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O Espiritismo responde
Ano 4 - N° 188 - 12 de Dezembro de 2010
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)


 
 
Um leitor da revista apresenta-nos um interessante questionamento a propósito da mediunidade de inspiração. Considerando-se ele próprio um médium inspirado, sua dificuldade é, segundo diz, separar o que seria anímico, algo dele mesmo, do que lhe advém das entidades desencarnadas. Há condições de fazer com nitidez essa distinção?

Kardec trata do tema – médiuns intuitivos e médiuns inspirados - nos itens 180 e 182 d´O Livro dos Médiuns. De forma resumida, eis o que escreveu o Codificador do Espiritismo:

1. O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento não é seu, apenas lhe atravessa o cérebro. Esse é, precisamente, o papel do médium intuitivo.

2. Se o fato ocorre dessa maneira, dir-se-á, nada prova seja um Espírito estranho quem escreve e não o próprio médium. Efetivamente, a distinção é às vezes difícil de fazer-se, mas pode acontecer que isso pouca importância apresente. É possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser preconcebido, porque nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e por ser, amiúde, contrário à ideia que antecipadamente se formara, podendo mesmo estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium.

3. Todo aquele que tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas ideias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados. Estes formam, pois, uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, uma vez que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido.

4. A espontaneidade é, contudo, o que caracteriza o pensamento deste último gênero. A inspiração nos vem dos Espíritos que nos influenciam para o bem, ou para o mal, mas procede, principalmente, dos que querem o nosso bem e cujos conselhos amiúde cometemos o erro de não seguir.

5. A prova de que a ideia que sobrevém é estranha à pessoa do médium está em que, se tal ideia lhe existia na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizá-la e não haveria razão para que ela não se manifestasse à vontade. Aquele que possui ideias próprias tem-nas sempre à disposição. Se elas não lhes vêm quando quer, é que está obrigado a buscá-las algures, e não no seu intimo.

6. Podem também ser incluídas nesta categoria de médiuns as pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do comum e sem saírem do estado normal, têm relâmpagos de uma lucidez intelectual que lhes dá momentaneamente uma inabitual facilidade de concepção e de elocução e, em certos casos, o pressentimento de coisas futuras.  

Considerando que a principal questão levantada pelo leitor diz respeito à distinção entre o que nos vem pela inspiração e nossas próprias ideias, acrescentamos aos ensinamentos acima a resposta que um conhecido médium deu a essa mesma pergunta:

“De que dispõe o médium psicofônico consciente para distinguir seu pensamento do pensamento da entidade comunicante?

Divaldo Franco – O médium consciente dispõe do bom senso. Eis por que, antes de exercitar a mediunidade deve estudá-la; antes de entregar-se ao ministério da vivência mediúnica é-lhe lícito entender o próprio mecanismo do fenômeno mediúnico. Allan Kardec, aliás, sábio por excelência, teve a inspiração ditosa de primeiro oferecer à Humanidade O Livro dos Espíritos, que é um tratado de filosofia moral. Logo depois, O Livro dos Médiuns, que é um compêndio de metodologia do exercício da faculdade mediúnica. Há de ver-se, no capítulo 3º, que é dedicado ao método, sobre a necessidade de o indivíduo conhecer a função que vai disciplinar. Então o médium tem conhecimento de suas próprias aptidões e de sua capacidade de exercitá-las.

Na mediunidade consciente ou lúcida o fenômeno é, a princípio, 'inspirativo'. Naturalmente os Espíritos se utilizam do nível cultural do médium, o mesmo ocorrendo nas demais expressões mediúnicas: na semiconsciente e na inconsciente ou sonambúlica. O médium, no começo, terá que vencer o constrangimento da dúvida, em cujo período ele não tem maior certeza se a ocorrência parte do seu inconsciente, dos arquivos da memória anterior, ou se provém da indução de natureza extrínseca. Através do exercício, ele adquirirá um conhecimento de tal maneira equilibrado que poderá identificar quando se trata de si próprio – animismo ou de interferência espiritual – mediunismo. Através da lei dos fluidos, pelas sensações que o médium registra, durante a influência que o envolve, passa a identificar qual a entidade que dele se acerca. A partir daí, se oferece numa entrega tranquila, e o Espírito que o conduz inspira-o além da sua própria capacidade dando leveza às suas ideias habituais, oferecendo-lhe a possibilidade de síntese que não lhe é comum, canalizando ideias às quais não está acostumado e que ocorrem somente naquele instante da concentração mediúnica. Só o tempo, porém, pelo exercício continuado, oferecerá a lucidez, a segurança para discernir quando se trata de informação dos seus próprios arquivos ou da interferência dos bons Espíritos.” (Diretrizes de Segurança, questão n. 5.)




 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita