento,
precisa estar
unida ao
principio
espiritual.
(...) Ao
elemento
material, juntou
ele o elemento
espiritual.
Elemento
material e
elemento
espiritual,
esses os dois
princípios, as
duas forças
vivas da
Natureza. Pela
união
indissolúvel
deles,
facilmente se
explica uma
multidão de
fatos até então
inexplicáveis.
(Item 18, Cap. I
de A Gênese.)