Conferência
espírita evoca
os 150 anos de
O Livro dos
Médiuns
Realizada de 18
a 20 de março,
sob os auspícios
da Federação
Espírita do
Paraná, a XIII
Conferência
Estadual
Espírita reuniu
em Pinhais-PR um
público numeroso
estimado em 10
mil pessoas
A Conferência
Estadual
Espírita, cujo
tema geral foi
Mediunidade
com Jesus,
teve o seu ponto
de culminância
nos dias 18, 19
e 20 de março de
2011, nas
dependências da Expotrade,
localizada em
Pinhais, região
metropolitana de
Curitiba-PR.
Dias antes, no
período de 14 a
17 de março, a
XIII Conferência
Estadual
Espírita, com
execução
descentralizada,
foi levada a
algumas regiões
do interior do
Paraná, quando,
então,
expositores de
renome
apresentaram a
proposta
espírita dentro
da temática Mediunidade
com Jesus.
Na noite do dia
18 de março, o
evento foi
aberto
solenemente, com
a presença de
todos os
conferencistas e
autoridades do
Movimento
Espírita
Brasileiro e do
Paraguai.
Destaque para a
presença do
Presidente da
Federação
Espírita
Brasileira e
Secretário do
Conselho
Espírita
Internacional,
Nestor João Masotti; do
Prefeito de
Pinhais, Luiz Goularte Alves;
e do Presidente
da Federação
Espírita do
Paraguai, Milciades
Lescano.
Preparando o
ambiente desse
magnífico
trabalho e a
harmonia entre
os assistentes,
estimados em 10
mil pessoas, o
maestro e
compositor
Plínio Oliveira,
com sua
Orquestra da
Paz, apresentou
um belíssimo
momento musical.
O Secretário da
Comissão
Regional Sul da
Federação
Espírita
Brasileira e
Presidente da
Federação
Espírita do
Paraná,
Francisco Ferraz
Batista,
apresentou suas
boas vindas ao
público e aos
expositores.
Nestor João
Masotti proferiu
breves palavras
sobre o atual
momento
vivenciado no
planeta Terra e
a contribuição
da Doutrina
Espírita para a
transformação do
planeta para um
mundo de
regeneração.
Destacou a
profunda
admiração da
Federação
Espírita
Brasileira pelo
trabalho que
estava sendo
desenvolvido,
saudando todos
os presentes e
demais
assistentes que
puderam
acompanhar o
evento pelo
rádio, pela
televisão e pela
internet.
Antes da
conferência de
abertura,
proferida por
Divaldo Franco,
foi apresentado
um vídeo
institucional da
|
|
Mesa de abertura |
|
|
Público |
|
|
Dirigentes do eventos |
|
|
Momento de autógrafos |
|
Federação
Espírita do
Paraná enaltecendo
as atividades
desenvolvidas ao
longo dos 108
anos de sua
fundação. |
A conferência de
Divaldo Franco
O nobre
conferencista,
natural de Feira
de Santana-BA,
apresentou o
tema Mediunidade
com Jesus.
Inicialmente
destacou que a
história é a
pedra de toque
que desgasta o
tempo e revela a
verdade.
Historiou a
caminhada da
Humanidade e o
trabalho de
notáveis
pensadores,
filósofos e
profetas,
realizada no
transcurso dos
milênios,
catalogando
|
|
as
experiências
psíquicas e de
natureza
mediúnica. |
Destacou o
trabalho
realizado por
Dante Alighieri,
as experiências
vivenciadas por
Emanuel Swedenborg, pelo
Papa Pio V, pelo
Cardeal Eugênio
Pacelli, entre
outros.
Relatando
episódios
anímicos e
mediúnicos,
Divaldo Franco,
ressaltou,
conforme Allan
Kardec, que a
mediunidade
é uma faculdade
orgânica e
é inerente a
todas as
criaturas
humanas. Exaltou
o trabalho do
Codificador da
Doutrina
Espírita que
examinou a
mediunidade com
apurado senso
crítico,
organizando e
escrevendo O
Livro dos
Médiuns,
salientando ser
esse livro um
verdadeiro
tratado de
ciência
experimental.
Allan Kardec,
continuou
Divaldo,
estabeleceu as
bases com que a
mediunidade deve
ser exercida, os
princípios
éticos e morais
que devem
balizar a
conduta dos
medianeiros. O
Livro dos
Médiuns é
a diretriz
básica para a
compreensão dos
fenômenos
mediúnicos,
oferecendo
sólidas bases
para as
atividades nas
Sociedades
Espíritas, das
quais é o guia
seguro.
