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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 183 – 7 de Novembro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 22)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. As influências do bem ou do mal independem do local em que estejamos?

Sim. As influências em nosso mundo se estendem por todos os lados, e por todos os lados registramos a presença de faculdades medianímicas que as assimilam, con­forme a direção feliz ou infeliz, correta ou indigna em que cada mente se situe. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 15, pp. 144 a 146.) 

B. A médium Ambrosina portava na cabeça um objeto pequeno. Que objeto era esse e qual a sua finalidade?

Dedicada à tarefa mediúnica fazia mais de vinte anos, a médium portava na cabeça, dentre os cabelos grisalhos, um pequeno funil de luz, à maneira de delicado adorno. Era um aparelho magnético ultrassensível com que ela vivia em constante contacto com o responsável pela obra espiritual que por ela realizava. (Obra citada, cap. 16, pp. 147 a 149.) 

C. Ao atender as pessoas, Ambrosina percebeu que estava diante de dois criminosos. Ela titubeou na ajuda. Que lhe foi dito pelo mentor espiritual?

Ao perceber o que ocorria, Ambrosina disse mentalmente aos amigos espirituais: “Amados amigos espirituais, que fazer? Identifico nossos irmãos delinquentes e reconheço-lhes os compromissos... Um homem foi eliminado... Vejo-lhe a agonia retratada na lembrança dos responsáveis... Que estão buscando aqui nossos infortunados companheiros, foragidos da justiça terrestre?” Um dos mentores aproximou-se e tranquilizou-a: “Ambrosina, não receie. Acalme-se. É preciso que a aflição não nos perturbe. Acostume-se a ver nossos irmãos infelizes na condição de criaturas dignas de piedade. Lembre-se de que nos achamos aqui para auxiliar, e o remédio não foi criado para os sãos. Compadeça-se, sustentando o próprio equilíbrio!” “É indispensável receber nossos irmãos comprometidos com o mal, como enfermos que nos reclamam carinho.” (Obra citada, cap. 16, pp. 149 e 150.) 

Texto para leitura 

64. Mediunidade com Jesus - De volta à via pública, o grupo viu que, dentro de certa ambulância que por ali trafegava, uma entidade em rou­pagem lirial abraçava um homem de cabelos grisalhos e lhe envolvia a cabeça em suaves e calmantes irradiações de prateada luz. Quem seria aquele homem? Aulus sorriu e esclareceu: "Nem tudo é energia viciada no caminho comum. Deve ser um médico em alguma tarefa salvacionista". É que, lembrou o Assistente, a Bênção do Senhor pode descer sobre qualquer profissional humanitário e generoso que, por seus hábitos de ajudar ao próximo, se faz credor do auxílio espiritual, independente­mente de sua crença. "Não lhe bastariam os títulos de espírita e de médico para reter a influência benéfica de que se faz acompanhar", as­severou Aulus, aludindo ao homem da ambulância. "Para acomodar-se tão harmoniosamente com a entidade que o assiste, precisa possuir uma boa consciência e um coração que irradie paz e fraternidade." Seria ele médium? "Como não? – respondeu Aulus –. É médium de abençoados va­lores humanos, mormente no socorro aos enfermos, no qual incorpora as correntes mentais dos gênios do bem, consagrados ao amor pelos sofre­dores da Terra." Via-se, pois, que as influências do bem ou do mal, em nosso mundo, se estendem por todos os lados, e por todos os lados re­gistramos a presença de faculdades medianímicas que as assimilam, con­forme a direção feliz ou infeliz, correta ou indigna em que cada mente se situe. "Estudando, assim, a mediunidade, nos santuários do Espiri­tismo com Jesus – acrescentou o Assistente –, observamos uma força realmente peculiar a todos os seres, de utilidade geral, se sob uma orientação capaz de discipliná-la e conduzi-la para o máximo aprovei­tamento no bem." (Cap. 15, págs. 144 a 146) 

65. Mandato mediúnico - Perto das vinte horas, desencarnados, em grande cópia, congregaram-se dentro e fora de sóbrio edifício dedicado à atividade espírita. Vigilantes espirituais impediam o acesso ali de Espíritos impenitentes ou escarnecedores. No pórtico da instituição, variados grupos de pessoas, ao entrar na casa, experimentavam a separação de certos Espíritos que as seguiam – não os curiosos ou sofredores, mas os Espíritos blasfemadores e renitentes ao mal, em número bem reduzido, porque a maioria dos irmãos desencarnados era constituída de gente agoniada e enferma, tão necessitada de socorro fraterno quanto os doentes e aflitos que passavam a acompanhar. No recinto da reunião, grande mesa encontrava-se rodeada de Largo cordão luminoso de isolamento. Em derredor, acomodavam-se quantos careciam de assistência, encarnados ou não, área essa igualmente protegida por faixas de defesas magnéticas, sob o cuidado cauteloso de guardas espirituais. Na parte oposta à entrada, diversos benfeitores espirituais conferenciavam entre si e, junto deles, respeitável senhora ouvia, prestimosa, diversos pacientes. Era Ambrosina, que se apresentava revestida por extenso halo de irradiações opalinas e conservava a própria aura sempre lúcida, sem que as emissões de fluidos enfermiços lhe pudessem atingir o campo de forças. Dedicada à tarefa mediúnica fazia mais de vinte anos, a médium, por amor ao ideal espírita, renunciara às mais singelas alegrias do mundo, inclusive o conforto mais amplo do santuário doméstico, uma vez que passou a mocidade trabalhando, sem a consolação do casamento. Ambrosina portava na cabeça, dentre os cabelos grisalhos, um pequeno funil de luz, à maneira de delicado adorno. Era um aparelho magnético ultrassensível com que ela vivia em constante contacto com o responsável pela obra espiritual que por ela realizava. ”Pelo tempo de atividades na Causa do Bem e pelos sacrifícios a que se consagrou – informou Aulus –, Ambrosina recebeu do Plano Espiritual um mandato de serviço mediúnico, merecendo, por isso, a responsabilidade de mais íntima associação com o instrutor que lhe preside as tarefas.” (Cap. 16, pp. 147 a 149.) 

66. O remédio não foi feito para os sãos - Tendo crescido em influência, a médium via-se assoberbada por solicitações de múltiplos matizes. Inspirando fé e esperança a quantos dela se aproximavam, era ela, naturalmente, assediada pelos mais desconcertantes apelos. Simbolizando uma ponte entre dois mundos, a médium sabia, porém, com  paciência evangélica, ajudar aos outros para que os outros se ajudassem, visto que não lhe seria possível conseguir a solução para todos os problemas que lhe eram apresentados. André Luiz, aproximando-se, notou que Ambrosina conseguia perceber o que ia na mente das pessoas, antes que estas lh’o dissessem. Foi o que ocorreu com duas criaturas envolvidas em um crime e que buscavam ali o apoio espírita. Percebendo-as, a médium refletia, falando sem palavras, em frases audíveis apenas pelos Espíritos: “Amados amigos espirituais, que fazer? Identifico nossos irmãos delinquentes e reconheço-lhes os compromissos... Um homem foi eliminado... Vejo-lhe a agonia retratada na lembrança dos responsáveis... Que estão buscando aqui nossos infortunados companheiros, foragidos da justiça terrestre?” Um dos mentores presentes aproximou-se e tranquilizou-a: “Ambrosina, não receie. Acalme-se. É preciso que a aflição não nos perturbe. Acostume-se a ver nossos irmãos infelizes na condição de criaturas dignas de piedade. Lembre-se de que nos achamos aqui para auxiliar, e o remédio não foi criado para os sãos. Compadeça-se, sustentando o próprio equilíbrio!” “É indispensável receber nossos irmãos comprometidos com o mal, como enfermos que nos reclamam carinho.” A médium aquietou-se e passou a conversar naturalmente com os frequentadores da casa, que lhe apresentaram os mais diferentes pedidos. Pouco depois, Gabriel, o mentor da instituição, deu entrada no recinto, acompanhado de muitos amigos. (Cap. 16, págs. 149 e 150.) (Continua no próximo número.)





 


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