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Crônicas e Artigos

Ano 5 - N° 205 - 17 de Abril de 2011

ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, SP (Brasil)
 

Necessário e supérfluo


O capítulo V de O Livro dos Espíritos trata da LEI DE CONSERVAÇÃO e o item IV do mesmo capítulo, “Necessário e Supérfluo”.

É sobre necessário e supérfluo, conceitos não bem compreendidos, e que têm causado muitos transtornos à Humanidade, vamos tratar neste artigo, baseando-nos nos ensinamentos do Espiritismo.

Vejamos na questão 715 do livro citado, Kardec, usando seu tirocínio de missionário responsável, pergunta se o homem pode conhecer o limite do necessário. Respondendo, os Espíritos  amigos informaram: “O sensato o conhece por intuição e muitos o conhecem à custa das suas próprias experiências”. Na questão seguinte Kardec retorna perguntando se a natureza não traçou o limite do necessário em nossa própria organização, e obteve a seguinte resposta: “Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou o limite de sua necessidade na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais”.

Procedendo dessa forma, o homem criou para si o sentimento de carência, que é o estado íntimo de insatisfação, resultado da privação de alguma necessidade pessoal, restando como reflexo a infelicidade.

Se considerarmos carência pelo lado da afetividade, entenderemos que ela se originou na infância ou até mesmo em vidas passadas, que pode ter seu início na falha dos pais ou educadores, no desenvolvimento emocional dos filhos ou dos educandos.

Muitos afirmam que, antigamente, vivia-se mais feliz e, de certa forma, estão com a razão.

No entanto, é válido aventar-se a hipótese de que a aparente felicidade tenha base no fato de as famílias dessa época serem constituídas de muitos filhos e os pais, embora se dedicando ao trabalho para o sustento do lar, encontravam, pela conformação dos filhos, facilidade para orientá-los a se satisfazerem com apenas o necessário, conforme as  possibilidades de cada família. Como a mesma situação acontecia com outras famílias, não havia como fazer comparações entre umas e outras e assim é fácil entendermos a razão da aceitação e a impressão de vida feliz.

Nos dias atuais há muitas mudanças na constituição das famílias. O número de filhos foi reduzido a um ou dois por casal. Os recursos pecuniários foram aumentados com a participação da mulher nos ganhos. A mulher ausentou-se do lar. Não havendo colaboração entre os pais nos trabalhos domésticos, estes passaram a pesar mais nos ombros da mãe.

Sem tempo para se dedicar aos filhos, faltou-lhes o sentido de comunicação entre pais e filhos e estes passaram a ficar sob os  cuidados da mãe televisão, e como o papel desse meio de comunicação é o de levar as pessoas aos vícios do consumismo, iniciou-se séria distorção no sentimento dos filhos em desejar tudo o que veem nas propagandas e que não possuem.

Embora os Espíritos tenham nos informado que a felicidade consiste na posse do necessário para viver, consciência tranquila e fé no futuro, a Humanidade está sendo educada a não se contentar com o necessário, a exigir sempre mais, movida pelo egoísmo e, com isso, a infelicidade campeia entre as pessoas.

Outra razão que nos leva à origem da insatisfação, onde se inicia o sentimento da carência, é encontrada na falta da educação para saber-se suportar as perdas.

Os pais não preparam os filhos para entenderem a razão das perdas. Como na sua infância e juventude não tiveram tudo o que desejavam ter, fazem de tudo para dar aos filhos o que eles desejam, tornando-os insaciáveis e aí rejuvenesce o egoísmo.

Agindo dessa forma inconsciente, não apercebem os prejuízos que  causam aos filhos, torcendo pelo lado errado os seus sentimentos ao invés de incentivar as boas tendências que muitos trazem do que já construíram em vidas passadas.

A insatisfação e o sentimento de carência causam ao ser humano pesado fardo a ser transportado durante a vida terrena, causando sofrimentos dolorosos e, sem forças para assumir a sua responsabilidade, transferem a culpa a terceiros e, revoltando-se, culpam por inconsciência também a Deus, descrendo de sua bondade e justiça.

Os ensinamentos trazidos pelo Espiritismo são muito salutares para todos, por  nos libertarem das ilusões da vida moderna que, estimulada pelos costumes atuais, desvirtuam o sentido real da vida, especialmente aos que ainda não têm a devida confiança em si mesmos, passando a agir erroneamente segundo a sua vontade desvirtuada.

Assim entendendo, estaremos caminhando ao desencontro da felicidade possível, desde agora. É preciso aprender a nos libertar das amarras dos vícios, dos instintos materiais e optar, mesmo à custa de esforços contínuos na busca da conquista de nossa transformação espiritual, pela prática das virtudes ativas que nos ensinou Jesus, referendadas pelo Espiritismo na atualidade.

Fomos criados para a felicidade na sua plenitude, sem carências ou insatisfações, e necessitamos admitir que de conformidade com a vida que vivemos colhemos os frutos de nossa plantação.

Para buscarmos a felicidade é preciso mudar esse quadro!



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita