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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 197 - 20 de Fevereiro de 2011

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 36)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. No caso da psicometria, todos os objetos podem ser o ponto de partida para um contato espiritual?

Em princípio, sim. Segundo Aulus, cada ob­jeto pode ser um mediador para entrarmos em relação com as pessoas que por ele se interessam e, ainda, um registro de fatos da natureza. "Quando se nos apura a sensibilidade de maneira mais inten­siva – explicou o instrutor –, em simples objetos relegados ao abandono podemos surpreender expressivos traços das pessoas que os retiveram ou dos sucessos de que foram testemunhas, através das vibrações que eles guardam consigo." "As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida." A situação torna-se diferente quando o objeto se acha esquecido pelo autor e por aqueles que o possuíram. Nesse caso, por não apresentar qualquer sinal de moldura fluídica, ele não funcio­nará como "mediador de relações espirituais". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 26, pp. 245 e 246.)

B. Têm fundamento as histórias sobre joias enfeitiçadas?

Falando sobre o assunto, Aulus diz que a influência não procede das joias, mas sim das forças que as acompanham. Em seguida, reportando-se ao caso de um espelho que atraía a atenção de uma jovem desencarnada, Hilário perguntou o que aconteceria se alguém adquirisse o es­pelho e o levasse consigo. "Decerto – informou Aulus – arcaria também com a presença da moça desencarnada." Isso seria justo? A esta per­gunta, Aulus disse que a vida nunca se engana e que seria mesmo provável que alguém ali aparecesse e se extasiasse à frente do objeto, disputando-lhe a posse. Quem seria essa pessoa? "O moço que empenhou a palavra, provocando a fixação mental dessa pobre criatura, ou a mulher que o afastou dos compromissos assumidos", res­pondeu o instrutor. "Reencarnados, hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui, tomando-a por filha ou companheira, no resgate do débito contraído." (Obra citada, cap. 26, pp. 247 a 249.)

C. Que acontece a quem foge ao trabalho sacrificial?

Segundo Aulus, quem foge ao tra­balho sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda. O Espí­rito pode confiar-se à inação, mobilizando delituosamente a vontade, contudo lá vem um dia a tormenta, compelindo-o a agitar-se e a mover-se para entender os impositivos do progresso com mais segurança. Não adianta fugir da eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia. (Obra citada, cap. 27, pp. 253 a 255.)

Texto para leitura

113. A história do espelho - Na sequência, Aulus informou que cada ob­jeto pode ser um mediador para entrarmos em relação com as pessoas que por ele se interessam e, ainda, um registro de fatos da natureza. A pró­pria história da matéria que lhe serviu à formação pode ser, assim, conhecida. "Quando se nos apura a sensibilidade de maneira mais inten­siva – explicou o instrutor –, em simples objetos relegados ao aban­dono podemos surpreender expressivos traços das pessoas que os retive­ram ou dos sucessos de que foram testemunhas, através das vibrações que eles guardam consigo." "As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida." A situação torna-se diferente quando o objeto se acha esquecido pelo autor e por aqueles que o possuíram. Nesse caso, por não apresentar qualquer sinal de moldura fluídica, ele não funcio­nará como "mediador de relações espirituais"... Mais além, dois cava­lheiros e três damas admiravam singular espelho, junto do qual se man­tinha uma jovem desencarnada com expressão de grande tristeza. Logo que uma das senhoras elogiou a beleza da moldura, a jovem, como senti­nela irritada, aproximou-se tateando-lhe os ombros. A mulher tremeu, sob inesperado calafrio, e falou aos companheiros: "Aqui há um es­tranho sopro de câmara funerária. É melhor que saiamos..." A enti­dade, que não percebeu a aproximação de André e seus amigos, pareceu contente com a solidão e passou a contemplar o espelho, sob estranha fascinação. Aulus comentou que a senhora que registrou a aproximação da jovem desencarnada, era portadora de notável sensibilidade mediú­nica. Se educasse suas forças e sondasse o espelho, entraria em rela­ção imediata com a moça, que ainda se apega a ele desvairadamente. Re­ceber-lhe-ia então as confidências e lhe conheceria o drama íntimo, porquanto imediatamente lhe assimilaria a onda mental, senhoreando-lhe as imagens... O instrutor informou, então, que o espelho fora confiado àquela moça por um rapaz que lhe prometeu casamento. Filho de france­ses asilados no Brasil, ao tempo da França revolucionária de 1791, era possível ver sua figura romântica nas reminiscências da jovem desen­carnada. (Cap. 26, págs. 245 e 246)

