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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 188 - 12 de Dezembro de 2010

JOSÉ ANTONIO DA CRUZ
joseantony2006@terra.com.br
Catanduva, São Paulo (Brasil)
 

Desabafo interior


- Vou chamar sua atenção...!

E desta vez não me venha com desculpas, por favor...

Vamos começar combinando assim: eu falo e você simplesmente me escuta. E reflita! Afinal, cedo ou tarde, acabaríamos tendo este diálogo.

Agora somos apenas dois... Nós e nossa consciência! Então, primeiramente, gostaria de levantar algumas perguntas bem simples e, por favor, sem rodeios para respondê-las. Vamos lá... Com toda sinceridade, por que nos ignoramos tanto? Por que tememos este contato conosco mesmo, se nós mesmos sabemos que é inevitável? Para que adiar?

Pare! Olhe à nossa volta...

Ah, perdoe-me... Não estamos mais acostumados a observar, não é mesmo?! Mas, insista um pouco mais. Vamos, que juntos conseguiremos!

Olhe... Veja onde estamos agora. Vamos parar por alguns instantes o que estamos fazendo, pois se posso lhe oferecer este breve tempo, nada mais justo do que você me oferecer um pouco de atenção.

Nossa... Quanta coisa ao nosso redor, não é mesmo?! Nem tínhamos notado. Já conquistamos tanto... Veja! Tudo bem que ainda não estamos na (1) posição social que desejamos, mas convenhamos que sempre falta algo, não é mesmo? Ainda bem que não deixamos nada para trás...

Por que o silêncio? Será que pensamos algo errado ou que não devíamos? Não vamos desistir agora só por causa de um apertozinho no coração. O que é isso?! Somos tão fortes!

E, nesse momento, o que acha de voltarmos um pouco no tempo...?

Lembrar das nossas peripécias de criança... Nossa, como aprontávamos! E quando adolescentes, então?... Ah, quanta confusão! E aquela nossa turma do ginasial, lembra? Por onde será que andam, heim?! Quanta saudade que deixamos no armário do tempo, não é mesmo... Éramos tão livres que até o ar parecia mais leve.

Isso porque talvez não nos importássemos tanto com o que queriam que a gente fosse ou porque não tínhamos tanto tempo sobrando para nos preocuparmos com o “molde” que queriam nos encaixar.

MOLDE! Será que isso nos faz lembrar algo? Por que motivo comparar nossa vida com um molde? Afinal, essa expressão “tem mais haver com um modelo do que com a vida”.

Por outro lado, refletindo um pouco mais, será que estamos realmente vivendo dentro de algum molde? Difícil responder... Fomos pegos de surpresa, não é? Então, vamos pensar juntos novamente...

Em algum lugar do nosso passado existiu um momento em que adotamos este molde no qual nos encontramos hoje. Se pararmos para pensar que estamos constantemente mudando, talvez a chave de tudo possa estar aí! Então, para quem ou por que estamos mudando? Esta mudança nos faz mais livres ou nos aprisiona em mais um modelo, um molde?

Quando crianças, queremos ser nossos pais ou algum super-herói; na adolescência, a popularidade é nossa meta; quando adulto, buscamos a conquista de nossos ideais, para que, assim, quando a velhice chegar, possamos desfrutá-la com um pouco mais de tranquilidade. Já parou para pensar em tudo isso?! Quantos moldes, quantas vidas, quantos sonhos!

Mas, será que estamos vivendo e desfrutando o que a vida nos oferece? Será que o molde que estamos usando neste momento não está sendo apertado demais para nós? Meu Deus!... Para onde estamos indo?!

Quem foi que nos disse que nossos sonhos são impossíveis? Quem nos fez acreditar que nosso cabelo não combina com a gente? Quem colocou na nossa cabeça que, para ser feliz, temos que ser um modelo de sedução? Quem nos fez aceitar que o sapato que mais gostamos já não está na moda e que, por isso, seremos bregas se usá-lo? Quando foi a última vez que andamos descalços, sentindo a terra ou a grama entre nossos dedos? Por que nunca mais tomamos um banho de chuva? E aqueles desenhos que amávamos, desde quando deixamos de a eles assistir? Por que acreditamos que, se nos declararmos e dissermos “Eu te Amo”, estaremos entregando os pontos? Por que paramos de comer a raspa do brigadeiro, que fica grudada no fundo daquela panelinha velha, quando estamos diante de outras pessoas? Desde quando começamos a nos ocultar para viver... Desde quando?

Será que é porque crescemos? Será que é porque já não está mais na moda? Será que é porque só fazemos o que todos querem ou o que a revista de etiqueta dita? Será que é porque agora temos mais responsabilidades? Será, será, será...?

E enquanto isso... O tempo não volta!  O que passou, ficou lá atrás... E o que estamos esperando para começar a desfrutar a vida novamente? (2)

Viver é uma arte... É simples! Mas, a realidade, é que exigimos muito da vida e o resultado não poderia ser diferente a não ser este corre-corre descontrolado em busca das utopias. Quase não temos tempo para um olhar, um abraço, um sorriso. Nem paramos mais para conversar... E quando paramos, na maioria das vezes, o assunto acaba desviando para os becos da lamentação infundada ou as observações que não deixamos passar em branco sobre a vida alheia.

As perguntas que faço diante disso é: O que estamos fazendo? Quanto tempo ainda vamos suportar em meio aos nossos próprios (3) tormentos voluntários para entender que a vida segue um ritmo, um pulsar?

Sinta as batidas do coração, ouça o ritmo da vida sempre pulsando dentro de nós, observe os ponteiros de um relógio, sinta o movimento do vento, aprecie um nascer ou um pôr-do-sol, contemple as estrelas, sinta o exalar das plantas... Tudo está em harmonia, é o ritmo da vida!

E o nosso ritmo, como está? Será que estamos nos esquecendo de viver o momento mais precioso que a vida nos oferece? Momento este que a todo instante se torna parte do passado para que, pouco a pouco, vá se somando à nossa coleção de lembranças. Estamos falando do “presente”, o agora, nosso hoje. O próprio nome não poderia ter melhor definição: “PRESENTE”. E realmente é um presente que a vida nos oferece, mas que, infelizmente, estamos ocupados e apressados demais para abri-lo e vivê-lo.

É no presente que devemos viver, porque é somente (4) aqui que iremos realmente aprender, é somente assim que iremos sentir a vida. O que estamos esperando, então?! A situação melhorar? Boa desculpa! Enquanto isso, a vida vai continuar e tudo à nossa volta vai mudar, pois tudo evolui, tudo está em constante (5) progresso.  

Já atingimos por mérito a classe dos “Seres Racionais”, mas muitas vezes agimos na irracionalidade. Somos dotados da capacidade de (6)escolha e a vida está nos convidando para participar de uma linda festa, a qual cabe a nós aceitarmos ou não.

Existem aquelas afirmações que dizem: “na minha época tudo era diferente, por isso éramos mais felizes!” Engraçado, achei que nossa época fosse o agora, já que estamos em constante evolução. A não ser que estejamos vivendo de passado e, mais cedo ou mais tarde, seremos sufocados por ele.

Confie... Vamos viver!

Respire mais... É de graça!

Agradeça... (7)

Agradecer é uma dádiva e nos conecta com Deus e com a Vida!

Lembrem-se: nós nos tornamos aquilo que julgamos ser.

Agora acho que já podemos refletir melhor... Como estamos lidando com nosso molde de Vida?

 

 

Referências para estudo:

(1) E.S.E – Cap.XVI - Item: 7

(2) E.S.E – Cap. V - Item: 18

(3) E.S.E – Cap. V - Item: 4

(4) L.E - Livro II – Cap. IV – Questão: 167

(5) L.E - Livro III – Cap. VIII - Questão: 779

(6) L.E - Livro III – Cap. X - Questão: 843

(7) L.E - Livro III – Cap. II - Questões: 658, 659, 660

(7) E.S.E – Cap.XXVII - Eficácia da Prece.
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita