Sumário:
Depois dos
romances
"Despedindo-se
da Terra" e
"Esculpindo o
Próprio
Destino", Lucius
completa esta
trilogia
temática
apresentando seu
novo livro, no
qual os
Espíritos de
Bezerra de
Menezes,
Jerônimo e
Adelino oferecem
um panorama
sobre os
importantes
momentos vividos
pela Humanidade
atual, revelando
o processo de
separação do
"Joio e do
Trigo" já em
andamento, além
de tecerem
comentários
sobre as
circunstâncias
de vida que
sejam mais ou
menos favoráveis
à construção de
um futuro
melhor, nos
instantes
cruciais da
seleção
espiritual
predita por
Jesus.
*
Para comentarmos
a obra
“Herdeiros do
Novo Mundo”, de
autoria do
Espírito Lucius,
pela psicografia
de André Luiz
Ruiz,
transcreveremos
trechos da obra
em caracteres
normais,
respeitando
integralmente a
redação
original. Nossos
comentários
serão grafados
em itálico-negrito.
“Quando Noé
aceitou
construir a arca
para salvar do
afogamento os
que nela
quisessem
entrar, assumiu
para si próprio
um imenso e
extenuante
trabalho. No
entanto, graças
ao devotado
ancião,
conseguiu ele
próprio e sua
família
encontrarem a
proteção e a
segurança que os
demais não
quiseram, quando
chegou o momento
áspero da
tormenta fatal.”
(15)
Vê-se aqui um
equívoco muito
grave, qual seja
a aceitação
literal da
existência da
Arca de Noé (Ge.
7 e 8), que, na
sua essência,
contraria os
princípios da
evolução e
retorna a
atenção do
leitor a outra
lenda: a de Adão
e Eva, pois a
vida na Terra
teria recomeçado
a partir de uma
única família.
Além do mais, é
de senso comum
que nem hoje,
com toda a
tecnologia
naval, seria
possível
construir um
navio capaz de
abrigar toda a
família de Noé,
um casal de
animais de cada
espécie, e, no
caso dos animais
considerados
limpos, seriam
sete casais de
cada espécie. A
alimentação
teria sido para
sete meses, pois
foi quando as
águas baixaram,
depois de chover
durante quarenta
dias e quarenta
noites. Diz a
Bíblia que a
arca foi
construída de
madeira. Essa
mistura de
algumas
verdades, ditas
no livro de
Lucius, com
fantasias como
essa, é que leva
muitos a se
afastarem do
Espiritismo.
Além do mais,
até a referência
bíblica feita
por Lucius é
equivocada, pois
não teria sido
dada essa
oportunidade de
embarque a
outras pessoas,
conforme relato
de Lucius.
Moreira, pobre
filho, dominado
pelas sensações
do sexo, não se
satisfaz com a
convivência
íntima que a
esposa lhe
propicia. Com a
mente impregnada
de imagens
erotizantes
atrai para
dentro de sua
própria alcova a
companhia de
perigosas e
astutas
entidades, que
se alimentam de
suas energias
sexuais
exacerbadas pela
fixação mental,
hipnotizando-o
mais e mais com
quadros
excitantes, para
que mantenha
acesa e intensa
a chama do
desejo,
impedindo que o
pobre homem se
desconecte dessa
faixa de ideias
para se
sintonizar
conosco. (60)
Pode até ser
verdade o que é
relatado, mas
não há nenhuma
ressalva quanto
ao fato de, no
caso de haver
dignidade por
parte da esposa,
ficaria
assegurado que a
entrada de
Espíritos
inferiores seria
inteiramente
impossível.
Na obra
“Missionários da
Luz” (63 e 64)
há
esclarecimento
lapidar a esse
respeito: Um
jovem que era
acompanhado de
dois Espíritos,
companheiros da
zona do
meretrício, que
ele frequentava,
chegou à casa,
mas os dois
desencarnados lá
não puderam
penetrar,
conforme relata
André Luiz:
“Curioso,
observei que as
entidades
infelizes
mostravam-se,
agora,
terrivelmente
contrafeitas.
Alguma coisa
impedia-lhes
acompanhar a
vítima ao
interior.
– Naturalmente –
acentuou meu
generoso
companheiro –
você já sabe que
a prece traça
fronteiras
vibratórias.
– Aqui –
prosseguiu ele –
reside uma irmã
que tem a
felicidade de
cultivar a
oração fervorosa
e reta”.
Valendo-se
disso, as mesmas
astutas
entidades, agora
vinculadas à
família de
Rafael, passaram
a ampliar as
carências da
esposa e
fustigar-lhe o
desejo de
aventurar-se.
(89)
O leitor que não
tem formação
espírita – e é
esse leitor que
constitui a
maioria dos
compradores
desses romances
–, não tem
condições de
saber que se a
esposa foi
envolvida é
porque não
cultivava a
oração, não
mantinha ideias
superiores etc.
Fica só a
impressão que
ela está à mercê
das forças do
mal, às quais
seu marido se
ligara.
As portas da
Arca já estavam
em adiantado
estágio de
fechamento, de
modo que muitos
estariam
impedidos de
nela penetrar. E
diferentemente
do que falavam
as antigas
escrituras, já
não se tratava
de um navio de
madeira. Agora,
a verdadeira
Arca era o
próprio Planeta
e agora os que
se candidatassem
a nela
permanecer,
deveriam
demonstrar
disposição
através da
mudança de suas
vibrações pela
alteração dos
interesses
imediatos e pela
renovação de
condutas. (96)
Comparação
imprópria da
Terra com uma
Arca que, num
determinado
momento,
fecharia suas
portas, como se
fosse um momento
fatal. Além do
mais, o livro
tem muito mais
de alarmante do
que de
ensinamentos
capazes de levar
o leitor a uma
reflexão serena.
– Realmente suas
ponderações são
justíssimas.
Surpreende notar
o tamanho do
despreparo não
somente do povo
que acorre à
casa de Deus,
mas, muito mais
grave, o dos que
se candidatam a
ser seus
servidores
qualificados,
trabalhando nas
dependências das
instituições sob
a confiança de
seus dirigentes
encarnados e
desencarnados.
Ouso afirmar
que, dentre os
problemas
evidenciados na
nossa rápida
visitação, quase
todos estavam
vinculados a
desajustes na
área do sexo ou
da ambição.
(124)
Aqui, o Espírito
Jerônimo faz
coro com outros
que, através de
vários médiuns,
levam uma
mensagem de
desalento aos
espíritas,
notadamente a
trabalhadores,
além de dar o
nome de casa de
Deus a núcleos
espíritas. Deve
ser lembrado que
Jesus jamais
considerou um
templo como casa
de Deus.
Tão logo
deixaram o posto
de comando,
aproveitando a
oportunidade
para o
entendimento
direto, Bezerra
solicitou ao
auxiliar que os
acompanhava que
explicasse aos
novatos amigos
como se
estruturava
aquele veículo.
(165)
Tudo faz crer,
nessa obra, que
Bezerra de
Menezes é o
coordenador da
retirada dos
Espíritos que
deverão deixar a
Terra. É curioso
notar que vários
médiuns
atualmente
relatam as mais
variadas funções
desenvolvidas
por esse nobre
Espírito, desde
a coordenação de
trabalhos no
Mundo
Espiritual, a
tratamentos de
moléstias da
alma aqui na
Terra, a
orientação de
trabalhos
mediúnicos, e
agora, o coloca
como comandante
desse gigantesco
deslocamento de
Espíritos.
O nível 27 era
destinado ao
acomodamento de
entidades de
evolução
primária,
extremamente
vinculadas aos
padrões
inferiores da
vida, motivo
pelo qual
deveriam ser
mantidas em
câmaras
especiais,
cuidadosamente
construídas para
que
reproduzissem o
habitat
primitivo ao
qual se
acostumavam.
Apesar de já
possuírem a
condição
hominal, traziam
o raciocínio
pouco
exercitado, e,
no caso daqueles
que conseguiam
organizar o
pensamento de
maneira mais
completa,
viam-se
dominados pela
força do
instinto do qual
não se haviam
libertado
adequadamente, o
que os tornava
criaturas muito
agressivas e
dominadoras,
incapazes de
medir o efeito
de seus atos.
(177)
As revelações
que têm sido
feitas levam-nos
a entender que
serão alijados
da Terra aqueles
Espíritos que
estão
atrapalhando o
progresso dos
outros pelo mau
uso da sua
inteligência.
Por que esses
Espíritos
primitivos
seriam
encaminhados a
outro planeta se
não lhes foi
dada a
oportunidade de
discernir, de
aprender, de
usar o seu
livre-arbítrio,
quando passariam
a ser
responsáveis
pelos seus atos?
Primitivismo não
significa
maldade...
Vejamos o que se
lê em “A Caminho
da Luz”, cap.
III: “As grandes
comunidades
espirituais,
diretoras do
Cosmos,
deliberaram,
então, localizar
aquelas
entidades, que
se tornaram
pertinazes no
crime, aqui na
Terra longínqua,
onde aprenderiam
a realizar, na
dor e nos
trabalhos
penosos do seu
ambiente, as
grandes
conquistas do
coração e
impulsionando,
simultaneamente,
o progresso dos
seus irmãos
inferiores”.
Pelas palavras
de Emmanuel,
nota-se o
aspecto
pedagógico,
pautado nos mais
legítimos
parâmetros da
caridade, no
deslocamento
desses Espíritos
aqui para a
Terra. A
descrição de
Lucius
assemelha-se às
transferências
de criminosos de
um presídio para
outro, conforme
se faz aqui com
delinquentes
encarnados.
Tratava-se do
Espírito de uma
mulher
revoltada.
Atrelada aos
processos de
perseguição dos
médiuns da
instituição,
buscava usar
suas
fragilidades
sexuais para
induzi-los a
condutas
infelizes fora
dos trabalhos
espíritas.
Particularmente
estava ligada
aos médiuns
Cássio e
Moreira,
trabalhadores
imaturos das
lides do Bem
que, sem maiores
compromissos com
a própria
evolução,
imaginavam que a
mediunidade
fosse um
mecanismo neutro
e automático,
para cujo
exercício não se
fazia necessária
qualquer
modificação
moral, qualquer
disciplina de
pensamentos e
sentimentos.
(...) Cássio,
que era servidor
da mediunidade
em dois dias da
semana, se
imaginava livre
dos Espíritos
inferiores,
vacinado contra
suas
influências. Por
isso, nos outros
dias da semana,
frequentava todo
o tipo de festas
em companhia de
pessoas menos
dignas,
imaginando que
isso nada tinha
a ver com seus
trabalhos
mediúnicos.
Disso decorria
que, todas as
noites,
entidades
perniciosas o
buscassem para a
continuidade das
festas na região
inferior,
aproveitando-se
de suas
energias. O
médium, no
entanto, era
outra pessoa
quando chegavam
o dia e o
horário dos
trabalhos na
casa espírita,
onde se fazia
passar por
equilibrado
cooperador,
prestimoso e
simpático.
O mesmo se dava
com Moreira que,
fora da
instituição,
costumava ser
encontrado em
visitas a
bordéis, na
companhia de
infelizes
mulheres e nas
mais esdrúxulas
aventuras de
corpo sem
freios. (218 /
219)
Que tipo de
reunião
mediúnica era
essa, que tinha
como
trabalhadores
médiuns
desequilibrados
como esses? Que
tipo de
preparação
haviam recebido
esses médiuns
para agirem de
forma tão
contrária aos
princípios
comezinhos de
dignidade
humana? Onde os
ensinamentos, os
alertamentos aos
médiuns, sempre
tão presentes em
obras não
marcadas pelo
sensacionalismo?
Que ideia fará
uma pessoa que
leia isso?
– Seu mentiroso,
embusteiro,
feiticeiro de
quinta
categoria!
Maldita a hora
em que aceitei
seu convite para
vir aqui neste
“trabalho
especial” que
resolveria meus
problemas como
você me
prometeu.
Alceu não
cessava de
agredir Peixoto,
enquanto os
fortes braços
dos
trabalhadores o
continham,
tentando
reconduzi-lo ao
equilíbrio. (227
/ 228)
A descrição
dessa reunião
mediúnica foge a
todos os
parâmetros
apresentados em
“O Livro dos
Médiuns” e nas
obras de André
Luiz. Nas
páginas
anteriores – que
não
transcrevemos
para não cansar
o leitor –
vê-se, numa
verdadeira
“lavagem de
roupa suja”, o
Espírito
revelando fatos
da vida pessoal
dos médiuns, o
que não ocorre
numa reunião
equilibrada. Nas
páginas
seguintes, vê-se
a presença de
Bezerra de
Menezes num
verdadeiro
emaranhado de
ações
desequilibradas
de médiuns e
dirigentes. Será
que o Apóstolo
da Caridade está
tão disponível
assim?
Como a maioria
dos Espíritas e
dos Cristãos de
todas as
denominações,
pensavam eles
que poderiam
parecer bons de
dia e maus
durante a noite,
parecer honestos
nas
manifestações
sociais ou
coletivas, mas,
na esfera
pessoal,
continuarem tão
degenerados
quanto a maioria
do mundo. (256)
A maioria dos
espíritas?
Generalização
infeliz, que
pode levar
muitos a pensar
que de nada
adianta ser
espírita. Aqui
Lucius faz coro
com o Espírito
fascinador que
se faz passar
pelo Dr. Inácio
Ferreira, que –
através do
médium Carlos
Antônio Baccelli
– promove uma
campanha
objetivando
desmerecer os
espíritas e a
mediunidade,
embora se
comunique por um
médium...
Assim, enquanto
esperavam o
translado para
outra morada
celeste de
padrão
primitivo, eram
transferidos
provisoriamente
para a estéril
superfície da
Lua terrestre.
(298)
Nesse capítulo,
vê-se uma
descrição
doentia e
aterrorizadora
do ambiente
lunar, em que os
Espíritos para
ali transferidos
sofreriam
horrível falta
de água e de
alimentos, o que
contrasta com o
que fora dito
páginas atrás,
no cap. 17,
quando foi
descrito o tal
veículo similar
à Arca de Noé,
onde havia
provisões para
todos.
Para a
compreensão das
dificuldades
enfrentadas
pelos
benfeitores que
os amparam, a
questão da
alimentação
exige que lhes
seja fornecida a
ração diária
compatível com
seus hábitos.
São elaboradas
formas fluídicas
similares
àquelas que lhes
agradavam mais
ao apetite voraz
e animalesco,
plasmadas em
elementos-força
superiores à
carne
sanguinolenta,
mas que se
parecem com ela.
(178)
Por que esses
Espíritos
enquanto na Arca
teriam um
tratamento até
solícito, e
depois seriam
deixados à sua
própria sorte?
Observemos como
estão nossos
irmãos de
humanidade,
compelidos a
viver encerrados
em um corpo
celeste como a
Lua, no aguardo
do translado
para a casa nova
que se aproxima.
(493)
Aqui Lucius
adere à tese de
Ramatis, que
afiançou, em
1949, que se
aproximava da
Terra um planeta
que iria sugar
os Espíritos
refratários ao
Bem, no final
dos tempos. É de
senso comum que
se um planeta se
aproximasse da
Terra,
provocaria um
total
desequilíbrio na
Terra e no
Sistema Solar.
No livro “A
Caminho da Luz”
há o relato de
uma
transmigração
aqui para a
Terra, sem que
tenha havido
necessidade de o
nosso Planeta
sair para buscar
os degredados de
Capela. É de se
perguntar como
pode um planeta
se deslocar do
seu sistema e
viajar pelo
Universo a
recolher
Espíritos de
outros planetas,
como se fosse um
ônibus espacial?
Apontou Bezerra
na direção de
peculiar corpo
celeste que, de
imensas
dimensões,
devorava
distâncias na
velocidade
vertiginosa dos
astros massivos,
em obediência a
órbitas
desconhecidas
dos mapas
solares.
– Não é prudente
que nos
acerquemos muito
mais porquanto,
já daqui de onde
estamos,
recebemos o
impacto
desagradável de
suas emanações
primitivas,
carregadas de um
magnetismo
inferior.
(498/499)
Onde estariam
Bezerra e
Jerônimo para
que ele tivesse
receio de
aproximar-se
muito desse
planeta? Um
planeta que tem
as dimensões
imensas,
conforme diz
Lucius, mas que
ainda não seria
visível, deveria
estar a uma
distância maior
do que aquela da
Terra a alguns
planetas do
Sistema Solar.
Como poderia
Bezerra temer
aproximar-se
dele? Com que
velocidade
Bezerra e
Jerônimo
poderiam
deslocar-se no
espaço sideral?
Trata-se de um
mundo conhecido
das lendas
antigas como o
portador da
destruição,
causador de
traumas
geológicos e
mudanças bruscas
na estrutura
magnética e
elétrica da
Terra, isso sem
falar no caos
civilizatório
que, em todas as
suas
aproximações,
sua influência
provocou. (499)
Que quer Lucius
dizer com
“traumas
geológicos e
mudanças bruscas
na estrutura
magnética e
elétrica da
Terra”?
Poderia esse
planeta, a
milhões de
quilômetros da
Terra, provocar
fenômenos
físicos aqui? Se
assim fosse, o
que aconteceria
quando ele se
aproximasse para
receber os
Espíritos
aprisionados na
Lua? Quais
teriam sido
essas
aproximações
anteriores? E
que dizer do
descompromisso
desse Espírito
com a verdade,
ao referir-se a
“caos
civilizatório”?