A mediunidade
com Jesus é o
trabalho de
caridade. E
neste momento de
transição, a
mediunidade
está contribuindo,
por meio de
médiuns capazes,
fornecendo
importantes
informações para
a transformação
da Humanidade e
para a
libertação do
Espírito de seus
atavismos,
asseverou
Divaldo Franco,
que exortou a
que se coloque o
amor acima de
qualquer
vicissitude e,
se for possível,
toda a vez que
se tenha uma
grande
problemática,
que se ore
a Deus,
pedindo-Lhe a
inspiração
necessária. A
mediunidade com
Jesus vai nos
ensinar a
carregar os que
sofrem em nossos
braços, a ter
paciência,
compaixão e
misericórdia,
pois aquele que
encontra Jesus
nunca mais
será o mesmo,
concluiu o
expositor de
renome
internacional.
O público,
reconhecendo a
importância do
trabalho e a
relevância das
informações
apresentadas
pelo nobre
tribuno,
aplaudiu-o de
pé e
demoradamente.
Seminário com
Suely Caldas
Schubert
Obsessão,
Terapêutica e
Prevenção com
Jesus foi
o tema
desenvolvido
pela expositora
de Juiz de
Fora-MG. Suely,
com seu verbo
inspirado e
profunda
conhecimento da
mediunidade e do
tema que lhe foi
proposto,
trabalhou sua
argumentação,
inicialmente,
com base em O
Livro dos
Médiuns e
em A
Gênese,
ambos de Allan
Kardec.
|
|
Discorreu sobre
o texto de
Marcos, - Cap.
V, 9 -; sobre as
informações de
Manoel Philomeno
de Miranda,
contidas no
prefácio do
livro Obsessão/Desobsessão,
de sua autoria.
Afirmou Suely
Schubert que a
obsessão
realmente grassa
de forma
epidêmica. Como
premissa básica
para a reflexão
proposta, a
expositora
destacou a
capacidade da
mente humana,
uma verdadeira
estação
transmissora e
receptora e
disse que essa
sintonia
acontece de
forma natural,
sem que a
criatura
perceba. Tudo
decorre dos
pensamentos,
sejam eles do
teor que forem.
Para elucidar o
que predispõe as
obsessões, Suely
buscou as
informações em O
Livro dos
Espíritos,
questão 459, e
em O
Livro dos
Médiuns,
item 252,
salientando que
as imperfeições
morais é que
abrem campo para
as
influenciações
de Espíritos que
desejam assediar
a criatura
humana. O fator
preponderante é
o próprio
Espírito e o
fator
predisponente
são as
circunstâncias
da vida, as
imperfeições
morais.
Suely alicerçou
seu raciocínio a
respeito das
predisposições
obsessivas no
cap. XXVIII,
item 81, de O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
no cap. XIV,
item 45, de A
Gênese e
em Dias
Gloriosos, de
Joanna de
Ângelis/Divaldo
Franco.
Discorreu sobre
os tipos de
obsessão
catalogados por
Allan Kardec
– simples,
fascinação e
subjugação -, e
sobre as
informações de
Bezerra de
Menezes,
encontradas no
livro Dramas
da Obsessão, de
Yvonne do Amaral
Pereira. Como
acontece o
processo
obsessivo, os
meios de o
combater e o
controle mental
foram outros
assuntos
ricamente
explanados com
base em Marcos,
cap. 13:33; em Reencontro
com a Vida,
de Manoel
Philomeno de
Miranda/Divaldo
Franco; O
Livro dos
Espíritos,
questão 621; e
nas informações
de Eurípedes
Barsanulfo
encontradas nas
págs. 253 e 254
do livro Tormentos
da Obsessão, de
autoria de
Manoel Philomeno
de
Miranda/Divaldo
Franco.
Enfatizou a
estimada
expositora de
Juiz de Fora que
a mudança de
pensamentos, a
prece, o
exercício da
vontade, a
transformação
moral em todos
os aspectos, a
terapia da
caridade,
libertam a
criatura dos
grilhões da
obsessão. O
atendimento
fraterno, a
autodesobsessão,
a fluidoterapia,
o atendimento à
família, quando
ela o admite, as
reuniões de
desobsessão, a
participação nos
estudos
regulares, a
prática da
caridade, quando
assim desejar o
envolvido no
processo
obsessivo, e as
reuniões
públicas são
recursos
espíritas para o
tratamento das
obsessões.
Suely, inspirada
como sempre,
encerrou seu
magnífico
trabalho
recitando o
texto de Joanna
de Ângelis
intitulado
Amorterapia.
Aplaudida com
grande
intensidade,
agradeceu a
oportunidade do
trabalho.
Conferência de
Alberto Almeida
Alberto Almeida,
conferencista de
Belém-PA,
apresentou o
tema Mediunidade
nas Relações
Interpessoais.
O profitente
espírita
paraense
explorou, com
propriedade, a
interação entre
os dois mundos e
a influência na
vida das
criaturas com
base na questão
459 de O
Livro dos
Espíritos,
de Allan Kardec.
Apresentou, para
que o
entendimento
|
|
se
ampliasse,
a
definição
de
médium,
de
acordo
com o
exposto
por
Allan
Kardec
no cap.
XIV de
O Livro
do
Médiuns.
Ressaltou
que a
mediunidade,
de forma
geral,
se
apresenta
no
cotidiano
de cada
criatura
humana e
que a
influência
dos
Espíritos
se faz
presente
diuturnamente
na vida
dos
indivíduos. |
A mediunidade
favorece a
percepção do
mundo espiritual
e mostra que o
mundo dos
Espíritos é
fulgurante.
Consubstanciando
essa afirmativa,
Alberto Almeida
narrou as
experiências
vivenciadas pela
família Prado em
Belém-PA, a
mediunidade de
efeitos físicos
de Ana Prado e
as sessões de
materializações.
O fenômeno
mediúnico é a
ponte, a
possibilidade de
crescimento, de
caridade, de
serviço aos que
são carentes de
toda ordem. Os
médiuns podem
estar
sintonizados com
os bons
Espíritos, mas
também ocorre a
conexão com os
Espíritos menos
bons.
É necessário,
por isso, estar
muito vigilante,
pois entre os
dois mundos, o
material e o
espiritual,
está o médium,
que precisa
saber
identificar a
índole do
Espírito que
veicula ou a
quem se afeiçoa.
No cotidiano, o
médium deve
estar muito
atento para não
viabilizar a
comunicabilidade
dos Espíritos
só porque tenham
vontade. Quando
isso se
estabelece,
quase sempre
surge o
distúrbio na
área da
mediunidade,
caminhando na
direção das
perturbações
obsessivas e dos
quadros
psiquiátricos.
Afirmou, em
seguida, que
Allan Kardec e
Jesus são os
dois termos que
compõem a
equação que dá a
solução para uma
mediunidade
vitoriosa. Em
determinadas
circunstâncias e
afastados do
Evangelho de
Jesus, podem os
médiuns
experimentar
situações
desagradáveis,
inclusive de
ordem orgânica,
entrando em
processos
obsessivos e
tornando-se
instrumento
negativo para as
interferências
no campo
familiar ou
profissional e
também na
Instituição
Espírita, na
qual podem
tornar-se agente
das sombras.
É a invigilância
abrindo o campo
para as
perturbações
espirituais.
Destacou Alberto
Almeida a
orientação do
evangelista
Marcos:
analisar, vigiar
e orar. São três
faces que estão
interconectadas.
Fazer um
aprofundamento
na apreciação,
observando as
orientações de
Jesus, tão longe
do homem na
atualidade.
Alberto Almeida
encerrou a
conferência
narrando um
poema que a
todos encantou.
O público,
agradecendo sua
valiosa
contribuição
para o
aclaramento das
relações
interpessoais
através da
mediunidade,
aplaudiu-o de
pé.
Conferência de
Haroldo Dutra
Dias
O conferencista
mineiro Haroldo
Dutra Dias
apresentou o
tema Mediunidade
nos Evangelhos.
Iniciou sua
explanação
citando a
proibição
contida em
Deuteronômio.
Afirmou que não
se proíbem
condutas
impossíveis, o
que torna claro
que a
mediunidade e o
intercâmbio com
o mundo
espiritual era
explorados pelos
contemporâneos
de Moisés.
Salientou,
então, que o
direito só
proíbe condutas
reprováveis. |
|
Esse fato, o da
proibição em
Deuteronômio,
é o primeiro
marco da
imortalidade da
alma. Enriqueceu
o entendimento
apresentando a
justificativa a
esta proibição
dada por
Emmanuel na
questão 274 de O
Consolador,
psicografado por
Chico Xavier.
Ampliando o tema
um pouco mais,
apoiou-se,
também, em o
livro Mediunidade
e Sintonia,
de
Emmanuel/Chico
Xavier, e
afirmou que cada
estágio de
evolução da
Humanidade exige
um missionário
com
características
próprias.
O profeta Joel,
no cap. 2, v. 28
a 32, registrou
a conhecida
promessa de que
nos tempos
finais a luz da
espiritualidade
alcançaria os
encarnados. Na
questão 382 de O
Consolador, Emmanuel
apresenta a
verdadeira
definição de
mediunidade. A
mediunidade é
uma fresta de
luz que se abre,
uma porta de
esperança que se
abre para toda a
Humanidade,
garantindo a
certeza da
imortalidade da
alma, afirmou o
expositor.
Haroldo destacou
que o Evangelho
é uma riqueza de
manifestação
espiritual. O
Evangelho
é Espírito puro,
é a palavra
eterna da Lei
Divina falando
ao coração dos
seres humanos.
Com relação à
prudência de
Jesus sobre a
mediunidade, o
orador buscou o
esclarecimento
em Mateus, cap.
17:9 e em
Marcos, cap.
9:9, elucidando
que Jesus pediu
discrição,
notadamente com
relação
à transfiguração
do monte, onde
Moisés e Elias
se manifestaram.
Desse episódio
destacou a lição
importante,
legada a todos
os médiuns, de
que mediunidade
é algo sério,
que exige
seriedade,
discrição e
prudência.
Cada um
é instrumento
das forças que
sintoniza.
Mediunidade sem
Jesus é um
grande risco.
Cada pessoa
possui relações
afetivas com o
mundo
espiritual. A
mediunidade nos
Evangelhos, no
Novo Testamento,
no próprio
Cristianismo é a
verdadeira
mediunidade que
torna a criatura
livre, que nos
conscientiza
sobre a
imortalidade e
sobre os
potenciais
espirituais, e
coloca a
criatura em
contato com o
Criador.
Os aplausos
irromperam
fortes e
demorados,
oferecendo ao
jovem
conferencista os
agradecimentos
pelo muito que
soube
transmitir.
Conferência de
Sandra Borba
Pereira
Natural do Rio
Grande do Norte,
Sandra Borba
Pereira, oradora
destacada,
apresentou o
tema Mediunidade
na Perspectiva
da Educação. Baseou
a sua abordagem
em quatro
questões: 1. Por
que a
mediunidade deve
ser educada? 2.
Em que bases
deve ser
proposta a
educação da
mediunidade?
3.
Que caminhos e
estratégias
podem
|
|
fornecer essa
educação? 4. Que
resultados podem
proporcionar uma
educação da
mediunidade?
Respondeu a
primeira
indagação
apresentando as
informações
contidas em o
livro Ação
e Reação, de
André Luiz/Chico
Xavier; em Estudos
Espíritas,
de Joanna de
Ângelis/Divaldo
Franco; e em O
Livro dos
Médiuns,
cap. XVIII e XX,
de Allan Kardec.
|
Para a segunda
questão, a
expositora
buscou apoio no
cap. XX de O
Livro dos
Médiuns, em Seara
dos Médiuns,
cap. 71, de
Emmanuel/Chico
Xavier; na
questão 459 de O
Livro dos
Espíritos; e No
Invisível,
cap. 5, de Léon
Denis.
A terceira
questão
norteadora foi
respondida com
base em Sementeira
da Fraternidade,
cap. 25, de
Manoel Philomeno
de
Miranda/Divaldo
Franco; na
questão 919 de O
Livro dos
Espíritos;
no cap. 3 do
livro Nos
Domínios da
Mediunidade,
de André
Luiz/Chico
Xavier; e na
questão 387 de O
Consolador, de
Emmanuel/Chico
Xavier.
A quarta
proposição foi
alicerçada pela
brilhante
expositora
potiguar nas
obras Desobsessão,
cap. 25, de
André Luiz/Chico
Xavier e Waldo
Vieira; no cap.
XX de O
Livro dos
Médiuns; e
no livro
Emmanuel, de
Emmanuel/Chico
Xavier.
Destacou, à
guisa de
conclusão, a
seguinte
afirmação de
Emmanuel: Não
é a mediunidade
que te
distingue, é
aquilo que fazes
dela. Sandra
Borba Pereira
adiu, ainda, que
ao fazer a luz
brilhar diante
dos homens, a
criatura está no
processo da
educação que
cada um pode
realizar em si
mesmo,
construindo a
harmonização
consigo, com o
próximo e com
Deus.
O público, de
pé e vivamente
atento, aplaudiu
calorosamente a
expositora
potiguar.
Seminário com
Divaldo Pereira
Franco
O arauto do
Evangelho
Divaldo Franco,
assomando
novamente à
tribuna,
apresentou o tema Transtornos
Mediúnicos.
Expôs dados
históricos,
situando os
assistentes,
ávidos de
informações,
para a
compreensão
sobre a
melancolia ou
transtorno
maníaco-depressivo.
Ilustrando,
apresentou dados
sobre algumas
personalidades e
o
correspondente
estudo
do
comportamento
que
apresentavam,
sob a
ótica
dos
estudiosos
do
comportamento
humano. |
Os episódios de
mediunidade de
proeminentes
nomes da
História
Universal e da
Bíblia foram
expostos para
ampliar o
entendimento e
compreensão
sobre os Transtornos
Mediúnicos.
Em Jesus se dá o
clímax da
mediunidade, dos
fenômenos
mediúnicos,
estabelecendo a
necessidade de o
indivíduo se
vincular a Deus
a fim de se
tornar
instrumento da
Divindade na
condução do
mundo. Ressaltou
o expositor que
nas atividades
de Jesus, em seu
ministério de
amor e perdão,
esclarecendo e
consolando
tantos quando
Lhe buscavam
ajuda, sempre
estava presente
o aspecto
mediúnico.
Enriquecendo sua
mensagem,
Divaldo falou
sobre as
perseguições e
martírios dos
médiuns durante
a Idade Média,
sobre as
obsessões na
mediunidade
catalogadas por
Allan Kardec, as
obsessões
coletivas, os
transtornos de
ordem mediúnica,
sobre o período
típico de
transição que a
Humanidade
experimenta na
atualidade.
Chamou a atenção
para o fato de
que as obsessões
possuem muitas
sutilezas,
valendo-se de
ciladas bem
urdidas. Como
antídoto, devem
os médiuns
buscar a
harmonia com as
entidades
lúcidas,
afastando-se das
vilanias de que
são portadores
aquelas
equivocadas;
contudo,
sublinhou o
conferencista, o
maior antídoto
contra as
obsessões é a
prática do bem.
O exercício da
mediunidade deve
se tornar em uma
história de
renúncia, de
trabalho no bem,
do esforço em
transformar-se
intimamente, a
elevação do
padrão mental
lúcido e
equilibrado.
A Doutrina
Espírita,
informou
Divaldo, é a
presença do
Cristo Jesus na
vida das
criaturas,
abrindo a
possibilidade
para a ampliação
dos horizontes
inefáveis do
amor.
Desenvolver a
ação da
solidariedade,
da fraternidade,
da caridade, do
bem, é a única
alternativa que
encaminha a
criatura para a
plenitude.
Diante das
dificuldades de
toda ordem, a
criatura não
deve se queixar,
mas fazer um
pacto com o
amor, pedindo
a Deus as
bênçãos e
anelando por ser
melhor do que na
atualidade.
Encerrando sua
participação, o
público, tomado
de emoção,
dedicou-lhe uma
vibrante salva
de palmas,
seguida de uma
homenagem
musical. A
homenagem foi
conduzida pelo
coordenador do
Setor de Artes
da Federação
Espírita do
Paraná, maestro
e compositor
Plínio Oliveira.
O espetáculo,
intitulado Estrela
Solitária,
foi desenvolvido
por Plínio
Oliveira e a
Orquestra da
Paz, com a
apresentação das
seguintes
canções: Será
Melhor; O Amor;
Onde Está Você?;
Clara Estrela;
Depois da
Tempestade;
Jequitibá;
Semente de Amor;
O Que é Que Eu
Faço?; O Fim da
Tarde; e Estrela
Solitária.
O espetáculo,
composto por
essas belíssimas
canções, falou
de perto ao
coração e fez
com que as
emoções e
sentimentos
aflorassem,
transfundindo
energias que a
todos
beneficiaram e,
sobretudo,
estimularam o
afloramento do
amor, ágape
inigualável.
Conferência de
José Raul
Teixeira
Espiritismo e
Mediunidade
foi o tema
desenvolvido
pelo
conferencista de
Niterói-RJ,
professor
José Raul
Teixeira.
Apresentando
estudos de
antropólogos, o
conferencista
disse que em
toda a parte
existe a
presença dos
Espíritos, mesmo
em grupos que
não têm nada a
ver com as
crenças cristãs
e
independentemente
da conceituação
filosófica/religiosa.
|
|
Os pesquisadores
constataram a
presença dos
Espíritos em
todas as partes
do mundo, em
todas as épocas,
e a faculdade
mediúnica
daí decorrente.
Graças à
existência dos
Espíritos e de
criaturas
encarnadas, há o
intercâmbio
entre os dois
planos da vida.
Discorreu,
então, o nobre
expositor, sobre
os fenômenos
subjetivos e
objetivos da
mediunidade. |
Segundo São
Luís, em O
Livro dos
Médiuns, a
figura do médium
é de pouca
importância para
o mundo
espiritual. O
expositor
alinhou algumas
ideias, tais
como: A
mediunidade,
segundo o
Espiritismo, só
existe após a
codificação
realizada por
Allan Kardec.
Jesus sempre
cuidou dos
doentes e
necessitados,
atendendo seu
rebanho sem a
necessidade de
médiuns; são os
médiuns que
necessitam de
Jesus Cristo. A
reunião
mediúnica é uma
sala de aula
onde os
participantes
aprendem com as
experiências
daqueles que se
comunicam com os
encarnados.
A faculdade
mediúnica não
depende da
moralidade, o
médium pode ser
possuidor de
excelente
faculdade mas
dedicá-la ao
mal. Há, porém,
excelentes
médiuns
dedicados ao
bem, auxiliares
lídimos de Jesus
Cristo. O
Espiritismo faz
compreender que
o bom médium é,
também, um bom
indivíduo.
Enfatizou
igualmente o
orador que
é importante o
aprimoramento
moral, tornar-se
uma criatura
nobilitante e
mais apta a
sintonizar com
as entidades
esclarecidas.
A
responsabilidade
com a
mediunidade, a
comunhão de
pensamentos, o
silêncio mental
são fatores
primordiais para
se alcançar um
bom resultado na
reunião
mediúnica. A
mediunidade
é uma escola em
que podemos
aprender e
aprimorar-nos no
bem. Dar
oportunidade
para os
Espíritos se
comunicarem é um
fato banal, mas
a mediunidade
segundo o
Espiritismo é de
lucidez, de
transformação
moral ante as
grandes
informações que
nos chegam por
nossos irmãos
desencarnados.
A mediunidade
com Jesus, com o
Espiritismo, vai
auxiliando o
médium a vencer,
passo a passo,
as lutas do
médium e a
superar as suas
dificuldades.
Finalizada a
conferência,
José Raul
Teixeira recebeu
o carinho do
público que o
aplaudiu de pé e
demoradamente.
Segunda
conferência de
Sandra Borba
Pereira
Sandra Borba
Pereira,
desenvolvendo
seu segundo
trabalho na XIII
Conferência
Estadual
Espírita,
apresentou o
tema Fenômeno
Mediúnico
Através dos
Tempos.
Iniciou sua
abordagem
narrando alguns
episódios da
vida de Santa
Teresa D’Ávila,
contados por
Chico Xavier.
O fenômeno da
mediunidade
não é exclusividade
da Doutrina
Espírita. A
mediunidade é de
todos os séculos
e de todos os
povos, segundo
Léon Denis.
Sobre esta
assertiva,
Sandra Borba
disse que desde
o mediunismo
primitivo o
homem se
encontra em
relação com os
Espíritos que
participavam da
vida dos
encarnados. Eles
se apresentavam
em todos os
tipos de cultos,
imiscuindo-se em
todas as
atividades, como
revelam dados
históricos que a
versátil
expositora
apresentou.
Sandra Borba,
relembrando
passagens
evangélicas,
demonstrou a
presença dos
Espíritos nos
Evangelhos. As
dificuldades
enfrentadas
pelos médiuns na
Idade Média e no
início da
Moderna, quando
eram tachados de
praticantes de
atos demoníacos.
Comentou,
enriquecendo o
entendimento, a
mediunidade dos
Santos e a
mediunidade
investigativa da
contemporaneidade.
A mediunidade, a
partir das
investigações de
Allan Kardec,
saiu da condição
em que havia
sido colocada,
isto é,
escondida,
estigmatizada,
para, em novas
bases, agora de
cunho moral e de
conhecimento,
para a evidência
no cotidiano,
demonstrando a
imortalidade da
alma.
Graças ao
trabalho de
Allan Kardec, a
mediunidade
passou a ser
objeto de estudo
e pesquisa, uma
vez que o
Codificador
traçou, com a
publicação de O
Livro dos
Médiuns, um
roteiro seguro
para o exercício
mediúnico e para
que, na prática
mediúnica
responsável,
possa o médium
dignificá-la,
exercitá-la de
forma orientada
pelo exercício
do bem, da
caridade, com
cunho moral
elevado, com
zelo e de
conformidade com
a Doutrina
Espírita. Ao
finalizar a
conferência,
Sandra Borba
Pereira recebeu
o afago do
público que lhe
chegou na forma
de calorosos e
demorados
aplausos.
Segunda
conferência de
Alberto Almeida
O conferencista
paraense Alberto
Almeida retornou
à tribuna para
expor o tema
Mediunidade e
Saúde.
Iniciou sua
explanação
comentando a
questão 474 de O
Livro dos
Espíritos, que
ele afirmou
tratar-se de
uma
questão
emblemática,
pois há, segundo
Allan Kardec,
epilépticos ou
loucos que
precisam mais de
médico do que de
exorcismos.
Sobre essa
afirmativa,
Alberto Almeida
informou que os
espíritas
precisam
resgatar o
conteúdo
kardequiano.
Em O
Livro dos
Médiuns,
cap. IV, há pelo
menos treze
possibilidades
de explicação
para as
manifestações
espíritas,
dentre elas a
comunicabilidade
dos Espíritos,
fundamentada na
autenticidade do
fenômeno
mediúnico.