114. Cabe a nós resolver os problemas que criamos - O rapaz chegara me­nino ao Rio e aí cresceu. Quando a conheceu, conquistou-lhe o coração e, juntos, arquitetaram projetos de casamento, fato que não se consu­mou porque a família do jovem, animada com os sucessos de Napoleão, na Europa, deliberou retornar à pátria. Embora desolado, o rapaz obedeceu à ordem paterna e, ao despedir-se da noiva, implorou-lhe guardasse o espelho como lembrança, até que pudesse voltar e serem então felizes para sempre... Distraído, porém, pelos encantos de outra mulher, ele jamais regressou e a pobrezinha, fixando-se na promessa ouvida, conti­nuava a esperá-lo. "O espelho – esclareceu Aulus – é o penhor de sua felicidade. Imagino a longa viagem que terá feito no tempo, vigiando-o como sendo propriedade sua, até que a lembrança viesse por fim repou­sar no museu." O assunto fez André recordar-se das antigas histórias de joias enfeitiçadas... "Sim, sim – ponderou o Assistente –, a in­fluência não procede das joias, mas sim das forças que as acompanham." Hilário perguntou o que aconteceria se alguém pudesse adquirir o es­pelho e levá-lo consigo. "Decerto – informou Aulus – arcaria também com a presença da moça desencarnada." Isso seria justo? A esta per­gunta de Hilário, Aulus disse que a vida nunca se engana e que seria mesmo provável que alguém ali aparecesse e se extasiasse à frente do objeto, disputando-lhe a posse. Nesse caso, quem seria essa pessoa? "O moço que empenhou a palavra, provocando a fixação mental dessa pobre criatura, ou a mulher que o afastou dos compromissos assumidos", res­pondeu o instrutor. "Reencarnados, hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui, tomando-a por filha ou companheira, no resgate do débito contraído." Certamente, a jovem desencarnada poderia curar-se da perturbação de outro modo; entretanto, examinada a harmonia da Lei, o reencontro do trio seria inevitável. "Todos os problemas criados por nós não serão resolvidos senão por nós mesmos", acrescentou o Assis­tente, que informou ser possível aos encarnados portadores de aguçada sensibilidade psíquica sentir, pelo exame de objetos, os reflexos das pessoas que os usaram. "As marcas de nossa individualidade vibram onde vivemos e, por elas, provocamos o bem ou o mal naqueles que entram em contacto conosco", aduziu o Assistente, informando que tais fatos per­tencem ao vasto campo da mediunidade, embora os experimentadores do mundo científico lhes deem denominações diversas, entre elas a "criptestesia pragmá­tica", a "metagnomia tátil" e a "telestesia". (Cap. 26, págs. 247 a 249)

115. Mediunidade transviada - André Luiz visitou, na noite seguinte, um grupo mediúnico singular. As entidades ligadas ao grupo apresenta­vam lamentáveis condições, uma vez que pareciam inferiores aos compo­nentes encarnados da reunião. Apenas o irmão Cássio, um guardião sim­pático e amigo, de quem Aulus se aproximou, demonstrava superioridade moral, mas seu isolamento espiritual era ali evidente, visto que nin­guém lhe percebia a presença e, decerto, não lhe acolhia os pensamen­tos. Cássio informou ao Assistente que aquele grupo, apesar de seus reiterados apelos à renovação, nenhum progresso apresentava. "Temos sitiado o nosso Quintino – esclareceu Cássio – com os melhores re­cursos ao nosso alcance, mobilizando livros, impressos e conversações de procedência respeitável, no entanto, tudo em vão... O teimoso amigo ainda não se precatou quanto às duras responsabilidades que assume, sustentando um agrupamento desta natureza..." O recinto revestia-se de fluidos desagradáveis e densos. Dois médiuns davam passividade a Espí­ritos que, segundo observação feita por André, pareciam autênticos criados do grupo, assalariados talvez para serviços menos edificantes, tais as preocupações de ordem material dominantes. Ao lado deles, en­tidades diversas nas mesmas condições iam e vinham. O fenômeno da psi­cofonia era generalizado e os médiuns desdobrados mantinham-se no am­biente, alimentando-se das emanações que lhes eram peculiares. Rai­mundo, um dos comunicantes, atendia uma senhora, cuja palavra leviana inspirava piedade. O assunto era o dinheiro que a mulher possuía re­tido num determinado Instituto. A mulher insistia em que Raimundo de­veria ajudá-la com ação mais expedita, para desencravar o processo... (Cap. 27,  págs. 251 e 252)

116. O tempo é o verdugo da inércia - Enquanto Raimundo dizia à se­nhora que já estava fazendo o possível para ajudá-la, Teotônio, o outro comunicante da noite, era cobrado por um cavalheiro maduro, a respeito de um emprego que lhe fora prometido quatro meses atrás. "Que deseja que eu faça?", perguntou-lhe o Espírito. "Sei que o gerente da firma é do contra. Ajude-me, inclinando-o a simpatizar-se pela boa solução de meu caso", pediu-lhe o cavalheiro encarnado. Em seguida, Raimundo ou­viu o pedido de uma mulher que desejava ver longe de sua casa o rapaz que pedira sua filha em casamento. "Você não poderá afastar esse abu­tre?", perguntou a senhora. Os assuntos continuaram assim, regis­trando-se naquele recinto algo até então impensável para André: pes­soas sadias e lúcidas valendo-se do intercâmbio com o mundo espiritual para solução de problemas exclusivamente de ordem material, atentos à lei do menor esforço. Aulus, percebendo a decepção estampada no sem­blante de André Luiz, informou: "Um estudo atual de mediunidade, mesmo rápido quanto o nosso, não seria completo se não perquiríssemos a re­gião do psiquismo transviado, onde Espíritos preguiçosos, encarnados e desencarnados, respiram em regime de vampirização recíproca. Aliás, constituem produto natural da ignorância viciosa em todos os templos da Humanidade. Abusam da oração tanto quanto menoscabam as possibili­dades e oportunidades de trabalho digno, porquanto espreitam facilida­des e vantagens efêmeras para se acomodarem com a indolência, em que se lhes cristalizam os caprichos infantis". E o Assistente acrescen­tou: "Vivemos a nossa grande batalha de evolução. Quem foge ao tra­balho sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda. O Espí­rito pode confiar-se à inação, mobilizando delituosamente a vontade, contudo, lá vem um dia a tormenta, compelindo-o a agitar-se e a mover-se para entender os impositivos do progresso com mais segurança. Não adianta fugir da eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia". (Cap. 27, págs. 253 a 255) (Continua no próximo número.)
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita