Consumo coerente
Novamente chegou
o final do ano e
com ele, como
sempre, um apelo
mais intenso ao
consumo.
Natural,
portanto, pela
própria injeção
de recursos na
economia –
leia-se décimo
terceiro – e
demais
circunstâncias
especiais, que
os magos do
marketing
abordem com mais
veemência os
consumidores.
(1)
Vendedores a
postos; vitrines
repletas de
novidades, lojas
bem adornadas e
comerciais
mostrando
maravilhas
tecnológicas
intentam fisgar
alguns tostões
dos potenciais
compradores.
Entretanto é
importante, não
apenas para a
economia global,
mas sobretudo
para a economia
doméstica, que o
cidadão não se
deixe cair no
canto da sereia
consumista, ou
seja, no gastar
pelo gastar e no
comprar
desmedido,
compulsivo, que
não raro traz
insônia com
aquelas infindáveis
prestações
adquiridas no
entusiasmo do
papo com o
vendedor, sem
maiores
reflexões sobre
as suas consequências no
orçamento da
família.
Por isso
aborda-se neste
singelo texto a
importância do
consumo
coerente, até
porque,
por óbvias
razões, consumir
faz parte da
vida de todos,
sem exceção.
Mas o que é
consumo
coerente?
Pode-se
defini-lo como o
consumo que
aproveita os
benefícios
proporcionados
pelos produtos e
serviços
oferecidos pelo
mundo
contemporâneo, livres,
contudo, dos
prejudiciais
excessos, além
de,
naturalmente,
alinhar-se à
capacidade de
compra. Ou seja,
o indivíduo que
exercita o
consumo coerente
não gasta além
do que ganha.
E quem não
pratica o
consumo coerente
e extrapola nas
compras de final
de ano
esquecendo-se de
que inúmeras
despesas
literalmente
despejam-se no
orçamento
familiar em
janeiro,
certamente
adquire uma
enorme dor de
cabeça.
Para não
adquirir essa
indesejável dor
de cabeça e não
ver o nome
chafurdar-se na
inadimplência é
imperioso em
primeira
instância domar
os impulsos que
impelem à
irreflexão, no
tema comentado,
a compulsão
pelas compras.
Impulsos domados
e a
racionalidade
funcionando,
parte-se para a
utilização de
algumas
ferramentas
simples, porém
de grande
utilidade e
frequentemente
desprezadas
pelas pessoas.
Inicia-se,
portanto, o
trabalho de
orçamento
familiar para a
organização, ou então,
reorganização
das finanças.
Escreve-se num
papel ou
planilha as
receitas,
despesas e
reservas:
Receitas: são as
finanças –
salários,
comissões,
gratificações...
Despesas: contas
de água, luz,
aluguel,
higiene,
educação, saúde,
lazer...
Reservas: o que
conseguimos
poupar.
E quando
despesas estão
maiores que as
receitas, o que
fazer?
Só há uma
maneira de sanar
este problema:
cortar gastos
extras – menos
tempo no banho,
economizar o
tempo no banho,
diminuir o
número de carnês
com prestações e
etc.
Domando os
impulsos
consumistas e
trabalhando com
as ferramentas
do orçamento
familiar,
disciplinaremos
nossa vida e
evitaremos dores
e dissabores
além da habitual
insônia que
acomete aqueles
que exageram nas
compras de final
de ano.
(1)
Este artigo foi
escrito no final
de dezembro de
2010.