Aprendendo
com Léon
Denis
Estágios
Parte II
Quando
as Almas
escapam
das
demoradas
e
obscuras
preparações
da
matéria,
é para
prosseguirem
a sua
ascensão
magnífica
nas
etapas
da Luz
“Nascer,
morrer,
renascer
ainda,Progredir
sempre,
tal é a
Lei.”
- Allan
Kardec.
Em seus
amplos
raciocínios,
Léon
Denis
aprofunda
a sonda
da
investigação
no
“modus-operandi”
da
evolução,
e o faz
nos
seguintes
termos:
“Emergir
grau a
grau do
abismo
da vida
para
tornar-se
Espírito,
gênio
superior,
e isto
por seus
próprios
méritos
e
esforços,
conquistar
o futuro
hora a
hora,
ir-se
libertando
dia-a-dia
um pouco
mais da
ganga
das
paixões,
libertar-se
das
sugestões
do
egoísmo,
da
preguiça,
do
desânimo,
resgatar-se
pouco a
pouco de
suas
limitações,
ajudando
os seus
semelhantes
a se
resgatarem
por sua
vez,
arrastando
todo o
meio
humano
para um
estado
superior,
tal é o
papel
atribuído
a cada
Alma.
Para
desempenhá-lo,
tem ela
à sua
disposição
toda a
série de
existências
inumeráveis
na
escala
magnífica
dos
mundos.
(...)
Não é
consolador
e belo
poder
dizer:
Sou uma
inteligência
e uma
vontade
livres;
a mim
mesmo me
fiz,
inconscientemente
através
das
idades;
edifiquei
lentamente
minha
individualidade
e
liberdade,
e agora
conheço
a
grandeza
e a
força
que há
em
mim.
Amparar-me-ei
nelas;
não
deixarei
que uma
simples
dúvida
as
empane
por um
instante
sequer
e,
fazendo
uso
delas
com o
auxílio
de Deus
e de
meus
irmãos
do
Espaço,
elevar-me-ei
acima de
todas as
dificuldades;
vencerei
o mal
que
ainda
vige em
mim;
desapegar-me-ei
de tudo
o que me
acorrenta
às
coisas
grosseiras
para
levantar
o voo
para os
mundos
felizes!...
Vejo
claramente
o
caminho
que se
desenrola
e que
tenho de
percorrer.
Este
caminho
atravessa
a
extensão
ilimitada
e não
tem fim;
mas,
para
guiar-me
na
Estrada
Infinita,
tenho um
guia
seguro:
a
compreensão
da lei
de vida,
progresso
e amor
que rege
todas as
coisas.
Aprendi
a
conhecer-me,
a crer
em mim e
em Deus.
Possuo,
pois, a
chave de
toda
elevação
e, na
vida
imensa
que
tenho
diante
de mim,
conservar-me-ei
firme,
inabalável
na
vontade
de
enobrecer-me
e
elevar-me,
cada vez
mais;
atrairei,
com o
auxílio
de minha
inteligência,
que é
filha de
Deus,
todas as
riquezas
morais e
participarei
de todas
as
maravilhas
do
Cosmo.
Caminhar
sempre
para
frente,
de cada
vez mais
conhecimento,
mais
vida,
vida
divina!...
E com
ela
conquistarei
a
plenitude
da
existência,
construirei
para mim
uma
personalidade
melhor,
mais
radiosa
e
amante.
Saí para
sempre
do
estado
inferior
do ser
ignorante,
inconsciente
de seu
valor e
poder;
afirmo-me
na
independência
e
dignidade
de minha
consciência
e
estendo
a mão a
todos os
meus
irmãos,
dizendo-lhes:
Despertai
de vosso
pesado
sono;
rasgai o
véu
material
que vos
envolve,
aprendei
a
conhecer-vos,
a
conhecer
as
potências
de vossa
Alma e
utilizá-las.
Todas as
vozes da
Natureza,
todas as
vozes do
Espaço
vos
bradam:
‘Levantai-vos
e
marchai!
Apressai-vos
para a
conquista
dos
vossos
destinos’.
A todos
vós que
vergais
ao peso
da vida,
que,
julgando-vos
sós e
fracos,
vos
entregais
à
tristeza,
ao
desespero
ou que
aspirais
ao nada,
venho
dizer:
O nada
não
existe;
a morte
é um
novo
nascimento,
um
encaminhar
para
novas
tarefas,
novos
trabalhos,
novas
colheitas;
a vida é
uma
comunhão
universal
e eterna
que liga
Deus aos
Seus
filhos.
Quando
as Almas
escapam
das
demoradas
e
obscuras
preparações
da
matéria,
é para
prosseguirem
a sua
ascensão
magnífica
nas
etapas
da
Luz.
O
destino
da Alma,
em sua
evolução,
é
atingir
e
realizar
em si e
em volta
de si,
através
dos
tempos e
das
estações
ascendentes
do
Universo,
pelo
desabrochar
das
potências
que
possui
em
gérmen,
esta
noção
eterna
do Belo
e do
Bem, que
exprime
a ideia
de Deus,
a
própria
ideia da
perfeição.
Da lei
da
ascensão,
bem
entendida,
deriva a
explicação
de todos
os
problemas
do ser:
a
evolução
da Alma,
que
recebe,
primeiramente,
pela
transmissão
atávica,
todas as
suas
qualidades
ancestrais,
depois
as
desenvolve
por sua
ação
própria,
para lhe
acrescentar
novas
qualidades;
a
liberdade
relativa
do ser
relativo
no Ser
Absoluto;
a
formação
lenta da
consciência
humana
através
dos
séculos
e seus
desenvolvimentos
sucessivos
nos
infinitos
do
porvir;
a
unidade
de
essência
e a
solidariedade
eterna
das
Almas,
em
marcha
para a
conquista
dos
Altos
Cimos”.
Concluímos,
naturalmente,
que todo
o
raciocínio
de Léon
Denis
tem por
base a
reencarnação.
Sem ela,
como
conseguiríamos
(a não
ser pela
graça, o
que
seria
injusto)
sair do
estado
de
simplicidade
e
ignorância
que
fomos
criados
para as
cumeadas
da
sabedoria
e
amor?!...
Não é
por
outro
motivo
que
Allan
Kardec
ensina
que a
reencarnação
“(...)
surge
como de
necessidade
absoluta,
como
condição
inerente
à
Humanidade;
numa
palavra:
como Lei
da
Natureza.
Pelos
seus
resultados,
ela se
evidencia
da mesma
forma
que o
motor
oculto
se
revela
pelo
movimento.
Só ela
pode
dizer ao
homem
donde
ele vem,
por que
está na
Terra,
para
onde
vai, e
justificar
todas as
anomalias
e todas
as
aparentes
injustiças
que a
vida
apresenta.
Na
infância
da
Humanidade,
o homem
só
aplica a
inteligência
à cata
do
alimento,
dos
meios de
se
preservar
das
intempéries
e de se
defender
dos seus
inimigos.
Deus,
porém,
lhe deu
a mais
do que
outorgou
ao
animal,
isto é,
o desejo
incessante
do
melhor,
e é esse
desejo
que o
impele à
pesquisa
dos
meios de
melhorar
a sua
posição,
que o
leva às
descobertas,
às
invenções,
ao
aperfeiçoamento
da
Ciência
que lhe
proporciona
o que
lhe faz
falta.
Pelas
suas
pesquisas,
a
inteligência
se
engrandece,
o moral
se lhe
depura.
Às
necessidades
do corpo
sucedem
as do
Espírito:
depois
do
alimento
material,
precisa
ele do
alimento
espiritual.
É assim
que o
homem
passa da
selvageria
à
civilização.
Mas bem
pouca
coisa é,
imperceptível
mesmo,
em
grande
número
deles, o
progresso
que cada
um
realiza
individualmente
no curso
da vida.
Como
poderia,
então,
progredir
a
Humanidade,
sem a
preexistência
e a
reexistência
da Alma?
Se as
Almas
fossem
todos os
dias
embora
para não
mais
voltarem,
a
Humanidade
se
renovaria
incessantemente
com os
elementos
primitivos,
tendo de
fazer
tudo de
novo, de
aprender
tudo.
Não
haveria,
nesse
caso,
razão
para que
o homem
se
achasse
hoje
mais
adiantado
do que
nas
primeiras
idades
do
mundo,
uma vez
que a
cada
nascimento
todo o
trabalho
intelectual
teria de
recomeçar.
Ao
contrário,
voltando
com o
progresso
que já
realizou
e
adquirindo,
de cada
vez,
alguma
coisa a
mais, a
Alma
passa
gradualmente
da
barbárie
à
civilização
e desta
à
Civilização
Moral".
- KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. IV, item 17.