Afirmou o lúcido
conferencista
que nós
os espiritistas
somos chamados
na atualidade a
estarmos
coerentes,
sintônicos com o
Codificador,
para não
fazermos deste
olhar um
comportamento
que é muito
comum, seja nos
Centros
Espíritas, seja
nos meios
acadêmicos, seja
nos meios
religiosos, isto
é, uma postura
fanatizante, de
fundamentalismo
científico ou
religioso.
Há a necessidade
de se discernir
o verdadeiro
fenômeno
mediúnico
daqueles de
ordem
psicopatológica.
Diferenciar as
questões da
mediunidade
autêntica
daquelas de
outra ordem,
é de fundamental
importância,
tanto quanto
identificar se
é de origem
obsessiva, de
alucinação, de
delírio
histérico, de
fundo
psicopatológico,
psiquiátrico ou
de fraude,
advertiu o
conferencista.
Os dotados de
psiquismo
sensível
precisam ser
acolhidos para
não se fatigarem
emocionalmente,
dando um trato
adequado para
cada caso.
Há necessidade
de ter muita
atenção para
compreender,
discernir. A
proposta do
Espiritismo
não é, como
sabemos, curar o
corpo, mas
tratar o
Espírito. O
Espiritismo não
veio para
disputar com a
medicina, não
veio concorrer
com a academia
de
parapsicologia,
não veio negar o
conteúdo das
ciências; veio
dar as mãos,
deixando que
cada um se ocupe
com o seu
mister.
Alberto
finalizou sua
brilhante
exposição
dizendo que a
mediunidade se
nos afigura como
uma bênção do
Divino. E ao
invés de,
enquanto
religiosos
sectários,
olharmos a
mediunidade como
algo que seja
demoníaco,
olhemos a
mediunidade como
uma bênção de
concessão àqueles
que fracassaram
desastradamente
e têm agora a
possibilidade de
se harmonizarem
com a Lei
Divina. Desse
modo, o
expositor
concluiu sua
participação na
XIII Conferência
Estadual
Espírita e, em
agradecimento, o
público
aplaudiu-o
demoradamente.
Segunda
conferência de
Haroldo Dutra
Dias
Assomando
novamente
à tribuna,
Haroldo Dutra
Dias discorreu
sobre o tema Mediunidade
na Obra de
Emmanuel.
Informou, então,
que Emmanuel
adotou o método
de dispersão das
informações do
mundo superior
em diversas
obras, exigindo
de todos uma
capacidade de
leitura plural,
vasculhando
diversas obras
para recolher as
informações
necessárias.
Emmanuel, no
prefácio da obra Nos
Domínios da
Mediunidade,
de André
Luiz/Chico
Xavier, diz que
a ciência do
Século XX
avançou na
pesquisa e no
estudo da
matéria.
Discorreu o
expositor sobre
os pesquisadores
da matéria no
Século XIX,
informando que
após os avanços
da ciência é
impossível
acreditar na
matéria. No
texto citado,
Emmanuel afirmou
que O
futuro pertence
ao Espírito!
O expositor
alicerçou seus
argumentos nos
cap. 25 e 27 do
livro Roteiro, de
Emmanuel/Chico
Xavier; nos cap.
1 e 8 de Pensamento
e Vida, de
Emmanuel/Chico
Xavier; no
prefácio e cap.
1 do livro Nos
Domínios da
Mediunidade,
de André
Luiz/Chico
Xavier; e em O
Consolador,
questão 387, de
Emmanuel/Chico
Xavier. Afirma
Emmanuel que a
ciência do
futuro irá
interpretar a
realidade
espiritual de
cada um através
de equações
matemáticas.
Sentindo,
mentalizando,
falando ou
agindo o ser
humano sintoniza
com as emoções e
ideias de todos
as pessoas,
encarnadas ou
desencarnadas de
sua faixa de
simpatia. A
intuição é a
base de todas as
percepções
espirituais, e
por isso mesmo
toda a
inteligência
emerge das
forças
invisíveis no
setor de
atividade
regular em que
se coloca.
Intuição é a
base da
mediunidade,
toda a criatura
de Deus a possui
e a desenvolve.
O sintonizador
da alma é o
coração da
criatura humana.
Qual a maior
necessidade do
médium?
Respondendo a
esta pergunta,
Emmanuel diz-nos
que a primeira
necessidade do
médium
é evangelizar-se
a si mesmo,
antes de se
entregar às
grandes tarefas
doutrinárias,
pois de outro
modo poderá
esbarrar sempre
com o fantasma
do personalismo,
em detrimento de
sua missão.
