O Simpósio
Catarinense
sobre
Mediunidade
reverencia os
150 anos de O
Livro dos
Médiuns
No dia 8 de
janeiro, no
Centreventos de
Itajaí/SC,
foi realizado o
Simpósio
Catarinense
sobre
Mediunidade
que homenageou
os 150 anos de
lançamento de
O Livro dos
Médiuns,
ocorrido em 15
de janeiro de
1861. O evento
foi realizado
pela Federação
Espírita
Catarinense e
pelo 13º
Conselho
Regional
Espírita, com
apoio da
Prefeitura de
Itajaí/SC e do
6º e 7º
Conselhos
Regionais
Espíritas.
O público foi
estimado em
cerca de 2.000
pessoas. Estavam
representados 76
municípios
catarinenses.
Além dos
catarinenses,
estiveram
presentes no
Simpósio
delegações de
Mato Grosso,
Mato Grosso do
Sul, Paraná,
Pernambuco, Rio
Grande do Sul e
São Paulo, bem
como de
Argentina,
Estados Unidos
da América,
Paraguai, Porto
Rico, Reino
Unido e Uruguai.
O Simpósio
sobre
Mediunidade
foi aberto com
uma bela
apresentação
artística do
Núcleo Espírita
de Artes. Os
presentes
estavam
envolvidos em
clima de
fraternidade e
harmonia. Os
expositores, em
ordem
alfabética,
foram: Antônio Cesar Perri de
Carvalho, da
Federação
Espírita
Brasileira – FEB; Divaldo
Pereira Franco,
da Bahia; José
Raul Teixeira,
do Rio de
Janeiro; Marta
Antunes Moura,
da FEB; Sandra
Della Pola, do
Rio Grande do
Sul, e Suely
Caldas Schubert,
de Minas Gerais.
O Livro dos
Médiuns, 150
anos de
Pioneirismo
Científico
foi o primeiro
tema apresentado
por Divaldo
Franco.
Em uma análise
antropológica, Divaldo
discorreu sobre
a mediunidade na
história da
humanidade, a
sobrevivência do
Espírito e a
reencarnação; os
ensinos de Jesus
e as
manifestações
dos Espíritos
naquele tempo e
os fatos
mediúnicos que
antecederam a
codificação da
Doutrina
Espírita. O
trabalho
primoroso de
Allan Kardec que
resultou no
lançamento de
O Livro dos
Médiuns em
15 de janeiro de
1861; as
investigações
científicas
realizadas por
brilhantes
homens que
comprovaram a
sobrevivência e
a
comunicabilidade
dos Espíritos, e
a mediunidade de
Francisco
Cândido Xavier
foram
magistralmente
abordados pelo
tribuno baiano,
que enalteceu o
grandioso
trabalho
realizado por
Allan Kardec.
Divaldo encerrou
agradecendo a
Allan Kardec e
aos Guias da
Humanidade pelo
excepcional
trabalho que
apresentaram.
A prática
espírita deve
ser iniciada por
meio do
estudo
sério da
Doutrina
Espírita
Antônio Cesar
Perri de
Carvalho
apresentou o
tema
Dialogando com
Allan Kardec.
O conceito de
médium, a
utilização da
mediunidade em
suas diversas
fases e tipos, a
controvertida
identificação
dos Espíritos
comunicantes, as
vidas
anteriores, as
existências e
revelações
futuras, os
Espíritos
mistificadores,
o orgulho que
provoca grandes
dificuldades
para os médiuns
foram alguns dos
assuntos de sua
exposição. Cesar
Perri enalteceu
que toda a
prática espírita
deve ser
iniciada pelo
conhecimento
adquirido por
meio do estudo
sério da
Doutrina
Espírita.
Igualmente
apresentou
conceitos sobre
as reuniões de
estudos e
mediúnicas, as
Sociedades
Espíritas e os
antagonismos.
Encerrou tecendo
considerações
sobre as
finalidades da
faculdade
mediúnica.
Sandra Della
Pola discorreu
sobre a
Estrutura
Didática de O
Livro dos
Médiuns.
Iniciou sua
temática
apresentando
sucintamente as
fases doEspiritismo e a
escala espírita.
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Abertura do Simpósio |
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Suely Caldas Schubert |
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Divaldo Franco |
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José Raul Teixeira |
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Marta Antunes Moura |
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Sandra Della Pola |
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Momento de autógrafos |
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Equipe de trabalho |
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Disse que O
Livro dos
Médiuns foi
o resultado de
um estudo
consciencioso e
da vivência de
Allan Kardec na
Sociedade
Parisiense de
Estudos
Espíritas.
Lembrou que essa
obra é o guia, o
manual que deve
ser estudado em
profundidade.
Apresentou
didaticamente os
diversos
capítulos,
aprofundando-os
com
esclarecimentos
judiciosos,
permitindo um
entendimento
mais abrangente
sobre esta
magnífica obra
que está
completando 150
anos de seu lançamento. |
Manifestações
Mediúnicas e o
Espiritismo
foi o tema
exposto por José
Raul Teixeira.
