Damos continuidade ao
estudo do livro A
Caminho da Luz,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
publicada em 1939 pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
terá por base a
15a edição.
Questões
preliminares
A. Como surgiram as Cruzadas?
As Cruzadas tiveram a
seguinte origem:
enquanto dominavam em
Jerusalém os árabes de
Bagdá ou do Egito, as
correntes do turismo
católico podiam buscar,
sem receio, as paragens
sagradas da Palestina.
Ocorre que Jerusalém
caíra, no século XI, em
poder dos turcos, que
não mais toleraram ali a
presença dos cristãos e
os expulsaram com a
máxima crueldade. Essa
medida provocou os
protestos dos católicos
de todo o mundo e foram
assim organizadas as
primeiras cruzadas em
busca da vitória contra
o infiel. Como os turcos
não descansassem, as
expedições se repetiram
em diversas épocas,
tendo sido as últimas
cruzadas dirigidas por
Luís IX, o rei santo da
França, que, depois da
tomada de Damieta, caiu
em poder dos inimigos,
vindo a desprender-se da
vida terrestre em 1270,
defronte de Túnis,
vitimado pela peste.
(A Caminho da
Luz, pp. 163 a 165.)
B. Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo
caminho da reencarnação?
Sim. As coletividades
também voltam ao mundo
pelo caminho da
reencarnação. É assim
que vamos encontrar
antigos fenícios na
Espanha e em Portugal.
Na antiga Lutécia (a
futura Paris) vamos
achar a alma ateniense.
Na Prússia, o espírito
belicoso de Esparta. Na
Grã-Bretanha, a
edilidade romana, com
sua educação e sua
prudência.
(Obra citada, pp. 169 e 170.)
C. Quando o Tribunal da Inquisição fazia milhares de vítimas, uma
organização católica se
impunha. Qual o seu
nome?
A Companhia de Jesus,
fundada por Inácio de
Loiola em 1534. A força
da Companhia de Jesus
era tanta que, quando o
papa Clemente XIV tentou
extingui-la, em 1773,
exclamou, desolado:
"Assino minha sentença
de morte, mas obedeço à
minha consciência". Com
efeito, em 1774, o
grande pontífice morreu
vitimado por um veneno
letal que lhe apodreceu
lentamente o corpo.
(Obra citada, pp. 176 a
178.)
Texto para leitura
184. As Cruzadas tiveram
a seguinte origem:
enquanto dominavam em
Jerusalém os árabes de
Bagdá ou do Egito, as
correntes do turismo
católico podiam buscar,
sem receio, as paragens
sagradas da Palestina.
Ocorre que Jerusalém
caíra, no século XI, em
poder dos turcos, que
não mais toleraram ali a
presença dos cristãos,
expulsando-os dali com a
máxima crueldade. (PP.
163 e 164)
185. Tal medida provocou
os protestos dos
católicos de todo o
mundo e foram assim
organizadas as primeiras
cruzadas em busca da
vitória contra o infiel.
Como os turcos não
descansassem, as
expedições se repetiram
em diversas épocas,
tendo sido as últimas
cruzadas dirigidas por
Luís IX, o rei santo da
França, que, depois da
tomada de Damieta, caiu
em poder dos inimigos,
vindo a desprender-se da
vida terrestre em 1270,
defronte de Túnis,
vitimado pela peste. (P.
165)
186. Os mensageiros de
Jesus, que sabem extrair
de todos os
acontecimentos os
fatores da evolução
humana para o bem,
buscaram aproveitar a
utilidade desses
dolorosos
acontecimentos. Foi por
isso que as Cruzadas,
apesar do seu caráter
anticristão, fizeram-se
acompanhar de alguns
benefícios de ordem
econômica e social para
todos os povos. (P. 165)
187. Na Europa a sua
influência foi
regeneradora,
enfraquecendo a tirania
dos senhores feudais e
renovando a solução dos
problemas da
propriedade, conjurando
assim muitas lutas
isoladas. (PP. 165 e
166)
188. No século XIII
haviam desaparecido as
mais fortes expressões
do feudalismo. Cada
região europeia tratava
de concatenar os
elementos precisos à sua
organização política.
Surgem então
universidades
importantes como as de
Paris e de Bolonha,
operando-se a partir daí
um verdadeiro
renascimento na vida
intelectual dos povos
mais adiantados da
Europa. (PP. 167 e 168)
189. A universidade se
constituía, então, de
quatro faculdades --
Teologia, Medicina,
Direito e Artes --
reunindo milhares de
inteligências ávidas de
ensino, que seriam os
grandes elementos de
preparação do porvir. É
quando aparece Rogério
Bacon, franciscano
inglês, notável por seus
estudos, que se torna um
dos pontos culminantes
dessa renascença
espiritual. (P. 168)
190. Nessa época os
inúmeros mensageiros de
Jesus, sob sua
orientação, iniciam
largo trabalho de
associação dos
Espíritos, de acordo com
suas tendências e
afinidades, para
formarem as nações do
futuro, sendo cometida a
cada uma dessas
nacionalidades
determinada missão. (PP.
168 e 169)
191. Como os indivíduos,
as coletividades também
voltam ao mundo pelo
caminho da reencarnação.
É assim que vamos
encontrar antigos
fenícios na Espanha e em
Portugal. Na antiga
Lutécia (a futura Paris)
vamos achar a alma
ateniense. Na Prússia, o
espírito belicoso de
Esparta. Na
Grã-Bretanha, a
edilidade romana, com
sua educação e sua
prudência. (PP. 169 e
170)
192. Nos albores do
século XV grandes
assembleias espirituais
se reúnem nas
proximidades do planeta,
orientando os movimentos
renovadores que, em
virtude das
determinações do Cristo,
deveriam encaminhar o
mundo para uma nova era.
Mensageiros devotados
reencarnam no orbe em
missões redentoras, como
Henrique de Sagres e
numerosos precursores da
Reforma. (PP. 171 e 172)
193. A América é
descoberta e destinada
por Jesus a grandes
projetos: o cérebro da
nova civilização se
localizará nos Estados
Unidos e seu coração na
terra farta e acolhedora
onde floresce o Brasil.
(PP. 172 e 173)
194. A Renascença
clareou a Terra em todas
as direções e para isso
a invenção da imprensa
foi decisiva. (P. 174)
195. Aparecem no século
XVI as figuras de
Lutero, Calvino, Erasmo
e Melanchton e outros
vultos notáveis da
Reforma. (P. 175)
196. Nessa época o papa
era Leão X, cuja vida
mundana impressionava
desagradavelmente os
espíritos sinceramente
religiosos. Sob sua
direção criou-se em 1518
o célebre "Livro das
Taxas da Sagrada
Chancelaria e da Sagrada
Penitenciaria Apostólica",
onde se encontrava
estipulado o preço de
absolvição para todos os
pecados. (P. 175)
197. Uma onda de
claridades novas arejava
as consciências, mas
Espíritos tenebrosos e
pervertidos inspiraram
ao cérebro obcecado e
doentio de Inácio de
Loiola a fundação da
Companhia de Jesus, em
1534, de nefasta memória.
(PP. 176 e 177)
198. A Igreja inaugurava
um dos períodos mais
tristes da história
ocidental, quando o
Tribunal da Inquisição,
com poderes de vida e
morte nos países
católicos, fez milhares
de vítimas. (PP. 176 e
177)
199. A força da
Companhia de Jesus era
tanta que, quando o papa
Clemente XIV tentou
extingui-la, em 1773,
exclamou, desolado:
"Assino minha sentença
de morte, mas obedeço à
minha consciência". Com
efeito, em 1774, o
grande pontífice morreu
vitimado por um veneno
letal que lhe apodreceu
lentamente o corpo. (PP.
177 e 178)
(Continua no próximo número.)