JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
Minas Gerais
(Brasil)
Deus, deuses,
Espírito Santo,
anjos e demônios
É grande a
confusão que se
faz entre o
Espírito de
Deus, deuses,
Espíritos, o
Espírito Santo,
os demônios e os
anjos.
Muitos teólogos
católicos e
protestantes
sempre
questionaram a
existência do
diabo e dos
demônios. A
culpa disso se
deve aos erros
dos primeiros
intérpretes
bíblicos. Eis
alguns desses
teólogos
famosos: Herbert Haag, professor
da Universidade
de Tubingen; B.
Van Jersel, A.
R. Bastiaensen,
J. Quinlan, P.
Pschoonenberg,
Henry
Sgar
Kelly, Walter
Kasper e outros,
os quais
participaram da
Revisão do
Concílio Nº 3 de
1975.
(“Aprendendo a
Lidar com o
Diabo”, Frei
Elias Vella,
Palavra & Prece
Editora Ltda.,
página 27, São
Paulo, SP). O
autor é
exorcista
carismático e
professor de
Teologia
Dogmática em
Malta. Ele ainda
está preso às
teologias
dogmáticas, que,
cada vez mais,
vão ficando
superadas. E ele
está contra a
cúpula conciliar
da teologia da
própria Igreja.
Troquemos a fé
dogmática pelo
conhecimento.
“Conhecereis a
verdade e ela
vos libertará.”
Frei Vella diz
algumas
verdades, mas
comete erros.
Ele, citando a
Bula “Summis
Desideratis
Affectibus”, de
1484, de
Inocêncio VII,
confunde o
Espiritismo com
ocultismo e
magia, quando a
Doutrina
Espírita não é
nada disso. E é
nisso que está o
cerne dos seus
outros
equívocos. O
demonólogo
Corrado
Balducci parece
ser meio irônico
com relação ao
Espírito Santo e
ao diabo.
Segundo ele,
pelos textos da
Bíblia e o
ensinamento da
própria Igreja,
é mais fácil
provar a
existência do
diabo do que a
do Espírito
Santo, porque os
diabos são
muitos!
O que os
teólogos têm que
entender é que o
que eles chamam
de demônios não
são diabos, e
que demônios e
anjos são os
próprios
Espíritos
humanos. Não sou
dono da verdade,
mas como
estudante para
padre
Redentorista,
conheço os dois
lados da moeda,
ou seja, o das
igrejas cristãs
e o do
cristianismo
espírita somado
ao da visão
universal das
outras religiões
sobre os
demônios e
anjos. Aliás,
existem também
anjos maus! E,
nos originais em
grego dos
Evangelhos,
“daimones”
(demônios) são
Espíritos
humanos. Também
nos dicionários,
demônios são
gênios ou almas
humanas. Assim,
não adianta os
teólogos
quererem ignorar
essa verdade
espírita e
universal. “Nada
ficará oculto!”
Agora, não
confundamos
conhaque de
alcatrão com
catraca de
canhão! Diabo,
satanás, satã
etc. não são
Espíritos, mas
diabos (“diabolos”
nos originais em
grego, que quer
dizer
adversário, isto
é, adversário
dos Espíritos
que somos).
Trata-se, pois,
dos pecados:
egoísmo, inveja,
orgulho etc.
Quando alguém
peca, ele cria,
pois, um diabo,
que é um
adversário ou
inimigo dele,
que não é,
portanto,
demônio ou
Espírito humano.
Por isso, Jesus
nunca tirou
satanás ou diabo
de ninguém, mas
demônios ou
Espíritos
humanos impuros
ou ainda não
purificados pelo
Purgatório
Católico, que é
aqui mesmo.
“Aqui se faz,
aqui se paga.”
Diz-se que toda
verdade é um
paradoxo. Se o
Espírito Santo,
pela Bíblia e o
Espiritismo, não
pelo dogma, é o
conjunto dos
Espíritos
humanos, e os
demônios são
Espíritos
humanos, logo, o
Espírito Santo é
também o
conjunto dos
demônios. E não
estranhemos
isso, pois
Lúcifer
(porta-luz), que
é chamado de
chefe dos anjos
rebeldes, pode
ser atribuído
com mais razão a
Jesus Cristo,
que é o
verdadeiro
porta-luz! E na
Bíblia, deuses
são também
Espíritos
humanos, ou
seja, demônios.
Um dos grandes
erros dos
teólogos foi
confundir a
manifestação de
Espíritos
humanos (deuses
ou demônios) na
Bíblia com a do
próprio Deus (teofania),
quando jamais
Deus se
manifestou
diretamente nas
Escrituras!