MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
22)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Nos Domínios da
Mediunidade,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. As influências do bem
ou do mal independem do
local em que estejamos?
Sim. As influências em
nosso mundo se estendem
por todos os lados, e
por todos os lados
registramos a presença
de faculdades
medianímicas que as
assimilam, conforme a
direção feliz ou
infeliz, correta ou
indigna em que cada
mente se situe.
(Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 15,
pp. 144 a 146.)
B. A médium Ambrosina
portava na cabeça um
objeto pequeno. Que
objeto era esse e qual a
sua finalidade?
Dedicada à tarefa
mediúnica fazia mais de
vinte anos, a médium
portava na cabeça,
dentre os cabelos
grisalhos, um pequeno
funil de luz, à maneira
de delicado adorno. Era
um aparelho magnético
ultrassensível com que
ela vivia em constante
contacto com o
responsável pela obra
espiritual que por ela
realizava.
(Obra citada, cap. 16,
pp. 147 a 149.)
C. Ao atender as
pessoas, Ambrosina
percebeu que estava
diante de dois
criminosos. Ela titubeou
na ajuda. Que lhe foi
dito pelo mentor
espiritual?
Ao perceber o que
ocorria, Ambrosina disse
mentalmente aos amigos
espirituais: “Amados
amigos espirituais, que
fazer? Identifico nossos
irmãos delinquentes e
reconheço-lhes os
compromissos... Um homem
foi eliminado...
Vejo-lhe a agonia
retratada na lembrança
dos responsáveis... Que
estão buscando aqui
nossos infortunados
companheiros, foragidos
da justiça terrestre?”
Um dos mentores
aproximou-se e
tranquilizou-a:
“Ambrosina, não receie.
Acalme-se. É preciso que
a aflição não nos
perturbe. Acostume-se a
ver nossos irmãos
infelizes na condição de
criaturas dignas de
piedade. Lembre-se de
que nos achamos aqui
para auxiliar, e o
remédio não foi criado
para os sãos.
Compadeça-se,
sustentando o próprio
equilíbrio!” “É
indispensável receber
nossos irmãos
comprometidos com o mal,
como enfermos que nos
reclamam carinho.”
(Obra citada, cap. 16,
pp. 149 e 150.)
Texto para leitura
64. Mediunidade
com Jesus - De
volta à via pública, o
grupo viu que, dentro de
certa ambulância que por
ali trafegava, uma
entidade em roupagem
lirial abraçava um homem
de cabelos grisalhos e
lhe envolvia a cabeça em
suaves e calmantes
irradiações de prateada
luz. Quem seria aquele
homem? Aulus sorriu e
esclareceu: "Nem tudo é
energia viciada no
caminho comum. Deve ser
um médico em alguma
tarefa salvacionista". É
que, lembrou o
Assistente, a Bênção do
Senhor pode descer sobre
qualquer profissional
humanitário e generoso
que, por seus hábitos de
ajudar ao próximo, se
faz credor do auxílio
espiritual,
independentemente de
sua crença. "Não lhe
bastariam os títulos de
espírita e de médico
para reter a influência
benéfica de que se faz
acompanhar", asseverou
Aulus, aludindo ao homem
da ambulância. "Para
acomodar-se tão
harmoniosamente com a
entidade que o assiste,
precisa possuir uma boa
consciência e um coração
que irradie paz e
fraternidade." Seria ele
médium? "Como não? –
respondeu Aulus –. É
médium de abençoados
valores humanos,
mormente no socorro aos
enfermos, no qual
incorpora as correntes
mentais dos gênios do
bem, consagrados ao amor
pelos sofredores da
Terra." Via-se, pois,
que as influências do
bem ou do mal, em nosso
mundo, se estendem por
todos os lados, e por
todos os lados
registramos a presença
de faculdades
medianímicas que as
assimilam, conforme a
direção feliz ou
infeliz, correta ou
indigna em que cada
mente se situe.
"Estudando, assim, a
mediunidade, nos
santuários do
Espiritismo com Jesus –
acrescentou o Assistente
–, observamos uma força
realmente peculiar a
todos os seres, de
utilidade geral, se sob
uma orientação capaz de
discipliná-la e
conduzi-la para o máximo
aproveitamento no bem."
(Cap. 15, págs. 144 a
146)
65. Mandato
mediúnico -
Perto das vinte horas,
desencarnados, em grande
cópia, congregaram-se
dentro e fora de sóbrio
edifício dedicado à
atividade espírita.
Vigilantes espirituais
impediam o acesso ali de
Espíritos impenitentes
ou escarnecedores. No
pórtico da instituição,
variados grupos de
pessoas, ao entrar na
casa, experimentavam a
separação de certos
Espíritos que as seguiam
– não os curiosos ou
sofredores, mas os
Espíritos blasfemadores
e renitentes ao mal, em
número bem reduzido,
porque a maioria dos
irmãos desencarnados era
constituída de gente
agoniada e enferma, tão
necessitada de socorro
fraterno quanto os
doentes e aflitos que
passavam a acompanhar.
No recinto da reunião,
grande mesa
encontrava-se rodeada de
Largo cordão luminoso de
isolamento. Em derredor,
acomodavam-se quantos
careciam de assistência,
encarnados ou não, área
essa igualmente
protegida por faixas de
defesas magnéticas, sob
o cuidado cauteloso de
guardas espirituais. Na
parte oposta à entrada,
diversos benfeitores
espirituais
conferenciavam entre si
e, junto deles,
respeitável senhora
ouvia, prestimosa,
diversos pacientes. Era
Ambrosina, que se
apresentava revestida
por extenso halo de
irradiações opalinas e
conservava a própria
aura sempre lúcida, sem
que as emissões de
fluidos enfermiços lhe
pudessem atingir o campo
de forças. Dedicada à
tarefa mediúnica fazia
mais de vinte anos, a
médium, por amor ao
ideal espírita,
renunciara às mais
singelas alegrias do
mundo, inclusive o
conforto mais amplo do
santuário doméstico, uma
vez que passou a
mocidade trabalhando,
sem a consolação do
casamento. Ambrosina
portava na cabeça,
dentre os cabelos
grisalhos, um pequeno
funil de luz, à maneira
de delicado adorno. Era
um aparelho magnético
ultrassensível com que
ela vivia em constante
contacto com o
responsável pela obra
espiritual que por ela
realizava. ”Pelo tempo
de atividades na Causa
do Bem e pelos
sacrifícios a que se
consagrou – informou
Aulus –, Ambrosina
recebeu do Plano
Espiritual um mandato de
serviço mediúnico,
merecendo, por isso, a
responsabilidade de mais
íntima associação com o
instrutor que lhe
preside as tarefas.”
(Cap. 16, pp. 147 a
149.)
66. O remédio não
foi feito para os sãos
- Tendo crescido em
influência, a médium
via-se assoberbada por
solicitações de
múltiplos matizes.
Inspirando fé e
esperança a quantos dela
se aproximavam, era ela,
naturalmente, assediada
pelos mais
desconcertantes apelos.
Simbolizando uma ponte
entre dois mundos, a
médium sabia, porém,
com paciência
evangélica, ajudar aos
outros para que os
outros se ajudassem,
visto que não lhe seria
possível conseguir a
solução para todos os
problemas que lhe eram
apresentados. André
Luiz, aproximando-se,
notou que Ambrosina
conseguia perceber o que
ia na mente das pessoas,
antes que estas lh’o
dissessem. Foi o que
ocorreu com duas
criaturas envolvidas em
um crime e que buscavam
ali o apoio espírita.
Percebendo-as, a médium
refletia, falando sem
palavras, em frases
audíveis apenas pelos
Espíritos: “Amados
amigos espirituais, que
fazer? Identifico nossos
irmãos delinquentes e
reconheço-lhes os
compromissos... Um homem
foi eliminado...
Vejo-lhe a agonia
retratada na lembrança
dos responsáveis... Que
estão buscando aqui
nossos infortunados
companheiros, foragidos
da justiça terrestre?”
Um dos mentores
presentes aproximou-se e
tranquilizou-a:
“Ambrosina, não receie.
Acalme-se. É preciso que
a aflição não nos
perturbe. Acostume-se a
ver nossos irmãos
infelizes na condição de
criaturas dignas de
piedade. Lembre-se de
que nos achamos aqui
para auxiliar, e o
remédio não foi criado
para os sãos.
Compadeça-se,
sustentando o próprio
equilíbrio!” “É
indispensável receber
nossos irmãos
comprometidos com o mal,
como enfermos que nos
reclamam carinho.” A
médium aquietou-se e
passou a conversar
naturalmente com os
frequentadores da casa,
que lhe apresentaram os
mais diferentes pedidos.
Pouco depois, Gabriel, o
mentor da instituição,
deu entrada no recinto,
acompanhado de muitos
amigos. (Cap. 16, págs.
149 e 150.)
(Continua no próximo
número.)