A Caminho da Luz
Emmanuel
(Parte
9)
Damos continuidade ao
estudo do livro A
Caminho da Luz,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
publicada em 1939 pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
terá por base a
15a edição.
Questões preliminares
A. Como foi escrito e
que nos revela o
Apocalipse?
O apóstolo João, em
desdobramento
espiritual, quando ainda
estava encarnado, pôde
ler a linguagem
simbólica que deu origem
ao Apocalipse. Todos os
fatos posteriores à
existência de João estão
previstos no Apocalipse:
as guerras, os tormentos
futuros, as lutas
ideológicas e,
sobretudo, o
transviamento da igreja
de Roma, simbolizada na
besta vestida de púrpura
e embriagada com o
sangue dos santos.
(A Caminho da Luz, pp.
127 e 128.)
B. Que imperador
declarou o Cristianismo
religião oficial do
Estado e decretou
formalmente a extinção
dos derradeiros traços
do politeísmo romano?
Depois de Constantino e
de seus filhos, que não
lhe seguiram as
tradições, subiu ao
poder Juliano, sobrinho
do imperador, que tentou
restaurar os deuses
antigos, em detrimento
da doutrina cristã.
Surgiu então, por volta
do ano 381, a figura de
Teodósio, que declarou o
Cristianismo religião
oficial do Estado e
decretou formalmente a
extinção dos derradeiros
traços do politeísmo
romano.
(Obra citada, pág. 140.)
C. Que fato ocorreu em
seguida à morte do
imperador Teodósio?
Com a morte de Teodósio,
o mundo conhecido se
reparte em dois impérios
– o do Ocidente e o do
Oriente – divididos
entre seus filhos
Honório e Arcádio. Em
476, com o assalto dos
hérulos, desapareceu o
império ocidental,
instalando-se em 493, na
Itália, o reino
ostrogodo, tendo Ravena
como capital.
Constantinopla passou a
ser, então, a sucessora
legítima da grande
cidade imperial.
(Obra citada, pág. 149.)
Texto para leitura
143. Alguns anos antes
de terminar o primeiro
século, o Senhor chama
João aos Espaços, e o
Apóstolo, que ainda
estava encarnado, lê a
linguagem simbólica que
daria origem ao
Apocalipse. (P. 127)
144. Todos os fatos
posteriores à existência
de João estão ali
previstos: as guerras,
os tormentos futuros, as
lutas ideológicas e,
sobretudo, o
transviamento da igreja
de Roma, simbolizada na
besta vestida de púrpura
e embriagada com o
sangue dos santos. (P.
127)
145. Reza o Apocalipse
que a besta poderia
dizer grandezas e
blasfêmias por 42 meses,
acrescentando que o seu
número era o 666. Diz
Emmanuel que a
referência se encaixa
perfeitamente nos
títulos e na história do
Papado. (P. 128)
146. Como já foi dito, a
vinda do Cristo ao
cenáculo do mundo
assinalara o período da
maioria espiritual da
Humanidade e o
aproveitamento desse
processo educativo
deveria ser levado a
efeito pela capital do
mundo. Tais eram os
desígnios do plano
espiritual,
inviabilizados pelas
forças da Treva, aliadas
às mais fortes
tendências do homem
terrestre. (P. 132)
147. As classes mais
abastadas do Império não
podiam tolerar os
princípios de igualdade
preconizados pelo
Nazareno, considerados
como postulados de
covardia moral,
incompatíveis com a
filosofia de Roma. Eis
aí a gênese das
perseguições, que se
iniciaram no governo de
Nero. (P. 134)
148. A
doutrina cristã
encontrara, porém, nas
perseguições os seus
melhores recursos de
propaganda e de expansão
e pode-se observar sua
influência, no segundo
século, em quase todos
os departamentos da
atividade intelectual,
com reflexos na
legislação e nos
costumes. (P. 135)
149. Tertuliano,
Clemente de Alexandria e
Orígenes surgem com sua
palavra autorizada,
defendendo a filosofia
cristã. (P. 135)
150. Os cristãos,
contudo, não tiveram de
início uma visão correta
do campo de trabalho que
se lhes apresentava e,
retirando-se para a vida
monástica, povoaram os
desertos, supondo que
assim se redimiriam mais
rapidamente para Jesus.
(P. 136)
151. A
ânsia de fugir das
cidades populosas fazia
então vibrar todos os
crentes, originando os
erros da idade medieval,
quando o homem supunha
encontrar nos conventos
as antecâmaras do Céu.
Só a grande montanha de
Nítria chegou a possuir
30 mil anacoretas,
exilados dos prazeres do
mundo. (P. 136)
152. Um fato importante
ocorreria mais tarde ao
ser aclamado
Constantino imperador
de Roma, porquanto,
junto dele, o
Cristianismo ascenderia
à tarefa do Estado, com
o edito de Milão.
(N.R.: Edito significa
parte de uma lei,
mandato, decreto, ordem.
Édito é ordem judicial
publicada por anúncios
ou editais.) (P.
137)
153. Apoiados no poder
imperial, os bispos
romanos reclamaram
prerrogativas injustas
sobre os seus humildes
companheiros de
episcopado, notando-se
que o mesmo espírito de
ambição e imperialismo,
que debilitara o
organismo do Império,
dominou igualmente a
igreja de Roma. (P. 138)
154. Trezentos anos
lutaram os mensageiros
do Cristo, procurando
ampará-la no caminho do
amor e da humildade, até
que a deixaram enveredar
pelas estradas da
sombra, quando então,
com o favorecimento do
imperador Focas, no ano
de 607, é criado por
Bonifácio III o Papado.
(PP. 138 e 142)
155. Os primeiros dogmas
católicos saíram em 325,
em decorrência do
Concílio Ecumênico de
Niceia, realizado com
apoio de Constantino.
(P. 140)
156. Findo o reinado de
Constantino, aparecem os
seus filhos, que não lhe
seguem as tradições e,
em seguida, sobe ao
poder Juliano, sobrinho
do imperador, que tenta
restaurar os deuses
antigos, em detrimento
da doutrina cristã. (P.
140)
157. Surge então, por
volta do ano 381, a
figura de Teodósio, que
declara o Cristianismo
religião oficial do
Estado, decretando
formalmente a extinção
dos derradeiros traços
do politeísmo romano.
Todos os povos
reconhecem então a
grande força moral da
doutrina de Jesus,
vendo-se até mesmo o
imperador, em 390,
ajoelhar-se humildemente
aos pés de Ambrósio,
bispo de Milão, a
penitenciar-se das
crueldades com que
reprimira a revolta dos
tessalonicenses. (P.
140)
158. O Cristianismo não
aparecia, porém, com a
mesma humildade dos
tempos apostólicos.
Herdando os costumes
romanos e suas
disposições
multisseculares, a
igreja de Roma modificou
as tradições puramente
cristãs, adaptando
textos, improvisando
novidades
injustificáveis e
organizando, finalmente,
o Catolicismo sobre os
escombros da doutrina
deturpada. (P. 141)
159. Depois de tantos
desmandos, o Império
romano conheceria o seu
desmembramento, o que
poderia ter sido
evitado, se a grande
cidade dos Césares
levasse a sua cultura a
todos os corações, em
vez de haver estacionado
tantos séculos à mesa
farta dos prazeres e das
libações. (P. 144)
160. A
queda de Roma determinou
no mundo extraordinárias
modificações. A
desorganização geral com
os movimentos
revolucionários dos
outros povos do globo,
que embalde esperaram o
socorro moral do governo
dos imperadores, deu
origem a um longo
estacionamento nos
processos evolutivos, e
é aí que vamos encontrar
as razões da Idade
Média, conhecida como o
período escuro da
história da Humanidade.
(PP. 144 e 145)
161. O Papado era a obra
do orgulho e da
iniquidade; mas Jesus
não desampara os mais
infelizes e os mais
desgraçados e faz com
que surjam, no seio
mesmo da Igreja, alguns
mestres do amor e da
virtude. (P. 145)
162. Dentre os mestres
que então surgiram na
face do planeta, podemos
destacar os missionários
beneditinos, cujo
esforço amoroso e
paciente conduziu grande
número de coletividades
consideradas bárbaras,
principalmente os
germanos, para o seio
generoso do
Cristianismo. (P. 148)
163. Com a morte do
imperador Teodósio, o
mundo conhecido se
reparte em dois impérios
– o do Ocidente e o do
Oriente – divididos
entre seus dois filhos,
Honório e Arcádio. Em
476, com o assalto dos
hérulos, desaparece o
império ocidental,
instalando-se em 493, na
Itália, o reino
ostrogodo, tendo Ravena
como capital.
Constantinopla passa a
ser, então, a sucessora
legítima da grande
cidade imperial. (P.
149) (Continua no próximo
número.)