Allan Kardec, em
O Livro dos
Espíritos,
estabelece novos
princípios que
vão nortear a
humanidade, como
vem acontecendo,
quando ensina
que: “Com o
Espiritismo, a
humanidade deve
entrar numa fase
nova, a do
progresso moral,
que lhe é consequência
inevitável”,
estabelecendo
bases seguras e
muito lógicas,
além de muito
objetivas quando
ensina que a
moral dos
Espíritos
superiores se
resume como a do
Cristo, nesta
máxima
evangélica:
“fazer aos
outros o que
quereríamos que
os outros nos
fizessem”, ou
seja, fazer o
bem e não fazer
o mal.
O homem encontra
nesse princípio
a regra
universal de
conduta, mesmo
para as menores
ações. Tal
ensinamento nos
remete ao
conhecimento de
nós mesmos.
Bastar buscarmos
na pergunta 919
de OLE, quando é
indagado aos
Espíritos “qual
o meio mais
prático e eficaz
para se melhorar
nesta vida e
resistir ao
arrebatamento do
mal?.
“Conhece-te a ti
mesmo”,
respondem os
Espíritos
de modo
peremptório e
objetivamente,
levando-nos à
reflexão de que
devemos sondar a
nossa própria
alma na busca da
compreensão de
nossos anseios e
expectativas
nesta vida, além
de nos
aprofundarmos em
nosso ser com o
propósito de
melhor nos
conhecermos. Mas
faltava uma
grande questão a
ser resolvida.
Como
conhecer-se? Que
métodos ou
estratégias
poderíamos usar
para tal mister?
Vamos encontrar
o caminho em o
Evangelho
segundo o
Espiritismo, no
capítulo Os
Bons Espíritas,
novamente de
modo objetivo e
cristalino:
“reconhece-se o
verdadeiro
espírita pela
sua
transformação
moral e pelo
esforço que
empreende no
domínio das más
inclinações”.
Para tanto o
homem precisa
compreender e
aceitar que é
portador de
limitações e
dificuldades, as
quais sozinho
não consegue
superar. É
quando, então,
podemos seguir
uma outra regra
do Evangelho que
nos ensina a nos
conhecermos
através do
convívio com o
próximo,
procurando
através da
bondade e da
solidariedade,
amando ao
próximo como a
si mesmo, ou
seja, fazendo
aos outros o que
quereríamos que
os outros nos
fizessem, daí
decorrendo a
mais completa
expressão da
caridade, pois é
sabido que aí se
resumem todos os
deveres para com
o próximo: a
verdadeira
caridade.
Os
relacionamentos
entre os seres
humanos através
da convivência
social e as
experiências
vividas ensinam
constantes
lições novas,
como, por
exemplo, o
conhecer-se pela
dor. É novamente
o Evangelho que
vem em nosso
socorro e amparo
quando ensina
que: “todos
quantos sejam
feridos no
coração por
reveses e
decepções da
vida consultem
serenamente a
sua consciência,
remontem pouco a
pouco à causa
dos males que os
afligem, e verão
se, as mais das
vezes, não
poderão
confessar: se eu
tivesse feito,
ou se não
tivesse feito
tal coisa, não
estaria nesta
situação”.
Posto isto,
podemos concluir
o quanto esta
vida é uma
grande lição e
quão importante
se faz a vida em
sociedade, já
que é através
dela que somos
burilados em
nossas virtudes
e imperfeições,
levando-se em
consideração que
toda semeadura é
livre, porém,
obrigatória é a
colheita. Nada
mais oportuno e
educativo do que
a vida na grande
sociedade
chamada
humanidade. A
dor pode nestas
circunstâncias
retificar as
nossas mazelas
do ontem ou o
futuro próximo,
já que os
processos de
sofrimento, nas
suas mais
variadas formas,
podem provocar
na nossa alma o
despertar da
consciência e a
ampliação do
nosso grau de
sensibilidade,
para percebermos
os aspectos
edificantes que
o coração, nas
suas
manifestações
mais nobres,
pode realizar.
Diante do quadro
atual da
humanidade,
vemos com
clareza que
necessitamos
urgentemente
transformar
intimamente três
grandes
vertentes da
alma humana, com
vistas ao porvir
de nossa
evolução, quais
sejam: os
vícios, os
defeitos e as
virtudes. Os
vícios da atual
humanidade, como
o uso e o abuso
de todas as
drogas (álcool,
tabaco e
outras), os
malefícios do
jogo (incluindo
aqui a anuência
dos governos),
os malefícios da
gula e, entre
tantos outros,
temos os
malefícios do
abuso sexual.
No tocante aos
defeitos,
naturalmente,
como maior e pai
de todos os
demais,
encontramos o
orgulho, que nos
remete para a
vaidade, a
inveja, o ciúme,
a avareza, o
ódio, a vingança
e a
agressividade
entre dezenas
deles. É sabido
que ninguém é
portador somente
de vícios ou
defeitos,
estando
presentes na
alma humana as
virtudes, mas
que de modo
geral se
encontram
latentes
(dormentes na
alma), e
necessitam ser
despertadas e
aperfeiçoadas,
tais como a
humildade, a
modéstia, a
resignação, a
piedade, a
afabilidade, a
compreensão. No
entanto, em uma
lista imensa de
virtudes
humanas, é
preciso destacar
a do perdão,
como o grande
recurso e
instrumento de
que dispomos
para superar as
adversidades e
contrariedades
desta nossa
jornada terrena,
onde
frequentemente
somos atacados,
magoados e
feridos em nossa
busca incessante
de crescimento,
mas que nem
sempre somos
compreendidos ou
nos
compreendemos
uns aos outros.
Precisamos
compreender e
aprender que
outros prados,
outras pradarias
nos esperam.
Mundos
espirituais,
onde a Justiça
não fenece, onde
o Amor
continuamente
floresce, e onde
a Bondade
perdura como
recursos à
disposição de
todo aquele que
busca o Reino de
Deus.