Evangelizar
significa o
homem sintonizar
o seu coração no
coração do
Cristo, pensar
como Jesus
pensava. Isto
é a
evangelização da
alma. O reino de
Deus é a obra
divina no
coração dos
homens. O
expositor
discorreu sobre
a questão 227,
cap. XX, de O
Livro dos
Espíritos, e
a questão 382,
de O
Consolador. Tratam
estas duas
questões dos
atributos que os
médiuns devem
observar e
desenvolver.
Encerrando sua
contribuição no
esclarecimento
de tantos
quantos o
escutaram com
atenção, Haroldo
Dutra Dias foi
amplamente
aplaudido,
recebendo,
assim, o
reconhecimento
de seu profícuo
trabalho.
Nesse momento,
por motivos de
viagem
programada para
os Estados
Unidos da
América, o que o
impedia de
permanecer até
o final da
Conferência,
Divaldo Franco
apresentou suas
despedidas
antecipadamente,
agradecendo o
carinho e a
bondade de todos
e desejando aos
demais
expositores todo
o êxito na
vitória do bem
e, sobretudo, a
dignificação da
mediunidade.
Seminário com
José Raul
Teixeira
O notável
conferencista de
Niterói-RJ
apresentou o
Seminário
intitulado Perigos
e Inconvenientes
da Mediunidade.
Iniciou sua
abordagem com a
passagem do
profeta Joel, no Velho
Testamento,
cap. 3:1,
discorrendo
sobre o seu
conteúdo e
elucidando o
entendimento.
Depois, no item
159, cap. XV, de O
Livro dos
Médiuns,
apresentou e
detalhou a
definição de
médiuns, adindo
que as
diversidades da
mediunidade são
tantas quantos
são os
indivíduos. Ele
abordou, então,
a questão do
desenvolvimento
da mediunidade,
anotada por
Allan Kardec, no
item 200, cap.
XVII, do livro
citado. A
faculdade
mediúnica é para
que a criatura
se liberte, se
emancipe e não
para que se
comprometa. Ela
auxilia a
entender por que
sofremos e para
que
compreendamos as
causas das
aflições e
dores.
Do item 222,
cap. XVIII, da
obra em tela,
extraiu o
conferencista as
informações que
judiciosamente
comentou,
elucidando as
questões das
tramas dos
Espíritos
enganadores, dos
que iludem, e
esclarecendo que
a faculdade
mediúnica não
deve ser
desenvolvida
para resolver
problemas. Ela,
em si mesma, não
retira o
sofrimento de
ninguém.
As questões
envolvendo as
pessoas frágeis,
débeis,
excêntricas, que
apresentem
fragilidade das
faculdades
mentais, foi
outro ponto
importante
abordado pelo
expositor, que
alertou para os
cuidados que se
deve ter para
com estas
pessoas
sensíveis, não
convindo
excitá-las.
Outro ponto
importante foi o
do
desenvolvimento
da mediunidade
em crianças.
Alertou para que
os pais ajam com
prudência quando
envolvidos por
processos
mediúnicos em
seus filhos.
Sobre a idade
para o exercício
regular da
mediunidade,
Raul Teixeira
informou que não
há idade
precisa, que
depende do
desenvolvimento
físico, ético,
moral, de sua
necessária
maturidade. Há a
necessidade de o
jovem renunciar,
fazer opções
positivas para
bem servir à
mediunidade.
Tudo
está submetido
ao temperamento
e o caráter do
jovem.
A mediunidade
com Jesus é uma
expressão que
indica
mediunidade a
serviço do bem,
mediunidade a
serviço do amor,
a serviço da
dignidade
humana. Desta
forma finalizou
de forma
magistral o seu
trabalho na XIII
Conferência
Estadual
Espírita. Pelo
excelente
trabalho
apresentado,
Raul Teixeira
recebeu caloroso
e demorado
aplauso dos
participantes.
Considerações
finais
Nas
considerações
finais, cada
expositor
centralizou sua
explanação no
agradecimento,
no sentimento de
gratidão e
reconhecimento
desse grandioso
evento,
desejando
sucesso aos que
participaram,
aos dirigentes,
voluntários e
funcionários da
Federação
Espírita do
Paraná. O
Presidente da
Federação
Espírita do
Paraná,
Francisco
Ferraz,
agradeceu, com
emoção e
gratidão, aos
expositores, aos
participantes e
aos
colaboradores
que se
desdobraram para
atender, a tempo
e hora, as
necessidades do
evento e dos
participantes.
Também agradeceu
aos
patrocinadores e
solicitou uma
forte salva de
palmas para os
30 funcionários
e os 460
voluntários
solícitos e
joviais,
nominando nesse
momento o
companheiro
Paulo Davi.
As fotos que
ilustram esta
reportagem são
de autoria de
Jorge Moehlecke.
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