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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 188 - 12 de Dezembro de 2010

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
 

Aprendendo com Léon Denis 

Estágios 

Parte II 

Quando as Almas escapam das demoradas e obscuras preparações
 da matéria, é para prosseguirem a sua ascensão
magnífica nas etapas da Luz

 “Nascer, morrer, renascer ainda,Progredir sempre, tal é a Lei.” - Allan Kardec.

 

Em seus amplos raciocínios, Léon Denis aprofunda a sonda da investigação no “modus-operandi” da evolução, e o faz nos seguintes termos[1]:

“Emergir grau a grau do abismo da vida para tornar-se Espírito, gênio superior, e isto por seus próprios méritos e esforços, conquistar o futuro hora a hora, ir-se libertando dia-a-dia um pouco mais da ganga das paixões, libertar-se das sugestões do egoísmo, da preguiça, do desânimo, resgatar-se pouco a pouco de suas limitações, ajudando os seus semelhantes a se resgatarem por sua vez, arrastando todo o meio humano para um estado superior, tal é o papel atribuído a cada Alma. Para desempenhá-lo, tem ela à sua disposição toda a série de existências inumeráveis na escala magnífica dos mundos.

(...) Não é consolador e belo poder dizer: Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade, e agora conheço a grandeza e a força que há em mim.   Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do Espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal que ainda vige em mim; desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o voo para os mundos felizes!...

Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Este caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na Estrada Infinita, tenho um guia seguro: a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas. Aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo. Caminhar sempre para frente, de cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!... E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo-lhes:

Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa Alma e utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do Espaço vos bradam: ‘Levantai-vos e marchai! Apressai-vos para a conquista dos vossos destinos’.

A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero ou que aspirais ao nada, venho dizer:  

O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus aos Seus filhos. Quando as Almas escapam das demoradas e obscuras preparações da matéria, é para prosseguirem a sua ascensão magnífica nas etapas da Luz.   

O destino da Alma, em sua evolução, é atingir e realizar em si e em volta de si, através dos tempos e das estações ascendentes do Universo, pelo desabrochar das potências que possui em gérmen, esta noção eterna do Belo e do Bem, que exprime a ideia de Deus, a própria ideia da perfeição.

Da lei da ascensão, bem entendida, deriva a explicação de todos os problemas do ser: a evolução da Alma, que recebe, primeiramente, pela transmissão atávica, todas as suas qualidades ancestrais, depois as desenvolve por sua ação própria, para lhe acrescentar novas qualidades; a liberdade relativa do ser relativo no Ser Absoluto; a formação lenta da consciência humana através dos séculos e seus desenvolvimentos sucessivos nos infinitos do porvir; a unidade de essência e a solidariedade eterna das Almas, em marcha para a conquista dos Altos Cimos”.

Concluímos, naturalmente, que todo o raciocínio de Léon Denis tem por base a reencarnação.  Sem ela, como conseguiríamos (a não ser pela graça, o que seria injusto) sair do estado de simplicidade e ignorância que fomos criados para as cumeadas da sabedoria e amor?!...

Não é por outro motivo que Allan Kardec ensina[2] que a reencarnação “(...) surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à Humanidade; numa palavra: como Lei da Natureza. Pelos seus resultados, ela se evidencia da mesma forma que o motor oculto se revela pelo movimento. Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, por que está na Terra, para onde vai, e justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida apresenta.

Na infância da Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de se defender dos seus inimigos. Deus, porém, lhe deu a mais do que outorgou ao animal, isto é, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua posição, que o leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento da Ciência que lhe proporciona o que lhe faz falta. Pelas suas pesquisas, a inteligência se engrandece, o moral se lhe depura.   Às necessidades do corpo sucedem as do Espírito: depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual. É assim que o homem passa da selvageria à civilização.

Mas bem pouca coisa é, imperceptível mesmo, em grande número deles, o progresso que cada um realiza individualmente no curso da vida. Como poderia, então, progredir a Humanidade, sem a preexistência e a reexistência da Alma? Se as Almas fossem todos os dias embora para não mais voltarem, a Humanidade se renovaria incessantemente com os elementos primitivos, tendo de fazer tudo de novo, de aprender tudo. Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se achasse hoje mais adiantado do que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a cada nascimento todo o trabalho intelectual teria de recomeçar. Ao contrário, voltando com o progresso que já realizou e adquirindo, de cada vez, alguma coisa a mais, a Alma passa gradualmente da barbárie à civilização e desta à Civilização Moral".                                                             

 


[1] - DENIS, Léon. O Problema do Ser do Destino e da Dor. Rio [de Janeiro]: FEB, 2008.

[2] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. IV, item 17.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita