WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Kardec
Ano 5 - N° 205 - 17 de Abril de 2011

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1869

Allan Kardec 

(Parte 5)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1869. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A roupa usada pelos Espíritos em suas aparições é uma projeção da roupa que eles usavam quando encarnados?

Não. As formas exteriores que revestem os Espíritos que se tornam visíveis – diz Kardec – são verdadeiras criações fluídicas, muitas vezes inconscientes. A roupa, os sinais particulares, os ferimentos, os defeitos físicos, os objetos que usam são o reflexo de seu próprio pensamento no envoltório perispiritual. (Revue Spirite de 1869, pp. 73 a 75.) 

B. Existem realmente lugares assombrados?

Sim. A questão dos lugares assombrados é, segundo Kardec, um fato comprovado. (Obra citada, pp. 79 e 80.) 

C. Que recomendação fez Kardec aos oradores espíritas?

Ao prever que no momento oportuno o Espiritismo também teria os seus oradores simpáticos, Kardec recomendou que eles não caíssem no erro dos adversários do Espiritismo, isto é, que estudassem a questão a fundo, a fim de falar sempre com perfeito conhecimento de causa. (Obra citada, pp. 83 e 84.)  

Texto para leitura 

42. O caso da senhorita Artus, sobrinha do sr. de Chilly, simpático diretor do Odéon, tão cruelmente provado pela morte repentina de sua filha única, foi objeto de reportagem pela Petite Presse de 11-2-1869, reproduzida em março pela Revue. O jornal Fígaro também noticiou os fatos, informando que a filha do sr. Chilly, no momento em que agonizava, deu um pequeno anel à prima, dizendo-lhe: “Toma-o; tu mo trarás!” Pouco depois, a pobre moça, momentos antes de expirar, gritava, dirigindo-se à prima a seu lado: “Não! eu não quero morrer! não quero ir só! virás comigo! eu te espero! eu te espero! não te casarás!” (Págs. 72 e 73)

43. Dias depois dos funerais, a prima da falecida caiu doente e, segundo os jornais, estava à beira da morte, o que aumentava ainda mais o sofrimento do sr. de Chilly. As palavras da enferma feriram a imaginação da senhorita Artus? O que a agonizante disse foi resultado de uma espécie de dupla vista suscitada pelo fenômeno da morte? Kardec disse sim a esta última indagação, lembrando que exemplos de fatos semelhantes não são raros. (Págs. 72 e 73)

44. Um caso de aparição de um jovem ainda encarnado à sua mãe, originalmente relatado por um jornal de Medicina de Londres, foi descrito também pelo Journal de Rouen, de 22-12-1868, e reproduzido pela Revue. Kardec, além de considerar o fato possível, explica que ele se deve à faculdade que tem a alma de desprender-se do corpo físico e aparecer a distância. Foi o que ocorreu. A dúvida que fica é pertinente à roupa usada na aparição pelo filho. A vestimenta também se desprende? Kardec é claro: tanto as roupas, quanto o corpo material, ficaram em seu lugar. O Espírito do jovem apresentou-se diante de sua mãe com o corpo perispiritual e bastou-lhe pensar em sua roupa habitual para que esse pensamento desse ao seu perispírito as aparências dessa roupa. “As formas exteriores que revestem os Espíritos que se tornam visíveis – diz Kardec – são, pois, verdadeiras criações fluídicas, muitas vezes inconscientes. A roupa, os sinais particulares, os ferimentos, os defeitos físicos, os objetos que usa, são o reflexo de seu próprio pensamento no envoltório perispiritual.” (Págs. 73 a 75)

45. No Estado do Maine, Estados Unidos, uma senhora pleiteou a nulidade de um testamento feito por sua mãe, alegando que esta o tinha escrito orientada pelo ditado de uma mesa girante. O juiz declarou que a lei não proibia as consultas às mesas girantes e, por isso, as cláusulas do testamento foram mantidas. (Pág. 76)

46. Carta procedente de Yankton, cidade de Dakota, Estados Unidos, informa que a legislação desse território acabara de conceder às mulheres o direito de votar e ser votada. O jornal Siècle de 15-1-1869 deu destaque à notícia. No ano anterior, em julho, a sra. Alexandrine Bris havia prestado, perante a Faculdade de Ciências de Paris, um exame de bacharelado em ciências, tendo sido recebida com quatro bolas brancas, sucesso raro, que lhe valeu as felicitações por parte do presidente. Os dois fatos, que hoje não constituiriam nenhuma novidade, mostram que a mulher começava a ser reconhecida e a emancipar-se, tanto na América quanto na Europa. (Pág. 76)