Com a
apresentação de
diversos dados
históricos, Raul
Teixeira, levou
o público a
fazer um passeio
pelas
ocorrências
mediúnicas em
todas as épocas
da Humanidade e
em todos os
quadrantes do
planeta.
Discorreu sobre
médiuns e
mediunidades, as
influências dos
Espíritos, o
conhecimento
sobre a
imortalidade, a
faculdade
mediúnica, a
responsabilidade
do medianeiro, a
necessidade de o
médium
trabalhar-se
intimamente
adquirindo
moralidade e,
por fim, a
importância da
análise que o
médium deve
realizar sobre
suas faculdades
mediúnicas.
Marta Antunes
Moura foi a
expositora da
temática
Mecanismos da
Mediunidade.
A respeito do
transe
mediúnico,
abordou a
questão de sua
intensidade,
discorrendo
sobre o transe
superficial, o
parcial e o
profundo, a ação
do perispírito e
a mente.
Os médiuns são
alunos de Jesus,
e os Espíritos
que se comunicam
dão lições de
vida
Com relação às
etapas do transe
mediúnico,
explicou como
acontecem a
indução, o
transe
propriamente
dito e a
manifestação do
Espírito. O
papel do
perispírito e a
ação da mente,
as irradiações
energéticas do
Espírito
comunicante e do
médium, o
estabelecimento
da sintonia e a
ligação mental,
a glândula
pineal, que
exerce um papel
fundamental no
intercâmbio
mediúnico, foram
pontos bem
explorados e
elucidados.
Raul Teixeira em
mais uma
intervenção no
Simpósio
Catarinense
sobre
Mediunidade
abordou o tema
Dos Médiuns.
O expositor de
Niterói/RJ
apresentou
reflexões sobre
o capítulo XV de
O Livro dos
Médiuns,
detendo-se um
pouco mais para
analisar a
questão 159,
contida no
capítulo XIV.
Com lucidez
tratou das
questões sobre
mistificações,
as
influenciações,
as ramificações
energéticas nas
malhas
neurológicas,
informou que o
registro
mediúnico se dá
no nível
psíquico, mas a
exteriorização
necessita do
corpo físico.
Sintetizou
dizendo que os
médiuns são
alunos de Jesus,
e os Espíritos
que se comunicam
dão lições de
vida. Tratou dos
cuidados que o
médium deve ter
com relação à
atividade
mediúnica e a
utilização da
mediunidade,
lembrando que o
médium é, tomado
individualmente,
de pouca
importância para
a
espiritualidade.
Da Natureza das
Comunicações
foi o segundo
tema da
expositora Marta
Antunes Moura.
Nessa
oportunidade a
expositora da
FEB destacou a
ação dos
Espíritos sobre
o plano físico.
Essa ação pode
ser sutil ou de
efeitos
patentes,
benéfica ou
perturbadora,
tanto no plano
físico quanto no
espiritual. Os
efeitos
produzidos pelos
Espíritos podem
ser físicos ou
inteligentes,
acrescentou a
expositora.
Marta Antunes
frisou que a
bondade e a
benevolência são
atributos
essenciais dos
Espíritos
depurados e que
a linguagem, os
pontos fracos,
as paixões, o
grau de
moralidade, a
capacidade
intelectual e as
animosidades,
entre outros
fatores, são
fontes para a
identificação do
grau evolutivo
dos Espíritos.
Marta apoiou-se
no cap. XXIV de
O Livros dos
Médiuns; em
O Consolador,
de
Emmanuel/Chico
Xavier, e na
1ª Epistola aos
Coríntios (12:7),
de Paulo de
Tarso, entre
outras fontes.
O acesso dos
maus Espíritos
aos médiuns se
dá pelas
imperfeições que
estes apresentem
Sandra Della
Pola, retornando
à tribuna,
abordou o tema
Da Influência
Moral dos
Médiuns. A
expositora
sintetizou de
forma clara e
abrangente o
cap. XX de O
Livro dos
Médiuns, que
para Sandra é
uma tese de
ciência.
Destacou a
assertiva do
Espírito
Erasto nesse
mesmo cap. XX,
que diz: ...
Melhor é repelir
dez verdades do
que admitir uma
única falsidade,
uma só teoria
errônea.
Tratou sobre as
relações entre o
desenvolvimento
da mediunidade e
o
desenvolvimento
moral do
medianeiro. Com
relação às
imperfeições
morais, frisou
que o orgulho –
que a
criatura menos
confessa a si
mesma,
conforme
comentário de
Allan Kardec – é
dentre elas a
mais perniciosa
e mais difícil
de a criatura
admitir. O
acesso dos maus
Espíritos aos
médiuns se dá
pelas
imperfeições de
que o médium
ainda é
possuidor, as
quais são como
portas abertas
para as
influências
perniciosas,
sintetizou
Sandra Della
Pola, encerrando
sua
participação.
Suely Caldas
Schubert
inicialmente
abordou o tema
Tipos de
Obsessão. Em
linhas gerais
destacou pontos
do cap. XXIII de
O Livro dos
Médiuns,
elucidando-os
através das
informações de
Marcos (5:9), de
Manoel Philomeno
de Miranda, no
prefácio do
livro
Obsessão/Desobsessão
de autoria da
expositora.
Igualmente
apoiou-se nas
obras Nos
Bastidores da
Obsessão de
Manoel Philomeno
de
Miranda/Divaldo
Pereira Franco;
A Gênese,
cap. XIV, item
45 de Allan
Kardec; Dias
Gloriosos,
de Joanna de
Ângelis/Divaldo
Franco, e nas
informações de
Bezerra de
Menezes em
Dramas da
Obsessão, de
Yvonne do Amaral
Pereira.
Salientou os
tipos de
obsessão
classificados
por Allan
Kardec,
desdobrando cada
um deles, bem
como o processo
obsessivo.
Destacou a
sentença de
Manoel Philomeno
de Miranda
contida no livro
Nos
Bastidores da
Obsessão,
que diz: O
ódio é o amor
que enlouqueceu.
O segundo tema
desenvolvido por
Suely foi
Meios de
Combater a
Obsessão.
Iniciou sua
abordagem com
base no cap. 6,
Terapia
desobsessiva, do
livro
Reencontro com a
Vida, de
Manoel Philomeno
de
Miranda/Divaldo
Pereira Franco,
apresentando
condutas a serem
adotadas. Para o
atendimento ao
obsessor, Suely
buscou apoio no
livro
Tormentos da
Obsessão, de
Manoel Philomeno
de
Miranda/Divaldo
Pereira Franco,
no qual
Eurípedes
Barsanulfo
apresenta
judiciosas
orientações para
esse atendimento
especializado.
Suely destacou
os recursos
espíritas para o
tratamento das
obsessões,
inclusive os
enunciados por
Emmanuel no cap.
175 do livro
Pão Nosso,
de Francisco
Cândido Xavier.
Finalizou o seu
trabalho
apresentando o
tema
Amorterapia,
uma coletânea de
frases de Joanna
de Ângelis,
psicografadas
por Divaldo
Pereira Franco.
A mediunidade
com Jesus deve
estar alicerçada
no bem, no amor
a si e ao
próximo
A mediunidade a
Serviço de Jesus
foi o tema da
conferência de
encerramento do
Simpósio
Catarinense
sobre
Mediunidade,
proferida por
Divaldo Pereira
Franco, que fez
um pequeno
histórico sobre
fatos mediúnicos
ocorridos com
Dante Alighieri,
notadamente com
relação à sua
obra A Divina
Comédia, as
transcomunicações
instrumentais,
os fatos
protagonizados
pelo Papa Paulo
VI, o anúncio do
Papa João Paulo
II de que as
comunicações com
os desencarnados
são uma
realidade e as
investigações
sobre as
materializações
realizadas pelo
físico e químico
William Crookes.
A mediunidade
está no campo
das
investigações,
afirmou.
Apresentou a
história da
investigação
sobre muitos
médiuns que
foram submetidos
a estudos
aprofundados nos
quais foi
constatada a
veracidade
dessas
faculdades
mediúnicas. A
mediunidade de
Eurípedes
Barsanulfo foi
destacada,
lembrando que o
médium, além de
outros fatos
marcantes na
área da
mediunidade e da
caridade, anotou
no calendário o
dia e a hora em
que iria
desencarnar – 2
de novembro de
1918, às 10
horas.
A modesta
costureira
Yvonne do Amaral
Pereira, médium
de escol, foi
apresentada como
modelo, não só
pela mediunidade
de que era
possuidora, mas
também pelas
suas duras
experiências com
a mediunidade e
a prática da
caridade.
Destaque igual
foi dado para a
médium Zilda
Gama com sua
obra e seu
trabalho no
campo do bem,
com abnegação e
amor. Eurípedes,
Yvonne e Zilda
foram
apresentados
como médiuns de
e com Jesus.
Divaldo
apresentou
aspectos da vida
de Francisco de
Assis,
destacando seu
trabalho em prol
da caridade, sua
abnegação, seu
amor ao próximo
e à natureza,
sua
autoiluminação,
suas afligentes
dores. Foi ele
um testemunho de
serviço ao
Cristo.
A mediunidade
com Jesus deve
estar alicerçada
no bem, no amor
a si e ao
próximo, na
prática da
caridade
incondicional e
em amar
principalmente,
sob qualquer
circunstância,
os
perseguidores,
eis as
orientações
finais
oferecidas por
Divaldo Franco,
que concluiu a
conferência com
a Prece da
Gratidão.
Todos os
conferencistas
que participaram
do Simpósio
Catarinense
sobre
Mediunidade
foram
efusivamente
aplaudidos, em
um preito de
gratidão
oferecido pelo
público, que se
manteve, durante
todo o dia 8 de
janeiro de 2011,
em permanente
atenção,
retribuindo e
reconhecendo os
esclarecimentos
que foram ali
apresentados.
As fotos que
ilustram esta
reportagem são
de autoria de
Jorge Moehlecke,
de Novo
Hamburgo-RS.
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