Recebemos de um leitor de
nossa revista várias
indagações a respeito do
tema psicopatia.
Pergunta-nos ele:
1) O Espiritismo reconhece a
existência dos psicopatas?
2) Esse transtorno de
personalidade é da natureza
perversa do Espírito ou é
uma patologia transitória do
indivíduo?
3) Esses indivíduos algum
dia irão sentir remorso pelo
que fizeram?
4) Qual o destino deles após
desencarnarem?
5) Como se relacionar com
essas entidades de maneira a
constrangê-las a não
desenvolverem seus
predicados perversos?
6) Eles também seguem um
programa de evolução
espiritual para o bem?
7) Se a correção do
indivíduo se faz através da
sua consciência e sentimento
de arrependimento, como
transpor essa questão para o
caso dos psicopatas (uma vez
que são desprovidos do
sentimento de culpa e
remorso)?
*
A propósito do assunto o
confrade Leonardo Machado,
de Recife-PE, médico
residente na área da
psiquiatria e um dos
colaboradores de nossa
revista, prestou-nos as
seguintes informações:
“A psicopatia
ou personalidade antissocial
é um transtorno de
personalidade, e não uma
doença mental como a
esquizofrenia e a depressão,
por exemplo. Desta forma,
como todo transtorno de
personalidade, o tratamento
é difícil, primeiro porque
não há um remédio que trate
disso especificamente, estes
entram como sintomáticos;
segundo porque o paciente
não reconhece o problema,
sendo complicada sua
aderência a uma
psicoterapia, terapêutica
que apresentaria uma melhor
eficácia.
No caso do antissocial, os
indivíduos são
caracterizados pela
indiferença social e
insensibilidade pelos
sentimentos alheios;
irresponsabilidade e
desrespeito por normas e
regras sociais; incapacidade
de sentir culpa, remorso e
de aprender com os erros.
O Espiritismo reconhece,
sim, este problema. Tendo em
vista a imortalidade da
alma, identifica-o, porém,
como um estado transitório
de imperfeição do ser. São,
em geral, Espíritos, por
diversos motivos, com grande
revolta para com as Leis
Divinas. Muito dificilmente,
contudo, eles conseguirão
uma melhora total (às vezes,
nem mesmo parcial) em uma
existência somente. Só no
decorrer das reencarnações,
problemas tão graves são
solucionados. Eles também
estão destinados à
perfeição, e um dia
(certamente com grande
demora para a nossa
mentalidade humana) irão
tomar consciência da Lei
Divina e ter a capacidade de
sentir culpa.
Cada ser quando desencarna
fica ‘no céu ou no inferno’
mental que criou e isto não
é diferente com estas
pessoas.
Como todo ser, eles também
foram criados simples e
ignorantes da Lei por Deus.
E, como todos temos
liberdade de escolha, a
existência deste problema
não é uma criação do Pai,
mas uma liberdade
individual. Muitas
vezes, Espíritos
desencarnados
‘pseudocomandantes das
trevas’ são claramente
‘psicopatas’, quando
desafiam as Leis do
Universo, querendo fazer
justiça com as próprias
mãos, ou ficando
insistentemente no mal.
Quando, no entanto, o erro
afeta muitas pessoas e é
muito profundo, a liberdade
deles é constrangida, por
exemplo, em processos de
reencarnações compulsórias
em corpos com grandes
deficiências, em verdadeira
prisão de aprendizagem na
Terra. Em outras situações,
são exilados do Planeta para
o bem do progresso geral,
indo para outros planetas
mais inferiores, onde
poderão expiar as faltas e
ajudar com o desenvolvimento
intelectual do orbe de
exílio.
Como seja, a depender dos
erros que cometeram na
sociedade, eles precisarão
responder segundo a Justiça
da Terra, porque não é uma
doença mental que incapacite
o senso de julgamento, mas
um transtorno de
personalidade que precisa,
muitas vezes, da restrição
da liberdade para não
atrapalhar os outros e
expiar suas faltas. É
preciso agir com rigor, sem
demonstrar medo, mas também
sem desafiar (esta atitude
pode até ser perigosa). Isto
também é uma face do amor.”
Esperamos que estas
explicações do estimado
confrade possam contribuir
para elucidar as dúvidas do
amigo leitor.
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