Apesar disso, a
sua aproximação
é vista como um
grande benefício
para o
aceleramento das
mudanças. Ainda
que nesta
distância da
órbita terrena,
suas magistrais
dimensões e a
grandeza do seu
campo
magnético-psíquico
já se fazem
sentir ao longo
de sua
trajetória,
chegando aos
homens bem antes
de que sua massa
se faça visível
aos olhares
aterrados. Sua
presença
energética
desperta nos que
lhe são afins as
emoções
grotescas, as
práticas mais
vis pelos vícios
que alimenta,
das baixezas
morais que
estimula porque,
primitivo, como
disse, tal orbe
emite esses
sinais que se
conectam com os
que se lhe
assemelhem em
vibrações e
desejos,
alimentando-os
com seu
psiquismo,
fortalecendo-os
nos desejos e
nas práticas
inferiores.
(499)
Lucius confunde
primitivismo com
desregramento.
Espíritos
primitivos são
regidos mais
pelo instinto do
que pelo
raciocínio
nascente. No
instinto não há
nem maldade nem
responsabilidade.
Sabemos que
serão alijadas
da Terra as
inteligências
que, desviadas
do Bem, da Ética
e do Amor, isto
é, dos preceitos
do Evangelho.
Essas não
permanecerão
aqui. E viria
esse planeta
estimular ainda
mais o mal? Não
parece uma nova
versão da
tentação da
serpente? Mas,
infelizmente,
essas
afirmativas
irresponsáveis
perturbam muitas
pessoas que, sem
conhecimento
espírita e sem
capacidade de
discernimento,
ficam
apavoradas.
Precedendo-lhe a
influência
magnética e
gravitacional
que se avoluma,
observa-se, há
décadas, a piora
dos padrões
emocionais do
planeta, o
avolumar-se das
crises sociais,
dos crimes
hediondos, das
leviandades nos
costumes, agora
acrescidos das
modificações
climáticas, da
surpreendente e
inesperada
variação do
magnetismo
planetário com
modificações da
posição dos
polos da Terra.
(499)
Quer o Autor
dizer, então,
que esses
problemas
éticos, morais,
sociais que são
enfrentados
atualmente na
Terra decorrem
da influência
desse planeta?
Seria de se
perguntar por
que os Poderes
Maiores da Vida
permitiram isso?
Seria para
tentar a
Humanidade? E as
modificações
climáticas, não
decorrem da
nossa
irresponsabilidade
no uso de
recursos
naturais? Seriam
provocados por
fatores externos
à Terra? Como
pode Lucius
afirmar que há
uma
“variação
do magnetismo
planetário com
modificações da
posição dos
polos da Terra”?
Mais uma vez,
se evidencia a
tese de Ramatis,
que afirmou em
1949, que o eixo
da Terra
começaria a se
verticalizar em
1950, e que até
o fim do II
milênio o
fenômeno estaria
completo.
A Terra, quando
recebeu os
exilados de
Capela, não era
um planeta de
desregramentos,
de violência, de
brutalidade. Era
um planeta
primitivo
apenas. Era uma
escola mais
simples, para
onde os
Espíritos vieram
transferidos, a
fim de se
reeducarem. Pela
descrição de
Lucius, esse
planeta é um
verdadeiro
inferno, onde
impera o mal, a
brutalidade, o
crime em todas
as suas
expressões.
Fenômenos
inusitados
confundem a
mente dos homens
de ciência,
cheios de
teorias e cegos
para a verdade.
Várias
instituições
científicas
estão informadas
da aproximação
desse corpo
massivo, mas,
por prudência ou
receio de se
ridicularizarem,
não se
dispuseram ainda
a reconhecer a
emergência que
se abate sobre
toda a
humanidade,
preferindo
adotar condutas
contemporizadoras
ou, até mesmo,
procurando
preparar as
pessoas
empregando
recursos
subliminares
como filmes,
reportagens,
documentários de
desastres,
tratando o
assunto de
maneira
ficcional.
(499/500)
Afirmativa sem
nenhuma base
lógica.
Imaginemos que
se algum
astrônomo na
Terra observasse
a aproximação de
um corpo celeste
(ainda mais com
as proporções
descritas), ele
iria se calar?
Gradualmente,
porém, a
influência
gravitacional
desse corpo
planetário vai
apertar seus
laços sobre os
demais planetas
do sistema
solar,
demarcando a sua
trajetória com
as naturais
consequências de
sua presença
intrusa e
gigantesca,
aproximando-se
do nosso Sol.
(500)
Lembrando-nos de
que a Terra – 49
vezes maior do
que a Lua –
sofre sua
influência numa
leve aproximação
desta, o que
provoca as
marés,
pergunta-se o
que aconteceria
com a
aproximação de
um planeta
imenso como esse
“intruso”? Além
do mais, “aproximando-se
do nosso Sol”?
Afinal,
aproxima-se do
Sol ou da Terra?
Será que esse
Espírito não
sabe a distância
que há entre a
Terra e o Sol?
Será que não
conhece
princípios
comezinhos de
astronomia que
se encontram à
disposição de
nossos
ginasianos?
Este é o corpo
celeste que,
como um ímã
poderoso,
separará a
limalha de ferro
pelo poder que
já exerce, e
exercerá, ainda
mais, sobre tudo
o que se
sintonize com a
sua vibração.
Homens e
Espíritos no
mesmo padrão
serão por ele
reclamados como
um patrimônio
que lhe
pertence,
liberando a
Terra para novas
etapas de
crescimento e
evolução. (500)
Se tais
afirmativas
fossem reais,
não haveria
necessidade de
todo o trabalho
descrito páginas
atrás, no
sentido de
separar
Espíritos e
hospedá-los na
Lua até o
momento da
transferência.
Segundo se lê, a
atração seria
automática. Mas
não foi isso que
aconteceu quando
a Terra recebeu
os Espíritos que
vieram daquele
planeta do
Sistema Cabra ou
Capela, conforme
descrição de
Emmanuel, no
cap. III do
livro “A Caminho
da Luz”: “Foi
assim que Jesus
recebeu, à luz
do seu reino de
amor e de
justiça, aquela
turba de seres
sofredores e
infelizes”. Eles
foram
amorosamente
recebidos pelo
Mestre, e não
atraídos como a
limalha o é
diante de um ímã
poderoso.
Talvez venha a
ser confundido
por muitos com
um cometa, com
um astro que se
chocará com o
nosso planeta,
como um
mensageiro do
mal, pelo medo e
aflição que
provocará.
Outros se
valerão dele
para atormentar
seus irmãos de
humanidade,
tentando
arrancar-lhes os
últimos bens
materiais que
possuam.
Mal-intencionados
se valerão de
tal presença no
Céu para
apregoar o fim
do mundo,
levando o caos
aos mais
ingênuos e
despreparados.
Marcada por
eventos
cataclísmicos
datados de
milênios, a
humanidade
sentirá a
aproximação do
novo ajuste de
contas e cada
qual saberá
dizer se, no
fundo de si
mesmo, fez o que
deveria ter
feito para a
modificação de
suas vibrações.
Por fim, a
aproximação
maior provocará
as alterações
geológicas,
climáticas e
energéticas que
promoverão a
depuração da
humanidade pelo
perecimento de
muitos e pela
separação das
almas.
Se o planeta,
que ainda está a
milhões de
quilômetros de
distância da
Terra, está
provocando os
distúrbios
físiopsíquicos
observados
agora, o que
aconteceria
quando
penetrasse no
Sistema Solar,
conforme
afirmado atrás?
Batizado desde a
antiguidade com
diferentes
nomes, tais como
Nibiru, Marduk,
Hercólubus, pela
ciência chamado
planeta X,
também apelidado
de Astro
Higienizador, ou
Chupão, pelos
espiritualistas
de diversas
vertentes, este
é o Mundo Novo,
mundo em
formação dotado
de uma
humanidade
primitiva que
precisa de
irmãos mais
capacitados
treinados no
aprendizado
terreno que
ajudará,
acelerando sua
evolução. (501)
Como se vê,
Lucius parece
mais querer
atemorizar do
que esclarecer.
É profundamente
lamentável que,
depois de tantas
obras
edificantes
recebidas de
benfeitores
espirituais,
haja espaço para
algo tão absurdo
como o conteúdo
desse livro,
obra vendida em
livrarias e
centros
espíritas,
distribuída por
clubes do livro,
cujos
responsáveis sem
lhe avaliarem o
conteúdo, sem um
exame sério,
passam-no ao
público, com o
nome –
atualmente muito
atrativo – de
“obra espírita”.