Contrato
assinado
Sabe os
atropelos
próprios de cada
dia? Lembra-se
das doenças e
eventos externos
que supomos nos
agridem? Recorda
os apuros
financeiros,
familiares,
sociais que
todos
enfrentamos?
Pois eles
normalmente
trazem consigo
algumas
aflições,
perturbações e
mesmo dores
físicas e
morais, não é
mesmo? Muitas
vezes nós mesmos
somos causa
deles, por
motivo de nossas
precipitações,
medos, exageros,
imprudências e
outros
descuidos. Mas
eles também
surgem por
iniciativa
alheia, que nos
agridem verbal
ou fisicamente,
e até mesmo sem
qualquer
relacionamento
verbal ou
pessoal...
Pois todas essas
situações
adversas, de
menor ou maior
intensidade,
integram algumas
cláusulas
contratuais de
importante
contrato
assinado, que
ora se cumpre
com sabedoria.
Ocorre que as
adversidades, os
eventos externos
que nós
consideramos nos
agridem, os
atropelos,
enfermidades,
conflitos de
relacionamento,
entre outros
apuros e
situações
difíceis ou
desagradáveis,
longas e muitas
vezes doloridas,
integram o
gigantesco
processo de
aprendizado em
que estamos
inseridos. Seja
como uma prova
de crescimento
ou superação,
seja como
consequência de
atitudes
precipitadas ou
inconsequentes,
ou ainda por
necessidades que
apresentamos. É
fácil raciocinar
sobre isso:
nossa própria
condição
evolutiva, de
precariedade
moral, nos
sujeita a isso,
todavia,
raciocine
comigo.
Imagine que ao
cursar uma
universidade
estamos nos
expondo a todos
os
desdobramentos
que o curso
impõe: provas,
trabalhos,
pesquisas,
estudos muitas
vezes
cansativos,
ansiedades,
expectativas nem
sempre
agradáveis,
conclusão de
curso e seus
aspectos
próprios, além
da colação e
finalmente o
jantar e baile
de formatura.
Assim que
aderimos ao
curso estamos
como que
assinando um
contrato, cujas
cláusulas
determinam os
pré-requisitos
de conclusão do
citado curso. É
como iniciar um
processo para
aquisição da
carteira de
habilitação.
Igualmente nos
sujeitamos,
voluntariamente,
aos
desdobramentos
próprios, que
são provas que
nos habilitarão.
Por outro lado,
nossas opções
equivocadas ou
precipitadas,
nossas escolhas
nem sempre
acertadas são
geradoras de
consequências,
nem sempre
fáceis ou
agradáveis.
Pois é isso.
Estamos todos no
enfrentamento de
provas ou
consequências. E
também, por
sabedoria da
própria vida,
enfrentando
riscos e
situações de
aprendizado que
atendam nossas
carências e
limitações.
A dor, pois, de
qualquer origem,
seja física ou
moral, é
resultado de
contrato
assinado,
aceito,
sugerido,
enviado ou
imposto, por
força de nossas
carências,
limitações,
necessidades de
aprendizado,
como prova ou
consequência de
nossas opções e
decisões. São
cláusulas
contratuais que
nos colocam nas
situações que
mais
necessitamos
para amadurecer.
Assim é que
vivemos em
lugares,
situações e com
pessoas que nos
ensinam a viver,
embora as
consideremos
ofensoras,
malcriadas,
agressivas. Na
verdade, são
nossos
autênticos
professores, os
que nos colocam
nos trilhos da
educação e da
disciplina.
Por que
reclamamos
agora? Trata-se
de aprendizado
que nos
amadurece.
Quando foi
assinado? Ah!
Trouxemos na
bagagem...