No ir e
vir do
cotidiano
No ir e
vir do
cotidiano,
somos
convidados
a
participar
da trama
da vida.
Em meio
aos
caminhos
tortuosos,
aos
desafios
constantes
e aos
campos
floridos
somos
impelidos
a
construir
a nossa
própria
história.
Marcados
por
mitos,
cultura,
condicionamentos,
valores
e
crenças,
seguimos
como um
lápis
que
realiza
contornos,
que
modifica
roteiros
e
transcende
a
percepção
da vida,
buscando
o
sagrado
imerso
no
profano.
Muitas
pessoas
acreditam
em Deus,
falam em
Deus e
seguem a
Deus.
Outras
buscam
na
natureza
(sol, o
verde,
os
animais)
essa
relação
com o
Ser
Supremo.
Não sei
precisar
o que é
certo ou
errado,
mas,
afinal,
será que
alguém
sabe?
Às
voltas
com
esses
questionamentos
sobre a
presença
do
sagrado
nas
crenças
e
valores
humanos,
uma
ideia se
aconchega
em mim.
Será que
Deus não
passeia
por meio
das
pessoas?
Será que
Sua
manifestação
não faz
também
parte de
nossos
comportamentos
no
dia-a-dia,
junto
aos
semelhantes,
nos
ambientes
e
instituições
sociais
(família,
escola,
trabalho,
amigos)?
Quando
paramos
para
reparar
todos os
movimentos
do nosso
planeta,
observamos
que há
no seu
funcionamento
uma
harmonia
que ora
se
encontra
em
descompasso.
Hoje
presenciamos
certa
fragmentação
nesse
equilíbrio.
A Terra
tem se
manifestado
bastante,
entre
sons e
movimentos
constantes,
entre
ruídos
assustadores,
águas
avassaladoras,
a batida
do seu
coração
em
desalinho.
Será que
a Terra
também
não é
uma
entidade
viva,
que,
assim
como
nós,
precisa
de
afeto,
de
cuidado,
para não
adoecer?
Questões
que
sugerem
reflexões
a todos
os
habitantes,
a todas
as
pessoas
que se
alimentam
e se
agregam
a essa
entidade
viva
planetária.
Se o
sagrado
pode
estar na
natureza,
se o
sagrado
pode
estar
reagindo
com
fúria,
ante o
desrespeito
e a
violência
praticados
no
Planeta,
será que
o
sagrado,
será que
Deus não
poderia
se
manifestar
a nossos
semelhantes,
por
intermédio
de nós?
Não só
nas
visitações
a
templos
sagrados,
mas no
recolhimento
ao sacro
templo
do nosso
coração.
No
diálogo
fraterno
ou mais
sério
com
pessoas
da
própria
convivência.
No
cuidado
com a
natureza
(reciclar,
não
desperdiçar,
não
acumular
para
além das
necessidades).
Na
ausência
do
respeito
a si
próprio,
não
permitindo
manifestações
dos
sentimentos
(alegria,
medo,
raiva,
tristeza).
Nos
alertas
do
organismo
humano
para os
comportamentos
prejudiciais
à saúde
biopsicofísica
(má
alimentação,
falta de
descanso,
desgaste
físico,
mental e
emocional
provocado
por
vícios e
outras
condutas
patológicas.
A
vontade
de
conhecer
me
impele a
pensar e
procurar
respostas
nas
pessoas
sobre
elas
mesmas e
a
presença
do
sagrado
em suas
vidas.
Como
seres
que
vivem
envoltos
na
matéria,
precisamos
de
concretudes,
de
matérias
palpáveis
que nos
reservem
certa
segurança,
que nos
permitam
caminhar
pela
vida,
desenvolver
os
projetos
que
temos a
realizar,
cultivar
as
crenças
que
queremos
confirmar,
passar
pela
morte
que
procuramos
vencer
ou
transcender
e pela
vida que
buscamos
mudar
todos os
dias,
todas as
horas,
no
correr
dos
minutos
e
segundos.
Olhe ao
seu
redor.
Você não
está só.
Existe
uma
diversidade
que
atravessa
a sua
vida.
São
corpos
diferentes,
são
cores
diferentes,
são
lugares
diferentes,
individualidades
próprias
dentro
da
pluralidade
do todo.
Você é
muito
diferente:
apesar
das
semelhanças
com seus
pares,
possui
particularidades
que o
tornam
singular
e
distinto
dos
demais.
Mesmo
que
façamos
parte de
uma
classificação
humana,
devemos
questionar
a nossa
humanidade
(o
quanto
nossos
comportamentos
são
saudáveis
e
assertivos
ou o
quanto
são
patológicos,
violentos
ou
passivos
em
demasia),
a
presença
do
sagrado
em nós,
nos
movimentos
que
fazemos
e que
alteram
as
nossas
experiências,
o nosso
porvir,
e marcam
os
horizontes
dos
diferentes
seres
que
habitam
o mesmo
lugar
que
habitamos.
São eles
pais,
mães,
irmãos,
amigos,
colegas,
esposos,
namorados,
inimigos,
desconhecidos.
Não
espere
uma
manifestação
milagrosa,
para que
você
possa
fazer
modificações
em sua
vida.
Comece
agora,
seja
você
também o
sagrado
presente
na sua
existência.
Reavalie
suas
crenças
e
verdades,
ouça o
outro
que está
ao seu
lado,
perceba
os
sinais
da vida
nos
pequenos
detalhes,
faça uma
avaliação
do seu
dia, dos
seus
comportamentos,
das suas
reações
e das
reações
das
pessoas
em sua
volta.
Se
errar,
não
tenha
medo de
recomeçar.
O
recomeço
é um
convite
a dar
concretude
a
possibilidades
e
potenciais
que
poderão
se
tornar
realizações
futuras
e gerar
crescimento
a você e
ao
outro.
Deus nos
deixou
um
legado –
a vida!
– que
repousa
ou
floresce,
a
depender
de um só
movimento,
um
consentimento
vindo de
uma só
pessoa –
você!