– Como é que se pode
entender o crescimento
acentuado do Espiritismo
no mundo e
particularmente aqui no
Brasil? O que tem levado
a esta situação?
Raul Teixeira: Nós
temos, historicamente, o
povo acostumado às
religiões tradicionais,
respeitáveis,
respeitosas, mas que já
não vinham respondendo a
essa ansiedade das
criaturas de terem
respostas para as suas
vidas, e o objetivo
fundamental do
Espiritismo é exatamente
dar respostas que sejam
justificativas
racionais, que sejam
inteligíveis ao homem
simples ou ao homem mais
ilustrado. E o
Espiritismo tem uma
peculiaridade: não
inventa, não arranja
escusa em nome de Deus,
propõe-nos reflexões de
ciência, de filosofia e
também da área da fé
religiosa, permitindo ao
homem de cultura
acadêmica refletir,
pensar, permitindo à
pessoa minimamente
aculturada também
exercitar seu
pensamento.
Ao invés de nos dar
respostas prontas, o
Espiritismo nos leva a
pensar, a raciocinar e
verificar que nós somos
responsáveis por nós
próprios, como disse
Jesus Cristo há 2000
anos – “a cada um será
dado segundo suas obras”
– e a partir daí, o
Espiritismo vem
ganhando, nesta
logicidade de respostas
e nesse bom senso das
respostas, o
entendimento de grandes
massas de criaturas.
Tanto no Brasil quanto
fora do Brasil temos
visto muito
gradativamente, mas
persistentemente, o
movimento espírita
ganhando espaço nas
diversas comunidades.
Temos tido ensejo de
levar a mensagem
espírita a
universidades, a lojas
maçônicas, a quartéis
militares, a escolas de
nível médio, a casas de
cultura em variadas
partes do Brasil e isso
então reflete o
interesse que as classes
sociais de sindicatos e
outras instituições vêm
tendo pelo Espiritismo,
o que para nós é muito
significativo.
Extraído de entrevista à
Rádio Transamérica, de
São Miguel do Oeste
(SC). Fonte:
http://www.garanhunsespirita.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=714
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