47. Reportando-se às faculdades da célebre médium sr.a Nichol, radicada em Londres, que se apresentara recentemente no hotel dos Deux-Mondes, da rua d’Atin, o jornal Paris de 15-1-1869 informa que a médium inglesa iria a Roma mostrar ao papa a sua faculdade, que consistia em fazer cair chuvas de flores. A sr.a Nichol era o que se chama médium de transportes. Comentando a notícia, Kardec diz que assistira a algumas das experiências realizadas pela sr.a Nichol, as quais não o satisfizeram inteiramente. Ele lhe desejava, porém, boa sorte nas apresentações em Roma, advertindo que a capital italiana era uma terra malsã para os médiuns que não fazem milagres segundo a Igreja. O próprio sr. Home, lembra o Codificador, foi obrigado a deixar a cidade quando ali esteve em 1864. (Pág. 77)

48. Diversas notícias recebidas da Ilha Maurícia indicavam que o estado dessa infeliz região seguia exatamente as fases anunciadas nas Revue de julho de 1867 e novembro de 1868. Surgira agora um novo fato na ilha: o correspondente da Revue disse que precisou cortar em seu jardim várias árvores muito grandes provenientes da Índia e chamadas multiplicantes. Essas árvores gozavam de reputação muito má na região, porque dizem serem elas assombradas por maus Espíritos. A partir do corte, então, tornou-se quase impossível um dia de repouso na casa. Batidas por todos os lados, portas que se abrem e fecham, suspiros, palavras confusas, móveis mexendo-se – tudo isto passou a ocorrer, o que fez com que o correspondente passasse a orar muito e a evocar os Espíritos perturbadores, que, no entanto, só respondiam por injúrias e ameaças aos apelos da doutrinação. A reunião espírita realizava-se nessa época uma vez por semana, mas era praticamente impossível fazê-la, tais as traquinagens e perturbações dos Espíritos, que, à exceção de um deles, não puderam ser moralizados, dada a sua maldade e dureza. Em face disso, as sessões espíritas tiveram que ser suspensas e, mais tarde, transferidas para o jardim, onde a perturbação era menor do que dentro de casa. (Págs. 77 a 79)

49. A questão dos lugares assombrados, diz Kardec, é um fato comprovado. Barulhos e perturbações causados pelos Espíritos são coisas conhecidas. Mas teriam certas árvores, como as multiplicantes, um poder atrativo particular? Levada a questão à Sociedade Espírita de Paris, o Espírito de Clélie Duplantier transmitiu a 19-2-1869 as explicações que se seguem: I – Todas as lendas, por mais ridículas que pareçam, repousam numa base real, numa verdade incontestável. II – As multiplicantes foram, sobretudo na Ilha Maurícia, e ainda eram, pontos indicados para as reuniões noturnas, porque, acomodadas junto a seu tronco, as pessoas podem abrigar-se sob sua folhagem. III – Os homens conservam, ao desencarnar, seus hábitos terrenos e muitos, portanto, continuam a reunir-se debaixo dessas árvores. Eis por que há lugares mais particularmente assombrados: os Espíritos que ali se reúnem já os frequentavam em vida. IV – As multiplicantes não são, pois, mais propícias à habitação dos Espíritos inferiores do que outros lugares. A natureza do abrigo, seu aspecto lúgubre, nada tem que ver com isso; trata-se simplesmente de uma questão de bem-estar. Desalojam-se dali os Espíritos e eles se vingam. V – Como são ainda muito atrasados e materializados, vingam-se materialmente, batendo nas paredes, movendo objetos e coisas desse tipo. (Págs. 79 e 80)

50. Sob o título de: O Espiritismo ante a Ciência, o sr. Chevillard pronunciou em janeiro último uma conferência pública muito aguardada. O orador limitou-se, no entanto, ao exame de alguns fenômenos materiais, ignorando por completo o que, em essência, constitui o Espiritismo – a parte filosófica e moral – sem a qual o Espiritismo não estaria implantado em todas as partes do mundo. Adversário do Espiritismo, o sr. Chevillard não nega os fatos; ao contrário, eles os admite. Apenas os explica a seu modo, negando, evidentemente, a intervenção dos Espíritos. (Págs. 80 a 83)

51. Comentando o caso, Kardec diz que falar do Espiritismo, não importa em que sentido, “é fazer propaganda em seu proveito”. A experiência prova a verdade dessa assertiva. Por isso, não há o que lamentar por causa das palavras proferidas pelo sr. Chevillard. “Mais tarde, sem a menor dúvida, vindo o momento oportuno, o Espiritismo também terá os seus oradores simpáticos”, asseverou o Codificador. “Apenas lhes recomendaremos que não caiam no erro dos adversários, isto é, que estudem a questão a fundo, a fim de falar com perfeito conhecimento de causa.” (Págs. 83 e 84) (Continua no próximo número.) 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita