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Correio Mediúnico
Ano 4 - N° 199 - 6 de Março de 2011
 

 

A lenda do dinheiro

 Neio Lúcio


Conta-se que, no princípio do mundo, o Senhor entrou em dificuldades no desenvolvi­mento da obra terrestre, porque os homens se entregaram a excessivo repouso.

Ninguém se animava a trabalhar. Terra solta amontoava-se aqui e ali. Mine­rais variados estendiam-se ao léu. Águas estag­nadas apareciam em toda parte.

O Divino Organizador pretendia erguer la­res e templos, educandários e abrigos diversos, mas... com que braços?

Os homens e as mulheres da Terra, convi­dados ao suor da edificação por amor, respon­diam: “Para quê?“ E comiam frutos silves­tres, perseguiam animais para devorá-los e dor­miam sob as grandes árvores.

Após refletir muito, o Celeste Governador criou o dinheiro, adivinhando que as criaturas, presas da ignorância, se não sabiam agir por amor, operariam por ambição.

E assim aconteceu. Tão logo surgiu o dinheiro, a comunidade fragmentou-se em pequenas e grandes facções, incentivando-se a produção de benefícios gerais e de valores imaginativos.

Apareceram candidatos a toda espécie de serviços. O primeiro deles pediu ao Senhor permissão para fundar uma grande olaria. Outro requereu meios de pesquisar os minérios pesados, de ma­neira a transformá-los em utensílios. Certo trabalhador suplicou recursos para aproveitamento de grandes áreas na exploração de cereais. Outro, ainda, implorou empréstimo para produzir fios, de modo a colaborar no aperfeiçoamento do ves­tuário. Servidores de várias procedências vieram e solicitaram auxílio financeiro destinado à cria­ção de remédios.

O Senhor a todos atendeu com alegria.

Em breve, olarias e lavouras, teares rústicos e oficinas rudimentares se improvisaram aqui e acolá, desenvolvendo progresso amplo na inteli­gência e nas coisas.

Os homens, ansiosamente procurando o di­nheiro, a fim de se tornarem mais destacados e poderosos entre si, trabalhavam sem descanso, produzindo tijolos, instrumentos agrícolas, máquinas, fios, óleos, alimento abundante, agasalho, calçados e inúmeras invenções de conforto, e, assim, a terra menos proveitosa foi removida, as pedras aproveitadas e os rios canalizados convenientemente para a irrigação; os frutos foram guardados em conserva preciosa; estradas foram traçadas de norte a sul, de leste a oeste e as águas receberam as primeiras embarcações.

Toda gente perseguia o dinheiro e guerrea­va pela posse dele.

Vendo, então, o Senhor que os homens pro­duziam vantagens e prosperidade, no anseio de posse, considerou, satisfeito:

– Meus filhos da Terra não puderam servir por amor, em vista da deficiência que, por en­quanto, lhes assinala a posição; todavia, o di­nheiro estabelecera benéficas competições entre eles, em benefício da obra geral. Reterão provi­soriamente os recursos que me pertencem e, com a sensação da propriedade, improvisarão todos os produtos e materiais de que o aprimoramento do mundo necessita. Esta é a minha Lei de Empréstimo que permanecerá assentada no Céu. Cederei possibilidades a quantos mo pedirem, de acordo com as exigências do aproveitamento co­mum; todavia, cada beneficiário apresentar-me-á contas do que houver despendido, porque a Morte conduzi-los-á, um a um, à minha presença. Este decreto divino funcionará para cada pessoa, em particular, até que meus filhos, individualmente, aprendam a servir por amor à felicidade geral, livres do grilhão que a posse institui.

Desde então, a maioria das criaturas passou a trabalhar por dedicação ao dinheiro, que é de propriedade exclusiva do Senhor, da aplicação do qual cada homem e cada mulher prestarão contas a Ele mais tarde.
 

Do cap. 31 do livro Alvorada Cristã, de Neio Lúcio, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. 


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita