GERSON SIMÕES
MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Espírito mau
induziu
jovem ao
crime
É possível um
Espírito
desencarnado
induzir uma
criatura humana
a cometer um
assassinato? A
resposta é
afirmativa.
Para se entender
melhor a
questão,
apresentaremos
um fato verídico
publicado por
Allan Kardec em
1859, na Revista
Espírita, o qual
lhe foi narrado
em carta por
Simon M....
Segundo Allan
Kardec,
tratava-se de
pessoa que
gozava de grande
projeção social
naquela época e
portador de uma
elevada moral.
Na referida
carta, Simon
M... conta a
Kardec que havia
funcionado como
jurado no
julgamento de um
rapaz acusado de
ter assassinado
uma senhora
idosa em
circunstâncias
horríveis, mas,
ao ouvir a
declaração do
jovem criminoso
em seu
depoimento de
que não tinha
nenhum motivo
para matá-la,
ele evocou o
Espírito da
senhora
desencarnada
durante uma
sessão espírita,
a fim de
consultá-la a
respeito do grau
de culpabilidade
do réu.
Veja agora, a
seguir, as
respostas
altamente
elucidativas
dadas pelo
Espírito da
senhora
assassinada a
Simon.
Ei-las:
- Que pensa do
seu assassino?
- Não serei eu
quem o acuse.
- Por quê?
- Porque ele foi
impulsionado ao
crime por um
homem que me fez
corte há
cinquenta anos e
que, nada tendo
conseguido de
mim, jurou
vingar-se.
Conservou na
morte o seu
desejo de
vingança. E
aproveitou as
disposições do
acusado para lhe
inspirar o
desejo de me
matar. (...)
- Compreendo sua
reserva diante
da sugestão que
o seu assassino
não repeliu como
devia e podia.
Mas a senhora
não pensa que a
inspiração
criminosa, à
qual ele
obedeceu de tão
boa vontade, não
teria sobre ele
mesmo o poder,
se ele não
tivesse nutrido
ou entretido
durante muito
tempo
sentimentos de
inveja, de ódio
e de vingança
contra a senhora
e a família?
- Seguramente,
respondeu o
Espírito da
senhora
assassinada. -
Sem isto ele
teria sido mais
capaz de
resistir. Eis
por que digo que
aquele que quis
se vingar
aproveitou as
disposições
desse moço. O
senhor
compreende bem
que o meu
inimigo
espiritual não
se teria
dirigido a
alguém que
tivesse tido
vontade de
resistir.
Segundo o
próprio Simon na
carta-relato a
Allan Kardec, as
circunstâncias
atenuantes foram
admitidas pelo
júri, baseadas
nos motivos
acima indicados,
com o que foi
afastada a pena
de morte.